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sábado, 1 de outubro de 2016

NBB Marketing Summit 2016 e o crescimento do basquete no Brasil

Após o sucesso da primeira edição do NBB Marketing Summit, em 2015, a LNB (Liga Nacional de Basquete) e a NBA (National Basketball Association) voltaram a realizar o evento em São Paulo, trazendo o tema “A Magia do Basquete”, com palestras voltadas para profissionais de marketing e publicidade na área do esporte, o NBB MKT 2016 contou com atrações internacionais e palestrantes de grande destaque no cenário esportivo brasileiro.

A segunda edição do NBB Marketing Summit foi um sucesso. Realizada em 20 de setembro, no Teatro das Artes do Shopping Eldorado, em São Paulo (SP), a Liga Nacional de Basquete (LNB) apresentou, em ação conjunta com a NBA, o trabalho do basquete nacional para mais de 400 pessoas, dentre eles profissionais do marketing de empresas e agências convidadas, além de diretores e técnicos de clubes filiados à entidade.

O evento foi composto por seis palestras. A principal delas foi ministrada pelo executivo norte-americano Emilio Collins, vice-presidente executivo de parcerias globais da NBA, que falou sobre as possibilidades comerciais que a NBA e o basquete podem trazer não só ao mercado brasileiro mas para todo o mundo.

Durante sua apresentação, Collins mostrou os expressivos que a liga norte-americana alcançou na última temporada fora das quatro linhas, com direito a diversas quebras de recordes, entre elas a do maior número de espectadores nas arenas e também a maior audiência da história da competição na TV.

“O basquete é um esporte que pode ser jogado por garotos ou homens, por mulheres, por idosos. Pode ser jogado desde o um contra um até o cinco contra cinco. Acho que é isso que o torna mágico. É um esporte que ensina a ter disciplina, respeito e dedicação. E um evento como este é muito importante para se mostrar o valor emocional que o basquete tem”, declarou Emilio Collins, que completou: “O crescimento do basquete no âmbito comercial nos últimos dez anos no Brasil é notório, e muitos investimentos têm sido feitos. O Brasil vive um ótimo momento no basquete, com nove atletas na NBA e um campeonato nacional muito bem estruturado. Então não há momento melhor para termos essa conversa que o NBB MKT Summit proporcionou”, concluiu Emilio Collins.

A francesa Marie Sornin, head de desenvolvimento internacional e parcerias de conteúdo do Twitter, disse qual é o tamanho do impacto que o basquete vem trazendo na rede social e quão proveitoso isto é para a comunicação da modalidade. “O Twitter é uma plataforma fantástica para empresas e marcas terem contato direto e geraram engajamento com o público. O que as ligas esportivas têm que fazer é consolidar suas marcas e sempre respeitar e conversar com os fãs, e entender que eles criam um legado muito importante para a consolidação da marca através da rede social”, disse Marie Sornin.

José Colagrossi, diretor executivo do Ibope REPUCOM, mostrou, através de números de diversas pesquisas os números que o NBB CAIXA e o basquete estão alcançando.

Gerente de Marketing da Liga Nacional de Basquete (LNB), Alvaro Cotta abriu o evento mostrando o trabalho que a Liga Nacional de Basquete vem fazendo fora das quadras, na área de comunicação e marketing, e os resultados que vêm sendo conquistados, tanto dentro quanto fora das quatro linhas. Outro a discursar foi Arnon de Mello, vice-presidente da NBA na América Latina que mostrou os resultados da NBA House, ação realizada com muito sucesso pela liga norte-americana durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Entre as atuações dos palestrantes, o grupo circense Universo Casuo fez diversas apresentações de entretenimento e retratou muito bem o tema principal desta edição do NBB Marketing Summit: a magia do basquete. Durante a palestra de Alvaro Cotta, inclusive, por diversas vezes foram exibidas situações em que a “magia” do basquete transformou e vem transformando vidas.

O NBB MKT Summit aconteceu pelo segundo ano consecutivo. Na edição anterior, também realizada em São Paulo (SP), o evento causou impacto em questão de inovação na área de marketing e reforçou ainda mais a força da parceria entre LNB e NBA. Firmada em 2014, a aliança tem como objetivo de aumentar a popularidade do basquete no Brasil, através de um planejamento estratégico de marketing, que visa valorizar o produto basquete.

“Esse evento chancela todo o trabalho feito pela LNB, seja na organização ou no quesito credibilidade. Agora estamos planejando os próximos dez anos e esse evento é peça-chave nisso. Aqui podemos angariar nossos futuros parceiros e patrocinadores. O basquete é um esporte único e a cada 24 segundos você tem uma nova emoção. A magia é toda essa emoção que todos sentem, seja o jogador, o técnico, o time, o torcedor ou o patrocinador”, declarou o vice-presidente da LNB, João Fernando Rossi.

Relato do evento no site Triple Double (www.tripledouble.com.br): Quem acompanha mais de perto o basquete no país consegue ter uma boa noção da organização da LNB e do quanto as coisas hoje estão em um nível muito melhor do que se via por aqui há uma década, por mais que seja evidente que ainda há muita coisa a ser feita. Mas era importante não deixar de reforçar as conquistas dos últimos anos a potenciais investidores, como a criação da LDB, os títulos dos clubes brasileiros em nível internacional, a parceria com a NBA, a exposição em TV aberta e os patrocínios.

Mas só isso não bastava. Era preciso apontar mais coisas, e foi o que aconteceu. Dá para dizer com segurança que números alguns dispostos durante as apresentações chamaram a atenção até mesmo de quem está acostumado a consumir o basquete. São dados que evidenciam que a modalidade de fato atingiu um número maior da população brasileira, algo que é importantíssimo o mercado publicitário saber.

Vamos a alguns deles:

1) O pico de audiência na temporada 2015/16 do NBB aconteceu no Jogo 5 da série entre Flamengo e Mogi das Cruzes, pela semifinal, quando 147.620 indivíduos foram alcançados, de acordo com o levantamento do Ibope Repucom. Em 2014/15, o ápice foi na primeira partida da decisão entre Flamengo e Bauru, que teve resultado bem menor: 84.870 indivíduos alcançados.

2) A audiência geral do SporTV somando todas as partidas exibidas pelo canal subiu de 1.884.100 para 1.897.900 na última temporada. Isso ocorreu mesmo com a diminuição do número de transmissões do canal (de 151 para 68).

3) A chegada da RedeTV possibilitou que a audiência individual acumulada do NBB chegasse a 4.020.900, quase o dobro em relação à marca de 2.143.900 do ano anterior.
A expectativa do Ibope hoje é de que o público de basquete do país represente 7,9% da população brasileira, ou seja, cerca de 5,9 milhões de pessoas.

4) 83% da população já foi atingida pelo NBB (152 milhões de pessoas).

5) A média de público nos ginásios subiu 13% na última temporada.

6) O Jogo das Estrelas teve um valor de mídia avaliado em R$ 23,9 milhões e audiência total de 8.522.600 indivíduos. Além disso, as ações sociais que acompanharam o evento impactaram mais de 900 crianças.

7) O Ibope Repucom também fez um levantamento sobre retorno de visibilidade. Foram 205 horas de exposição na mídia (TV), com 78.238 aparições dos patrocinadores, o que equivale a R$ 218 milhões em retorno.

8) Ainda de acordo com uma estimativa do Ibope Repucom, mais de 10 milhões de pessoas foram impactadas diretamente durante a última temporada.

9) O NBB conta com 375 mil curtidores no Facebook, 48 mil seguidores no Twitter e 61 mil no Instagram.

Se novos patrocinadores foram seduzidos ou não por tudo o que se viu no evento, ainda não dá para saber. Só o tempo dirá se alguém saiu de lá convencido de que deve investir no basquete brasileiro. Mas que o dever de casa foi muito feito, isso é inegável. Tanto na apresentação dos dados como, principalmente, durante todo o processo em que eles foram construídos.

Registro do Blog Bala na Cesta, do UOL: "Para mim, o que mais chamou a atenção de todo evento de ontem é quão grandioso é o trabalho, correto, crível (no sentido de acreditar em seu conteúdo) e organizado, da Liga Nacional de Basquete desde a sua fundação em 2008. Álvaro Cotta, Gerente de Marketing da LNB, colocou logo de cara em sua ótima apresentação a linha do tempo desde a criação da entidade e fiquei pensando em tudo o que foi atingido em tão pouco tempo. Acho, sinceramente, que até a LNB vende pouco os seus (grandes) feitos. Se para quem acompanha, como eu, de perto nem sempre isso tudo é visível, relembrado, imagina para quem ainda não segue de perto os passos do basquete interno? Vale lembrar que tudo o que foi alcançado veio literalmente do zero, do nada, o que só aumenta o tamanho da transformação acontecida na modalidade através dos clubes.

Então vale, aqui, tangibilizar, sim. São três campeonatos criados por ela (NBB, Liga Ouro e Liga de Desenvolvimento), parcerias estratégicas firmadas (Ministério do Esporte primeiro e depois a NBA), quatro parceiros vigentes no campeonato atualmente (Spalding, Avianca, Sky e Caixa), transmissões em Web, TV Aberta e TV Fechada, e títulos em sequência nos campeonatos continentais. Não é pouca coisa, não. Vale falar, também, dos dados das redes sociais da Liga Nacional. Foram mais de 9,7 milhões de visitas ao site oficial na temporada 2015/2016, já são 375 mil curtidas no Facebook (a quinta maior página de Ligas de basquete do planeta), quase 50 mil seguidores no Twitter e mais de 62 mil no Instagram. É muita gente.

Quem acabou dando a chancela numérica para a Liga Nacional perante os possíveis patrocinadores foi José Colagrossi, do Ibope Repucom. Com inúmeros dados, Colagrossi mostrou quão vantajoso é o retorno sobre o investimento para quem apoia o NBB e que a base de fãs (38%) e superfãs (15% dos famosos viciados) de basquete e do NBB cresce a cada ano, tendo atingido em 2016 o seu maior patamar graças a 205 horas de exposição em TV e as mais de 100 transmissões ao vivo e mais 90 reprises em televisão e em Web. O Sportv, inclusive, registrou aumento de audiência de mais de 85% em relação a 2014/2015.

Com todos estes dados o basquete se coloca entre os três maiores esportes do país (junto com futebol e vôlei) e com chance imensa de crescimento graças a explosão da NBA e também com a maior organização possível dentro da Liga Nacional. Segundo dados do Ibope, atualmente são 9 milhões de internautas brasileiros que se declaram como fãs da modalidade. Este, aliás, é o grande dever de casa que a Liga Nacional tem daqui pra frente: como capturar o fã da NBA para o NBB e encontrar a melhor forma de se comunicar com o universo jovem (até 29 anos). Para uma plateia recheada de tomadores de decisão de empresas e agências, foi realmente impactante ver tantos bons números e feitos alcançados em quatro horas de evento.

Por fim, vale explicar como essas situações de aporte financeiro funcionam exatamente. No mundo corporativo é assim: a empresa que deseja investir precisa de inúmeras justificativas internas para fazer o aporte de patrocínio. Precisa mostrar o motivo, o retorno, o porquê, como aquilo (o patrocínio) está alinhado à estratégia da organização e muito mais. Se no Ano I do NBB Marketing a intenção foi apresentar as credenciais, em 2016 o objetivo foi mostrar quão vantajoso pode ser para o patrocinador estar ao lado de um produto organizado, com credibilidade, governança, com um parceiro de peso (a NBA) e em largo crescimento. Objetivo alcançado em São Paulo nesta terça-feira. Vejamos os próximos passos de Liga Nacional e também do NBB. Prometem ser animadores.

Palavras de Alvaro Cotta, Gerente de Marketing da Liga Nacional de Basquete: "O mais interessante disso tudo é que a gente percebe nos clubes uma clara intenção de oferecer aos torcedores uma atração além das quatro linhas. Isso também tem o lado da experiência do boca a boca. Tem uma família que vai, gosta, comenta com a outra. Às vezes brinco que estamos vivendo uma revolução silenciosa. Quando olharmos, depois, veremos que o NBB com uma nova cara, com uma nova roupagem. Creio que estamos no começo de um processo que a NBA viveu lá atrás. A nossa expectativa, agora falando como Liga, é que a gente consiga explorar cada vez mais esse engajamento nas redes sociais".

José Colagrossi, Diretor Executivo do IBOPE/Repucom, em entrevista para o Blog Bala na Cesta, foi quem melhor definiu o principal desafio de negócio, principalmente no que tange a marketing e comunicação, que a Liga Nacional tem: "Quando você olha a performance do NBB e da Liga Nacional é uma história de sucesso. O basquete hoje está entre os três esportes mais consumidos do país. Mas tem uma tarefa que eles não conseguiram fazer muito bem até o momento. A base de fãs do esporte basquete ainda é muito maior do que a base de fãs do NBB. Então tem muita gente transitando pelo basquete que não consome NBB. Não torce para nenhum time, não vê jogo, não lê nada. O NBB precisa se aproximar, atrair esse cara para que ele consuma o basquete nacional da mesma maneira que ele consome a NBA. Esse é um desafio".




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