A Euroliga de basquete passou por uma importante mudança de formato das temporadas 2015-16 para a 2016-17. A mudança representou um avanço importante na direção de uma verdadeira integração continental do basquete europeu. Mal comparando, é similar a como ocorreu o desenvolvimento do basquete no Brasil, um país com dimensões continentais proporcionais à Europa. No Brasil, durante muitos anos o pilar de sustentação do desenvolvimento do basquete foram os Campeonato Estaduais, similarmente a como na Europa durante muito anos a sustentação se deu nos Campeonatos Nacionais. Quando o estágio de desenvolvimento rumou em direção a uma integração continental, no Brasil aconteceu o modelo da Taça Brasil, com competições curtas, enxutas e rápidas, reunindo representantes de diferentes estados, assim como na Europa ocorreram o primeiro formato de um Campeonato Europeu de Clubes, com competições curtas, enxutas e rápidas, reunindo representantes de diferentes estados. O passo seguinte de integração no Brasil se deu com a Liga Nacional organizada pela CBB, e na Europa com o primeiro formato de Euroliga, com competições tomando um pouco mais de tempo no calendário, ainda que deixando uma importante parte do calendário liberado para competições locais (Estaduais no Brasil e Ligas Nacionais na Europa). Na etapa final de integração mais ampla, os modelos destas competições tomam cada vez mais tempo no calendário, diminuindo o espaço de tempo livre para os torneios localizados. Assim vem ocorrendo com uma Liga Nacional organizada por clubes no Brasil, cada vez mais forte e com calendário maior, e o novo formato da Euroliga.
A Euroliga na temporada 2015-16 tinha 24 equipes divididas em 4 grupos de 6 clubes na 1ª Fase. Todos jogavam contra todos dentro do grupo, em ida e volta (10 jogos para cada um nesta fase, portanto), com os 4 primeiros colocados de cada grupo avançando à 2ª Fase, com duas equipes eliminadas em cada grupo. Na fase seguinte, as 16 equipes restantes eram divididas em 2 grupos de 8 times, e novamente todos jogavam contra todos dentro de cada grupo, em ida e volta (14 jogos para cada um nesta fase, portanto), com os 4 primeiros colocados de cada grupo avançando às Quartas de Final, fase disputada em modelo de play-off, numa série melhor de 5 partidas. Depois de duas fases de grupos, e uma fase de play-off, o Quadrangular Final (Final Four) adotava um terceiro padrão, com sede única, e semi-finais e final jogadas em jogo único para definir quem seria o campeão.
Das 24 equipes, as oito eliminadas na 1ª fase jogavam 10 jogos cada uma, e as oito eliminadas na 2ª fase jogavam 24 jogos cada uma. As quatro eliminadas nas quartas de final faziam um mínimo de 27 jogos e um máximo de 29 jogos, e as quatro que avançavam à Fase Final faziam um mínimo de 29 jogos e um máximo de 31 jogos.
As 24 equipes que disputaram a temporada 2015-16 estavam assim distribuídas por país de origem:
- ESPANHA: Real Madrid, Barcelona, Saski Baskonia e Unicaja Málaga (4 equipes)
- TURQUIA: Fenerbahce, Anadolu Efes, Darussafaka e Karsiyaka (4 equipes)
- RÚSSIA: CSKA Moscou, Khimki e Lokomotiv Kuban (3 equipes)
- GRÉCIA: Olympiakos e Panathinaikos (2 equipes)
- ITÁLIA: Olimpia Milano e Dínamo Sassari (2 equipes)
- FRANÇA: Limoges e Strasbourg (2 equipes)
- ALEMANHA: Bayern Munchen e Brose (2 equipes)
- LITUÂNIA: Zalgiris Kaunas (1 equipe)
- ISRAEL: Maccabi Tel Aviv (1 equipe)
- CROÁCIA: Cedevita (1 equipe)
- SÉRVIA: Estrela Vermelha (1 equipe)
- POLÔNIA: Zielona Gora (1 equipe)
A Euroliga na temporada 2016-17 tinha 16 equipes divididas numa Fase Regular, na qual jogavam todos contra todos, totalizando 30 partidas jogadas por todas as 16 equipes. Diminuíram 8 vagas frente à edição anterior, mas todos os participantes asseguraram uma quantidade de partidas disputadas maior.
Daí em diante, o modelo era igual às edições anteriores: 8 equipe avançavam às quartas de final para jogar um play-off em série melhor de 5 partidas. Os quatro classificados ao Quadrangular Final, reuniam-se em sede única para jogar semi-finais e final em jogo único.
Das 16 equipes participantes, as oito eliminadas na 1ª Fase jogavam 30 jogos, as quatro eliminadas nas quartas de final faziam um mínimo de 33 e máximo de 35 partidas, e as quatro que jogavam a Fase Final faziam um mínimo de 35 e máximo de 37 partidas.
As 16 equipes que disputaram a temporada 2016-17 estavam assim distribuídas por país de origem:
- TURQUIA: Fenerbahce, Anadolu Efes, Darussafaka e Galatasaray (4 equipes)
- ESPANHA: Real Madrid, Barcelona e Saski Baskonia (3 equipes)
- RÚSSIA: CSKA Moscou e UNICS (2 equipes)
- GRÉCIA: Olympiakos e Panathinaikos (2 equipes)
- ITÁLIA: Olimpia Milano (1 equipe)
- LITUÂNIA: Zalgiris Kaunas (1 equipe)
- ISRAEL: Maccabi Tel Aviv (1 equipe)
- SÉRVIA: Estrela Vermelha (1 equipe)
- ALEMANHA: Brose (1 equipe)
Na temporada 2017-18, manteve-se o modelo exatamente igual, mas mudou a distribuição de participação por países. Prevalecia um modelo puramente econômico na escolha dos participantes. As 16 equipes que disputaram esta temporada distribuídas por país de origem:
- ESPANHA: Real Madrid, Barcelona, Saski Baskonia, Valencia e Unicaja Málaga (5 equipes)
- TURQUIA: Fenerbahce e Anadolu Efes (2 equipes)
- RÚSSIA: CSKA Moscou e Khimki (2 equipes)
- GRÉCIA: Olympiakos e Panathinaikos (2 equipes)
- ITÁLIA: Olimpia Milano (1 equipe)
- LITUÂNIA: Zalgiris Kaunas (1 equipe)
- ISRAEL: Maccabi Tel Aviv (1 equipe)
- SÉRVIA: Estrela Vermelha (1 equipe)
- ALEMANHA: Brose (1 equipe)
Um modelo dinâmico e em constante desenvolvimento. Mas a mudança da temporada 2015-16 para a 2016-17 foi um importante ponto de inflexão do modelo, buscando crescimento dos pontos de vista técnico e financeiro. Como toda revisão/reforma/revolução não foi politicamente simples obter tal mudança. Crescer nunca é fácil...
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