1988 – SEUL, Coréia do Sul
Os Jogos Olímpicos de 1988 foram disputados em Seul, na Coréia do Sul. Aqueles jogos seriam um marco para o basquete mundial, pois os Estados Unidos, campeão em 9 das 11 primeiras edições, veio a ser derrotado na semi-final, o que os levou à escolha de passar a ser representados por atletas profissionais, e não mais universitários, a partir da edição seguinte, em 1992.
O formato de disputa foi mantido, com 12 seleções divididas em dois grupos de seis, com os quatro primeiros de cada avançando para a disputa de play-offs a partir das quartas de final.
Duas seleções tinham a classificação assegurada, a anfitriã Coréia do Sul e a campeã olímpica, os EUA. A vaga da Ásia ficou com a China e a da Oceania com a Austrália, e a África teve duas vagas, que ficaram com Egito e República Centro Africana. No Pré-Olímpico das Américas, eram três vagas, que ficaram com Brasil, Porto Rico e Canadá, com Argentina e Uruguai eliminados. No Pré-Olímpico Europeu a disputa foi acirradíssima, pois eram apenas três vagas, que ficaram nas mãos dos favoritos, com União Soviética, Iugoslávia e Espanha obtendo a classificação, com a Itália acabando eliminada, tendo vencido aos espanhóis por 91 x 90, mas perdendo a vaga após ser derrotada pela Grécia na penúltima rodada por 88 x 91.
No Grupo A não houve surpresas na classificação. Iugoslávia, União Soviética, Austrália e Porto Rico se classificaram, com República Centro Africana e Coréia do Sul eliminados. A expectativa era pela definição da primeira posição, e o jogo decisivo aconteceu logo na 1ª rodada, com os iugoslavos vencendo aos soviéticos por 92 x 79.
No Grupo B, os Estados Unidos venceram todos os seus jogos, ficando em primeiro. Na definição do segundo lugar, a Espanha venceu ao Brasil por 118 x 110. A última vaga ficou com o Canadá, tendo China e Egito sido eliminados.
Nas quartas de final, Estados Unidos, União Soviética e Iugoslávia confirmaram suas condições de favoritos, vencendo a Porto Rico (94 x 57), Brasil (110 x 105) e Canadá (95 x 73). No último duelo, a Austrália mostrou a ascensão de seu basquete, vencendo à Espanha por 77 x 74.
A semi-final foi histórica, por causa da derrota dos Estados Unidos para a União Soviética, liderada por Arvydas Sabonis. Os soviéticos venceram por 82 x 76. Na outra semi-final não houve surpresa, com a Iugoslávia vencendo à Austrália por 91 x 70.
Na decisão do bronze não houve surpresa, com os EUA vencendo com grande superioridade à Austrália por 78 x 49. Na decisão do ouro, os iugoslavos esperavam voltar a superar aos soviéticos como tinham feito no Mundial de 78 e nas Olimpíadas de 1980, e como tinham superado na 1ª Fase daqueles Jogos Olímpicos. Porém, foi a União Soviética, de Sabonis, quem se impôs, vencendo por 76 x 63 para se tornar campeã olímpica pela segunda vez em sua história.
UNIÃO SOVIÉTICA é Medalha de Ouro
Final:
URSS – 76
Sarunas Marciulionis (21), Sergei Tarakanov (8), Rimas Kurtinaitis (7), Aleksandr Volkov (7) e Arvydas Sabonis (20).
Téc: Alexander Gomelsky
Banco: Tiit Sokk (5), Valeri Tikhonenko (0), Valdemaras Chomicius (7), Aleksandr Belostennyi (1) e Valeri Goborov (0). Igors Miglinieks (0) e Viktor Pankrashkin (0)
Sarunas Marciulionis (21), Sergei Tarakanov (8), Rimas Kurtinaitis (7), Aleksandr Volkov (7) e Arvydas Sabonis (20).
Téc: Alexander Gomelsky
Banco: Tiit Sokk (5), Valeri Tikhonenko (0), Valdemaras Chomicius (7), Aleksandr Belostennyi (1) e Valeri Goborov (0). Igors Miglinieks (0) e Viktor Pankrashkin (0)
IUGOSLÁVIA - 63
Drazen Petrovic (24), Zarko Paspalj (8), Zeljko Obradovic (6), Toni Kukoc (3) e Vlade Divac (11). Téc: Dusan Ivkovic
Banco: Zdravko Radulovic (0), Zoran Cutura (0), Stojko Vrankovic (3), Dino Radja (4) e Danko Cvjeticanin (0). Jure Zdovc (0) e Franjo Arapovic (0)
1992 – BARCELONA, Espanha
ESTADOS UNIDOS é Medalha de Ouro
Os Jogos Olímpicos de 1992 foram disputados em Barcelona, na Espanha. No basquete masculino, a competição marcou a primeira vez na qual os Estados Unidos utilizaram jogadores do basquete profissional, a NBA, com a equipe que ficou batizada como Time dos Sonhos (Dream Team), vencendo a todos os seus adversários por uma expressiva vantagem no placar.
Foi a primeira competição também após as dissoluções políticas da União Soviética e da Iugoslávia. Entre os representantes europeus, dois eram parte da dissolução da URSS: a Lituânia e a Comunidade dos Estados Independentes (CEI, que só existiu naquela competição, reunindo a Rússia e outras repúblicas que eram parte da URSS). Da dissolução iugoslava, o representante era a Croácia, que tinha alguns dos jogadores vice-campeões olímpicos em 88 e campeões mundiais em 90 com a Iugoslávia.
A competição teve mais uma vez a participação de 12 seleções. À anfitriã Espanha, e aos campeões continentais da África (Angola), da Ásia (China) e da Oceania (Austrália), juntaram-se quatro seleções das Américas e quatro da Europa. No Pré-Olímpico das Américas, os EUA venceram com ampla vantagem, ficando as demais vagas com Brasil, Porto Rico e Venezuela, tendo ficado a Argentina eliminada. O Pré-Olímpico Europeu foi disputado por 25 seleções na 1ª Fase, tendo 8 delas disputado quatro vagas na Fase Final. Entre seleções tradicionais eliminadas logo na fase inicial, caíram França e Grécia. Na fase final, as vagas ficaram com CEI, Lituânia, Croácia e Alemanha, que eliminaram a Itália, Tchecoslováquia, Israel e Eslovênia. O formato olímpico foi mantido em dois grupos de seis, com os quatro primeiros avançando a play-offs a partir das quartas de final.
No Grupo A, a grande surpresa foi a eliminação precoce da anfitriã Espanha, que só ganhou um jogo (101 x 100 no Brasil), perdendo inclusive para a também eliminada Angola. Os quatro classificados foram EUA, Croácia, Brasil e Alemanha. O time norte-americano, o Dream Team, atropelou a seus adversários: 116 x 48 em Angola, 103 x 70 na Croácia, 111 x 68 no Alemanha, 127 x 83 no Brasil, e 122 x 81 na Espanha, vencendo todas por mais de 30 pontos de vantagem, e perdendo só uma vez por uma diferença inferior a 40 pontos.
No Grupo B, a CEI (ex-URSS) terminou em primeiro, apesar de uma derrota para Porto Rico, e a Lituânia ficou em segundo. Sem surpresas, as outras vagas foram de Austrália e Porto Rico, com Venezuela e China terminando eliminadas.
Nas quartas de final, todos os favoritos venceram, com EUA, CEI, Lituânia e Croácia superando a Porto Rico (115 x 77, vantagem de 38 pontos), Alemanha (83 x 76), Brasil (114 x 96) e Austrália (98 x 65). Na semi-final, impiedosos, os Estados Unidos venceram à Lituânia por 127 x 76 (incríveis 51 pontos de vantagem), e a Croácia venceu à CEI em partida acirradíssima, por 75 x 74 (dando sequência à tradição de vitórias da Iugoslávia sobre a União Soviética).
Na decisão da medalha de bronze, no confronto de ex-membros da URSS, a Lituânia venceu à CEI por 82 x 78. Na final, valendo a medalha de ouro, a Croácia não foi capaz de parar aos EUA, que venceram por 117 x 85, uma expressiva diferença de 32 pontos.
Final:
EUA – 117
Earvin Magic Johnson (11), Michael Jordan (22), Scottie Pippen (12), Charles Barkley (17) e Patrick Ewing (15).
Téc: Chuck Daly
Banco: John Stockton (2), Chris Mullin (11), Larry Bird (0), Clyde Drexler (10), Karl Malone (6) e David Robinson (9). Christian Laettner (2).
EUA – 117
Earvin Magic Johnson (11), Michael Jordan (22), Scottie Pippen (12), Charles Barkley (17) e Patrick Ewing (15).
Téc: Chuck Daly
Banco: John Stockton (2), Chris Mullin (11), Larry Bird (0), Clyde Drexler (10), Karl Malone (6) e David Robinson (9). Christian Laettner (2).
CROÁCIA - 85
Drazen Petrovic (24), Velimir Perasovic (6), Franjo Arapovic (7), Dino Radja (23) e Toni Kukoc (16).
Banco: Danko Cvjeticanin (0), Vladan Alanovic (0), Zan Tabak (0), Stojko Vrankovic (0), Alan Gregov (3), Arijan Komazec (4) e Aramis Naglic (2).
1996 – ATLANTA, Estados Unidos
Os Jogos Olímpicos de 1996 foram disputados em Atlanta, nos Estados Unidos. Se os norte-americanos sempre deram grande prioridade ao basquete nas Olímpiadas, deram ainda mais sendo os anfitriões e jogando em sua casa. Sua seleção novamente contou com jogadores da NBA, buscando ser uma nova versão do Time dos Sonhos que havia deslumbrado o mundo quatro anos antes.
O torneio manteve-se sob a disputa de 12 seleções e no mesmo formato das edições anteriores. Além do anfitrião EUA, a competição teve dois representantes da Ásia (China e Coréia do Sul), um da África (Angola) e um da Oceania (Austrália). Os outros três representantes das Américas classificados no Pré-Olímpico foram Brasil, Porto Rico e Argentina, que eliminaram ao Canadá. Os quatro representantes da Europa saíram do Torneio Pré-Olímpico Europeu, que estava cada vez mais competitivo e disputado, deixando diversas seleções tradicionais fora das Olimpíadas. As quatro vagas ficaram com Iugoslávia (agora composta apenas por Sérvia e Montenegro), Croácia, Lituânia e Grécia. Entre as que ficaram de fora, a vice-campeã mundial de 94, a Rússia, e ainda Espanha e Itália.
No Grupo A, os Estados Unidos confirmaram seu amplo favoritismo, vencendo a Argentina (96 x 68), Angola (87 x 54), Lituânia (104 x 82), China (133 x 70) e Croácia (102 x 71). Muitas vitórias ainda, portanto, na margem de 30 pontos de diferença. Os europeus também confirmaram seus favoritismos, com Lituânia e Croácia ficando, respectivamente, com a segunda e a terceira vaga. A última vaga nas quartas de final foi definida pela vitória da China sobre a Argentina por 87 x 77. Os argentinos acabaram eliminados, junto a Angola.
No Grupo B, Iugoslávia, Austrália e Grécia ficaram com as três primeiras colocações. Para definir a última vaga, um duelo latino-americano, com o Brasil vencendo a Porto Rico por apertados 101 x 98. Os porto-riquenhos acabaram eliminados, junto à Coréia do Sul.
Nas quartas de final, EUA, Iugoslávia e Lituânia venceram, respectivamente, a Brasil (98 x 75), China (128 x 61) e Grécia (99 x 66). No duelo mais acirrado, a Austrália confirmou a força de sua ascensão no basquete internacional, vencendo à Croácia por 73 x 71. Na semi-final, os EUA mais uma vez confirmaram sem muita dificuldade seu favoritismo, vencendo à Austrália por 101 x 73. No outro jogo, um duelo de gigantes europeus, a Iugoslávia bateu à Lituânia por 66 x 58. O time sérvio-montenegrino de Vlade Divac, Dejan Bodiroga, Predrag Danilovic e Zarko Paspalj, postulou-se para o duelo final contra os anfitriões.
Na decisão da medalha de bronze, a Lituânia venceu à Austrália por 80 x 74. E no duelo para definir o campeão olímpico, os Estados Unidos se impuseram: 95 x 69 sobre a Iugoslávia, com expressivos 26 pontos de vantagem.
ESTADOS UNIDOS é Medalha de Ouro
Final:
EUA – 95
John Stockton (4), Reggie Miller (20), Scottie Pippen (4), Charles Barkley (8) e Shaquille O'Neal (2).
Téc: Lenny Wilkens
Banco: Gary Payton (2), Penny Hardaway (17), Karl Malone (0), Hakeem Olajuwon (5) e David Robinson (28). Grant Hill (0) e Mitch Richmond (5).
EUA – 95
John Stockton (4), Reggie Miller (20), Scottie Pippen (4), Charles Barkley (8) e Shaquille O'Neal (2).
Téc: Lenny Wilkens
Banco: Gary Payton (2), Penny Hardaway (17), Karl Malone (0), Hakeem Olajuwon (5) e David Robinson (28). Grant Hill (0) e Mitch Richmond (5).
IUGOSLÁVIA - 69
Aleksandar Djordjevic (13), Zarko Paspalj (19), Dejan Bodiroga (13), Zeljko Rebraca (4) e Vlade Divac (4).
Banco: Sasa Obradovic (6), Predrag Danilovic (9), Nikola Loncar (0), Dejan Tomasevic (1) e Miroslav Beric (0). Zoran Savic (0) e Milenko Topic (0).
2000 – SIDNEY, Austrália
Os Jogos Olímpicos de 2000 foram disputados em Sydney, na Austrália. O modelo de disputa foi o mesmo das edições anteriores, com 12 participantes, tendo, porém, havido uma importante mudança na distribuição de vagas, diminuindo nas Américas para apenas duas seleções, aumentando a quantidade de europeus. As duas vagas automáticas foram da anfitriã Austrália e da campeã mundial Iugoslávia. As vagas continentais ficaram com Angola na África, com a China na Ásia, e com a Nova Zelândia na Oceania. As duas das Américas ficaram com Estados Unidos e Canadá, tendo Brasil, Porto Rico e Argentina ficado de fora. No Pré-Olímpico da Europa, as outras cinco vagas foram conseguidas por Rússia, Lituânia, Espanha, Itália e França. A Croácia, que já não havia conseguido classificação para o Mundial de 1998, voltou a não conseguir classificação. Quem também ficou de fora foi a ascendente Grécia.
No Grupo A, os EUA foram pela terceira vez com jogadores da NBA, e se mantiveram mostrando grande superioridade, vencendo a China (119 x 72), Itália (93 x 61), Lituânia (85 x 76), Nova Zelândia (102 x 56) e França (106 x 94). Importante notar que duas das vitórias foram por diferenças iguais ou menores que 12 pontos, mostrando que o grau de superioridade norte-americano já se mostrava bem menor do que o vistos nas Olimpíadas de 1992 e 1996. As outras três vagas do grupo ficaram com os europeus, tendo se classificado Itália, Lituânia e França, e ficado eliminadas China e Nova Zelândia.
No Grupo B, a surpresa foi o Canadá, que terminou com a primeira colocação. As outras três vagas ficaram com Iugoslávia, Austrália e Rússia, com uma surpreendente eliminação precoce da Espanha, que caiu junto com Angola.
As quartas de final foram bastante acirradas. Os EUA venceram o clássico contra a Rússia por 85 x 70, e a Lituânia o clássico contra a Iugoslávia por 76 x 63. A França venceu ao Canadá por 68 x 63, e a Austrália superou à Itália por 65 x 62. Os Jogos Olímpicos da virada do milênio ratificavam a tendência de crescimento de várias seleções na conjuntura do basquete internacional, gerando uma multipolarização global de forças, num cenário muito mais competitivo.
Na semi-final, o time norte-americano passou um grande sufoco para conseguir vencer à Lituânia, de Sarunas Jasikevicius, Saulius Stombergas e Gintaras Einikis, por apertadíssimos 85 x 83. No outro duelo, a França venceu à Austrália por imponentes 76 x 52, mostrando que estava de volta à ponta do cenário mundial.
Na decisão da medalha de bronze, a Lituânia venceu à Austrália por 89 x 71. E na decisão da medalha de ouro, os Estados Unidos venceram à França por 85 x 75, reforçando que a supremacia de um time de jogadores da NBA já era tanta como nos anos anteriores.
ESTADOS UNIDOS é Medalha de Ouro
Final:
EUA – 85
Jason Kidd (4), Ray Allen (13), Vince Carter (13), Kevin Garnett (6) e Alonzo Mourning (9).
Téc: Rudy Tomjanovich
Banco: Gary Payton (7), Vin Baker (11), Allan Houston (8), Tim Hardaway (2) e Antonio McDyess (3). Steve Smith (4) e Shareef Abdur-Rahim (5).
EUA – 85
Jason Kidd (4), Ray Allen (13), Vince Carter (13), Kevin Garnett (6) e Alonzo Mourning (9).
Téc: Rudy Tomjanovich
Banco: Gary Payton (7), Vin Baker (11), Allan Houston (8), Tim Hardaway (2) e Antonio McDyess (3). Steve Smith (4) e Shareef Abdur-Rahim (5).
FRANÇA - 75
Laurent Sciarra (19), Antoine Rigaudeau (10), Stéphane Risacher (15), Cyril Julian (11) e Crawford Palmer (10).
Banco: Jim Bilba (3), Yann Bonato (0), Makan Dioumassi (3), Laurent Foirest (3), Thierry Gadou (0), Mustapha Sonko (0) e Frédéric Weis (1).
Laurent Sciarra (19), Antoine Rigaudeau (10), Stéphane Risacher (15), Cyril Julian (11) e Crawford Palmer (10).
Banco: Jim Bilba (3), Yann Bonato (0), Makan Dioumassi (3), Laurent Foirest (3), Thierry Gadou (0), Mustapha Sonko (0) e Frédéric Weis (1).
2004 – ATENAS, Grécia
Os Jogos Olímpicos de 2004 foram disputados em Atenas, na Grécia. Após ser derrotado três vezes no Mundial de 2002, mesmo jogando com atletas da NBA, os Estados Unidos buscavam se redimir, levando um time com estrelas como Allen Iverson, Shawn Marion e Tim Duncan, além de jovens estrelas como LeBron James, Dwyane Wade e Carmelo Anthony. Foi um torneio mais uma vez histórico, pois assim como havia feito dois anos antes no Mundial, a Argentina venceu ao time dos EUA, e desta vez numa Olimpíada, o torneio ao qual eles historicamente sempre deram mais valor.
Ainda eram 12 participantes, mas houve mais uma alteração na distribuição de vagas entre os continentes. As duas vagas automáticas foram da anfitriã Grécia e da campeã mundial Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia). Diminuíram duas vagas europeias, dando-se mais uma para as Américas e para a Oceania. As vagas continentais ficaram com Angola na África, com a China na Ásia, e com a Austrália e a Nova Zelândia na Oceania. As 3 vagas das Américas ficaram com Estados Unidos, Argentina e Porto Rico, com Canadá e Brasil não conseguindo classificação. E as outras 3 vagas da Europa, disputadas num Torneio Pré-Olímpico que reuniu 16 seleções, ficaram com Lituânia, Espanha e Itália, de forma que Rússia, Croácia e França ficaram de fora.
No Grupo A, a grande surpresa foi o naufrágio da campeã mundial Sérvia, que venceu apenas um jogo, sobre a Itália, perdendo todos os demais. As vagas às quartas de final ficaram, nesta ordem, com Espanha, Itália, Argentina e China, e tendo, além dos sérvios, a Nova Zelândia também sido eliminada.
No Grupo B, a grande surpresa foi o resultado dos Estados Unidos, que perderam para Porto Rico (73 x 92) e Lituânia (90 x 94), e vencendo a Grécia (77 x 71), Austrália (89 x 79) e Angola (89 x 53), avançaram tão só com a 4ª colocação. a Lituânia venceu a todos os seus jogos e terminou na liderança, com Grécia e Porto Rico também se classificando, e eliminando a Austrália e Angola.
Nas quartas de final, os EUA se recuperaram, vencendo à Espanha por 104 x 92. Nos demais confrontos, a Argentina passou pela anfitriã Grécia (69 x 64), a Lituânia pela China (95 x 75) e a Itália por Porto Rico (83 x 70).
E foi na semi-final que se materializou o "novo grande milagre". A Argentina venceu aos EUA por 89 x 81, provando em definitivo que a vitória dois anos antes valendo pelo Mundial não havia sido por acaso. Um feito histórico. Campeão de 12 das 15 edições do basquete masculino disputadas em Olimpíadas até então, os Estados Unidos estavam fora da final de 2004, assim como haviam ficado em 1988, quando decidiram passar a utilizar jogadores da NBA a partir da edição seguinte.
Na outra semi-final, a Itália surpreendeu e venceu à Lituânia por 100 x 91. Na decisão da medalha de bronze, os EUA superaram à Lituânia por 104 x 96. Na disputa do ouro, a Argentina não voltou a vacilar, como fizera dois anos antes na final do Mundial depois de também haver superado aos EUA. Desta vez os argentinos venceram, e de forma imponente, fazendo 84 x 69 sobre a Itália, e conquistando uma histórica medalha de ouro, feito que até então havia sido restrito a Estados Unidos, União Soviética e Iugoslávia.
ARGENTINA é Medalha de ouro
Mais um marco histórico, apesar da presença de atletas profissionais da NBA, os EUA ficam fora da final olímpica. Na semi-final, a Argentina venceu os EUA por 89 x 81.
Final:
ARGENTINA - 84
Alejandro Montecchia (17), Manu Ginóbili (16), Andrés Nocioni (7), Rubén Wolkowyski (13) e Luis Scola (25).
Téc: Ruben Magnano
Banco: Pepe Sanchez (3), Carlos Delfino (0), Hugo Sconochini (2), Fabricio Oberto (0) e Walter Herrmann (0). Gabriel Fernández (1) e Leo Gutiérrez (0).
ARGENTINA - 84
Alejandro Montecchia (17), Manu Ginóbili (16), Andrés Nocioni (7), Rubén Wolkowyski (13) e Luis Scola (25).
Téc: Ruben Magnano
Banco: Pepe Sanchez (3), Carlos Delfino (0), Hugo Sconochini (2), Fabricio Oberto (0) e Walter Herrmann (0). Gabriel Fernández (1) e Leo Gutiérrez (0).
ITÁLIA - 69
Gianluca Basile (9), Giacomo Galanda (7), Matteo Soragna (12), Gianmarco Pozzecco (12) e Rodolfo Rombaldoni (10).
Banco: Nikola Radulovic (0), Denis Marconato (6), Alex Righetti (3), Massimo Bulleri (5), Michele Mian (0), Roberto Chiacig (3) e Luca Garri (2).
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