LEVOU 18 EDIÇÕES DA LIGA-SUL-AMERICANA PARA ACONTECER
PELA PRIMEIRA VEZ UM FINALISTA QUE NÃO É ARGENTINO OU BRASILEIRO
AGUADA, DO URUGUAI, DISPUTOU A FINAL DA LSA 2013 CONTRA UNICEUB/BRASÍLIA
Com choro, lágrimas, sorrisos e abraços, uma chuva de emoções incontroláveis no Palácio Peñarol, em Montevidéu, onde, em 27 de novembro de 2013, jogou-se a semi-final da Liga Sul-Americana entre Aguada e Bauru. Brilhante vitória do time vermelho e verde.
Aguada é o primeiro uruguaio a chegar à final da LSA, façanha enorme, pois na 18ª Liga Sul-Americana de Basquete é o primeiro time de fora do eixo Brasil-Argentina a chegar à final da liga.
Leandro Garcia Morales
Diante do Bauru, de Larry Taylor e Murilo Becker, o primeiro quarto mostrou que a missão era árdua, mas o time uruguaio mostrava força com Jeremis Smith, Cedric McGowan e Leandro García Morales. Com uma defesa muito sólida e ótima pontaria o Aguada terminou na frente: 22 x 17.
Mas o segundo quarto foi terrível para a agremiação uruguaia, sem que nada que o treinador Javier Espíndola tentasse para melhorar a situação funcionasse. Bauru chegou a colocar 22 pontos de vantagem, mas o primeiro tempo terminou 48 x 31 para o time brasileiro. Larry Taylor foi o nome do quarto, ele anulou García Morales.
No terceiro quarto, o Aguada se recuperou um pouco, quando Larry Taylor foi para o banco descansar, e reduziu a diferença para oito pontos. O quarto terminou com Bauru em vantagem: 65 x 57.
O último quarto foi épico! Dwayne Curtis recuperou duas bolas seguidas e inflamou o jogo. Com 2:54 minutos, uma cesta de três fez o Aguada encostar de vez no placar. Mas Aguada perdeu oportunidades de passar a frente duas vezes seguidas.
Até que uma cesta de três de Pablo Morales, que tinha errado todas as outras tentativas no jogo, pôs os uruguaios na dianteira. Os últimos dois minutos foram muito acirrados, num noite que acabou histórica, na qual a “brava muchachada”, como é conhecida a torcida do Aguada, foi um jogador a mais em quadra. Bandeiras, serpentinas e muitos cânticos, um ruído ensurdecedor no Palácio Peñarol, um caldeirão.
Semi-final
AGUADA - 82
Leandro Garcia Morales (29), Federico Bavosi (9), Cedric McGowan (8), Dwayne Curtis (18) e Jeremis Smith (12)
Téc: Javier Espíndola
Banco: Marcelo Trelles (0) e Pablo Morales (6)
BAURU - 80
Ricardo Fischer (5), Larry Taylor (18), Fabián Ramirez Barrios (6), Lucas Tischer (1) e Murilo Becker (21)
Téc: Jorge Guerra (Guerrinha)
Banco: Josimar Ayarza (10), Tiago Matías (6), Fernando Fischer (10) e Andrézão Silva (3).
Final
Na final, o Aguada, mesmo diante do ginásio lotado, não conseguiu superar o UniCeub/Brasília, que estava sem seu principal jogador, Alex Garcia, que estava lesionado. O time brasileiro, treinado pelo argentino Sérgio Hernández e liderado por Guilherme Giovannoni, teve no armador uruguaio Martin Osimani uma de suas principais figuras. O time de Brasília venceu por 93 x 81, o Aguada chegou a ameaçar uma recuperação similar à obtida diante do Bauru, tirou 19 pontos de vantagem dos brasilienses, mas não teve forças para virar, acabou vendo a distância voltar a crescer até os 12 pontos no final.
Guilherme Giovannoni e o uruguaio Martin Osimani lideraram o CEUB
O Aguada acabou com o vice-campeonato, mas fez história
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