.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Brasil em sólida recuperação de sua hegemonia na América do Sul

Os times brasileiros foram campeões das quatro últimas competições continentais de basquete masculino, sendo que em duas das quatro conquistas em uma final brasileira. E o que também é bastante simbólico, foram quatro conquistas de quatro agremiações diferentes. O basquete brasileiro concluiu o primeiro passo de sua reconstrução, ainda que a distância da crise ainda seja uma caminhada longa, mas a reconquista da América do Sul, superando os times argentinos foi um primeiro passo muito importante, e cujo sucesso está fortemente correlacionado ao NBB (Novo Basquete Brasil), com os clubes gerindo profissional e eficientemente, mais distante dos malefícios da politicagem, o basquete brasileiro, e mostrando como ele pode dar certo.

É importante, como parâmetro, saber que nas 17 primeiras edições da Liga Sul-Americana, entre 1996 e 2012, foram 12 títulos da Argentina e só 5 do Brasil. E na Liga das Américas, nas 5 primeiras edições, entre 2008 e 2012, foram 3 títulos da Argentina e só 1 do Brasil (o México ficou com o outro). No total, portanto, em 22 competições, eram 15 títulos da Argentina e 6 do Brasil. Agora, com as 4 conquistas consecutivas, a vantagem cai sensivelmente para 15-10 em favor da Argentina. Dito isto, deixemos a história desta conquista a ser contada pelo texto publicado no site da Liga Brasileira, cuja íntegra está reproduzida abaixo:

"Antes mesmo da final da Liga Sul-Americana 2014, entre Paschoalotto/Bauru e Mogi das Cruzes/Helbor (Bauru foi campeão), o basquete brasileiro já estava em festa. O título dos bauruenses, que venceram a final por 79 a 53, garantiu ao NBB mais um título internacional a sua coleção recente, que recebeu sua quarta conquista nas últimas quatro competições continentais realizadas, e com quatro clubes diferentes.

Em 2013, o Pinheiros/SKY faturou o título da Liga das Américas, e o UniCEUB/BRB/Brasília conquistou o bicampeonato da Liga Sul-Americana. Já em 2014, foi a vez do Flamengo levantar o troféu de campeão da “Libertadores do Basquete”, e por fim, do Paschoalotto/Bauru subir no lugar mais alto do pódio da Sul-Americana.

“Os resultados internacionais são o reflexo do fortalecimento do campeonato nacional. A disputa acirrada dentro do NBB estimula as equipes que disputam as competições continentais a alcançarem seu maior nível técnico. Há alguns anos, o Brasil teve muita dificuldade para vencer os títulos nas Américas, mas hoje, estamos entre os favoritos em qualquer torneio”, comentou o presidente da Liga Nacional de Basquete, Cássio Roque.

A Liga Sul-Americana foi decidida por clubes brasileiros pela terceira vez na história. As outras duas aconteceram em 2005, quando o Unitri/Uberlândia (MG) se sagrou campeão em cima do Universo/Ajax (GO) ao ganhar a série melhor de cinco por 3 a 1, e em 2010, que teve nada menos que o clássico entre Flamengo e Brasília na decisão, vencida pelos candangos, em jogo único, por 96 a 86.

“Ter duas equipes na final da Sul-Americana mostra que o basquete brasileiro está forte e está crescendo cada vez mais. Temos grandes equipes no NBB, como Mogi, Flamengo, Uberlândia, muitas equipes bem fortes. Agora o Bauru está no topo e vamos tentar nos manter lá em cima”, declarou o pivô Hettsheimeir, do Bauru, que com o título da Liga Sul-Americana garatiu-se na Liga das Américas 2015.

Além da Liga Sul-Americana e da Liga das Américas, o NBB teve seu nome levado ao mundo inteiro nos últimos anos através da Copa Intercontinental, que teve como representantes brasileiros o Pinheiros, vice-campeão em 2013, e o Flamengo, que se sagrou campeão mundial de 2014 e foi responsável por recolocar basquete brasileiro no topo do mundo após 35 anos da primeira conquista, com o E.C. Sírio em 1979".


Nenhum comentário:

Postar um comentário