Os times brasileiros foram campeões das quatro últimas competições continentais de basquete masculino, sendo que em duas das quatro conquistas em uma final brasileira. E o que também é bastante simbólico, foram quatro conquistas de quatro agremiações diferentes. O basquete brasileiro concluiu o primeiro passo de sua reconstrução, ainda que a distância da crise ainda seja uma caminhada longa, mas a reconquista da América do Sul, superando os times argentinos foi um primeiro passo muito importante, e cujo sucesso está fortemente correlacionado ao NBB (Novo Basquete Brasil), com os clubes gerindo profissional e eficientemente, mais distante dos malefícios da politicagem, o basquete brasileiro, e mostrando como ele pode dar certo.
É importante, como parâmetro, saber que nas 17 primeiras edições da Liga Sul-Americana, entre 1996 e 2012, foram 12 títulos da Argentina e só 5 do Brasil. E na Liga das Américas, nas 5 primeiras edições, entre 2008 e 2012, foram 3 títulos da Argentina e só 1 do Brasil (o México ficou com o outro). No total, portanto, em 22 competições, eram 15 títulos da Argentina e 6 do Brasil. Agora, com as 4 conquistas consecutivas, a vantagem cai sensivelmente para 15-10 em favor da Argentina. Dito isto, deixemos a história desta conquista a ser contada pelo texto publicado no site da Liga Brasileira, cuja íntegra está reproduzida abaixo:
"Antes mesmo da final da Liga Sul-Americana 2014, entre Paschoalotto/Bauru e Mogi das Cruzes/Helbor (Bauru foi campeão), o basquete brasileiro já estava em festa. O título dos bauruenses, que venceram a final por 79 a 53, garantiu ao NBB mais um título internacional a sua coleção recente, que recebeu sua quarta conquista nas últimas quatro competições continentais realizadas, e com quatro clubes diferentes.
Em 2013, o Pinheiros/SKY faturou o título da Liga das Américas, e o UniCEUB/BRB/Brasília conquistou o bicampeonato da Liga Sul-Americana. Já em 2014, foi a vez do Flamengo levantar o troféu de campeão da “Libertadores do Basquete”, e por fim, do Paschoalotto/Bauru subir no lugar mais alto do pódio da Sul-Americana.
“Os resultados internacionais são o reflexo do fortalecimento do campeonato nacional. A disputa acirrada dentro do NBB estimula as equipes que disputam as competições continentais a alcançarem seu maior nível técnico. Há alguns anos, o Brasil teve muita dificuldade para vencer os títulos nas Américas, mas hoje, estamos entre os favoritos em qualquer torneio”, comentou o presidente da Liga Nacional de Basquete, Cássio Roque.
A Liga Sul-Americana foi decidida por clubes brasileiros pela terceira vez na história. As outras duas aconteceram em 2005, quando o Unitri/Uberlândia (MG) se sagrou campeão em cima do Universo/Ajax (GO) ao ganhar a série melhor de cinco por 3 a 1, e em 2010, que teve nada menos que o clássico entre Flamengo e Brasília na decisão, vencida pelos candangos, em jogo único, por 96 a 86.
“Ter duas equipes na final da Sul-Americana mostra que o basquete brasileiro está forte e está crescendo cada vez mais. Temos grandes equipes no NBB, como Mogi, Flamengo, Uberlândia, muitas equipes bem fortes. Agora o Bauru está no topo e vamos tentar nos manter lá em cima”, declarou o pivô Hettsheimeir, do Bauru, que com o título da Liga Sul-Americana garatiu-se na Liga das Américas 2015.
Além da Liga Sul-Americana e da Liga das Américas, o NBB teve seu nome levado ao mundo inteiro nos últimos anos através da Copa Intercontinental, que teve como representantes brasileiros o Pinheiros, vice-campeão em 2013, e o Flamengo, que se sagrou campeão mundial de 2014 e foi responsável por recolocar basquete brasileiro no topo do mundo após 35 anos da primeira conquista, com o E.C. Sírio em 1979".
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