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domingo, 4 de novembro de 2018

As Medalhas Olímpicas da Seleção Brasileira


#BrasilÉHistória – 1948

Confira como foi a trajetória da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres em 1948, quando conquistou sua primeira medalha

Após tentativa pífia de adaptar o basquete para o campo, a Seleção Brasileira demonstrou que podia estar na elite do basquete mundial jogado dentro de quadra. Com elenco reestruturado após a Segunda Grande Guerra, o Brasil venceu sete partidas das oito jogadas, desbancou o México, e termina na terceira colocação das Olimpíadas realizadas em Londres no ano de 1948.

Em 1936, em plena Alemanha Nazista, o basquete havia sido incorporado como esporte olímpico, todavia, era jogado no campo e não em um ginásio fechado. Após os eventos mundiais e o hiato de longos anos sem este campeonato, o esporte passou a ser jogado dentro da quadra e algumas regras foram mudadas para que houvesse um maior número de jogos.

Com mudanças nas formas de disputa, nesta edição das Olimpíadas de Verão as 23 equipes foram divididas em quatro grupos, cada um com seis equipes, sendo um com apenas cinco participantes. Os dois primeiros colocados avançavam para as quartas de final e o restante disputava alguns jogos classificatórios para defender a colocação de cada equipe no torneio. O Brasil ficou no Grupo A, composto por Uruguai, Canadá, Itália, Grã-Bretanha e Hungria. Triunfou em todas as partidas e avançou à fase seguinte, junto com o Uruguai, desbancando o vice-campeão da Olimpíada anterior, o Canadá.

Confira os resultados dos jogos no Grupo A da Seleção Brasileira:

– Grupo A
Brasil 45 x 41 Hungria – 30 de Julho – “Algodão” 15 pontos
Brasil 36 x 32 Uruguai – 31 de Julho – Alfredo da Motta 14 pontos
Brasil 76 x 11 Grã-Bretanha – 2 de Agosto – Alfredo da Motta 16 pontos
Brasil 57 x 35 Canadá – 4 de Agosto – Alfredo da Motta 23 pontos
Brasil 47 x 31 Itália – 5 de Agosto – Nilton Pacheco 13 pontos

Depois da brilhante atuação da equipe nos cinco primeiros jogos, o time comandado pelo técnico, o Sr. Moacyr Brondi Daiuto, enfrentou a Tchecoslováquia, seleção que venceu quatro jogos no Grupo C, que possuia Estados Unidos, Argentina, Peru, Egito e Suíça. A equipe do leste europeu perdeu apenas para os EUA, por 53 a 28, e desbancou os argentinos, por 45 a 41, na última partida pelo grupo. Nas quartas de final, com um jogo em equipe muito forte, o Brasil passou de fase, com “Tio Ruy” sendo o cestinha da partida com apenas 5 pontos convertidos.

Confira os resultados das quartas de final:

Brasil 28 x 23 Tchecoslováquia – 9 de Agosto – “Tio Ruy” 5 pontos
Estados Unidos 63 x 28 Uruguai
México 43 x 32 Coréia do Sul
França 53 x 52 Chile

Nas semi-finais, o Brasil encontrou a França, única seleção a derrotar a nossa Seleção no torneio. Os franceses iniciaram a competição no Grupo D e fizeram apenas quatro jogos na primeira fase, vencendo três partidas e perdendo apenas para o México, equipe que conquistou o bronze na edição anterior. Em segundo lugar, a equipe enfrentou o Chile pelas quartas de final e venceu o jogo apertado por apenas um ponto.

Confira os resultados das semifinais:

Brasil 33 x 43 França – 11 de Agosto – Alfredo da Motta 12 pontos
EUA 71 x 40 México

Com este resultado, a equipe brasileira enfrentou o México na disputa pelo bronze, no dia 13 de Agosto. Alfredo da Motta fez sua melhor partida nesta edição da Olimpíada e vestindo a camisa da seleção, anotando 26 pontos diante da difícil equipe mexicana. Desta maneira, o Brasil conquistava sua primeira medalha no basquete olímpico e seu primeiro bronze com a seleção masculina. O time dos Estados Unidos da América consagrou seu segundo ouro diante da França.

Confira os resultados do último dia de competição:

Brasil 52 x 47 México
EUA 65 x 21 França

Ao fim da competição, Alfredo da Motta foi o segundo atleta com o maior número de pontos nesta edição das Olimpíadas, terceiro cestinha da competição, com média de 14,4 pontos por partida, e um dos três únicos atletas a anotar mais de 100 pontos no torneio. Tio Ruy (A.A. Grajaú - RJ), Alfredo da Motta (Flamengo - RJ), Algodão (Flamengo - RJ), Affonso Évora (Flamengo - RJ), Nilton Pacheco (Fluminense - RJ), Marcus Vinicius Dias (Fluminense - RJ), João Bráz (Corinthians - SP), Alberto Mason (Tênis Clube São José – SP), Alexandre Gemignani (Espéria – SP), Massinet Sorcinelli (Espéria – SP) e o Sr. Moacyr Daiuto (Corinthians - RJ) se imortalizaram na história do basquete nacional.

Moacyr Daiuto


#BrasilÉHistória – 1960

Após duas edições dos Jogos Olímpicos em sexto lugar, a Seleção Brasileira, comandada por Wlamir e Amaury, conquistou o segundo bronze de sua história.

Depois de duas Olimpíadas com resultados não tão agradáveis e a sexta colocação em Helsinque e Melbourne, a Seleção Brasileira voltou a configurar no pódio olímpico do basquete mundial. Perdendo apenas na fase final do campeonato, o Brasil ficou com o bronze nas Olimpíadas de Verão de 1960, em Roma. Wlamir Marques e Amaury Pasos escreveram um novo capítulo na história do esporte nacional.

Em ambas as edições, mesmo com formatos diferentes, o time canarinho passou das duas primeiras fases e esbarrou e estancou na terceira fase de grupos, quando encontrava a União Soviética, que ganhou a prata nas duas vezes, e os Estados Unidos, que foi duas vezes campeã. Nas duas Olimpíadas entre o primeiro e o segundo bronze conquistado, a equipe brasileira chegou na briga pelo quinto lugar e perdeu, ficando em sexto lugar.

Coordenados pelo novo técnico Togo Renan Soares, mais conhecido como “Kanela”, a equipe brasileira vinha embalada pela conquista do Campeonato Mundial, em 1959, e provou sua força logo na primeira fase. Divididos em quatro grupos com quatro times cada, a Seleção ingressou no Grupo C, com URSS, México e Porto Rico, e não deu mole: venceu os três primeiros confrontos, batendo aquela que sempre era a pedra no seu caminho, a União Soviética.

Confira os resultados dos jogos no Grupo C da Seleção Brasileira:

Brasil 75 x 72 Porto Rico – 26 de Agosto – Amaury 20 pontos
Brasil 58 x 54 União Soviética – 27 de Agosto – Amaury 15 pontos
Brasil 80 x 72 México – 29 de Agosto – Amaury 19 pontos

A fase semi-final foi composta por dois grupos, com quatro times cada. A Seleção Brasileira ingressou no Grupo I, que tinha as seleções da Itália, Tchecoslováquia e Polônia. Novamente, o comboio canarinho, comandado por Amaury e Wlamir, não decepcionou e bateu as três equipes, colocando o time brasileiro como melhor ataque e segunda melhor defesa dos quatro elencos (e na última fase da competição, junto com a Itália, na segunda posição).

Confira os resultados dos jogos no Grupo I da Seleção Brasileira:

Brasil 78 x 75 Itália – 1 de Setembro – Amaury 20 pontos
Brasil 77 x 68 Polônia – 2 de Setembro – Wlamir 32 pontos
Brasil 85 x 78 Tchecoslováquia – 3 de Setembro – Amaury 25 pontos

No Grupo II, composto por EUA, URSS, Iugoslávia e Uruguai, os norte-americanos e os russos passaram de fase e na final, as equipes jogavam contra os adversários do outro agrupamento de times, portanto, não repetiam o duelo já feito por quem estava no mesmo conjunto de seleções na fase anterior.

O primeiro jogo da equipe brasileira aconteceu no dia 08 de setembro e foi a repetição do confronto na primeira fase, contra a União Soviética. O jogo que se iniciou às 21 horas e, no primeiro tempo, a equipe comandada pelo técnico Kanela anotou 32 pontos e abriu vantagem de quatro pontos diante dos russos. Porém, na outra metade da partida a equipe do leste europeu anotou 36 tentos e, mesmo com Wlamir Marques anotando 25 pontos, terminou a partida na frente por apenas dois pontos (64 a 62).

Havia mais uma chance para o Brasil. O último jogo da competição seria contra os Estados Unidos e a equipe só precisava vencer. Mas a equipe liderada por Oscar Robertson, Jerry West e Jerry Lucas não deu chances e a Seleção Brasileira perdeu a partida, por 90 a 63. A Itália perdeu para a União Soviética, por 78 a 70, e então o time comandado pelo técnico Kanela conquistou o bronze pela segunda vez na história do país.

Nesta edição, Wlamir Marques foi o quinto cestinha da competição, com 18,4 pontos por partida, e Amaury o sétimo, com 18,1. Respectivamente, os atletas anotaram 147 e 145 tentos totais em toda a Olimpíada e foram os dois únicos atletas da Seleção, neste campeonato, a anotar mais de dez pontos por partida. Além disso, esta foi a última partida e Olimpíada disputada por Algodão, que alcançou seu segundo bronze na história do torneio. Fernando Brobró, Moysés Blás, Waldemar Blatskauskas e Waldyr Boccardo também fizeram parte do elenco olímpico pela última vez.

Brasil no pódio em 1960


#BrasilÉHistória – 1964

Após o bi-campeonato no Mundial de Basquete, o Brasil sobreviveu ao grupo com EUA, mas caiu novamente nas semi-finais para a URSS, entretanto conquistou seu terceiro bronze olímpico.

Mesmo segurando o elenco em ascensão que se formava na Iugoslávia, a Seleção Brasileira não conseguiu conter seu algoz nas fases finais da competição. Passando para as semi-finais pelo Grupo B ao lado da seleção dos Estados Unidos, o Brasil novamente encarou a União Soviética e não passou para a final, terminando com chave de bronze novamente nas Olimpíadas de Verão em Tóquio.

O Brasil vinha com força total para esta Olimpíada. Time mais experiente, com a mesma base do bronze em 60, bi-campeão mundial um ano antes: Amaury Pasos (Sírio - SP), Sucar (Sírio - SP), Wlamir Marques (Corinthians - SP), Ubiratan Maciel (Corinthians - SP), Rosa Branca (Corinthians - SP), Mosquito (Palmeiras - SP), Schall (Palmeiras - SP), Victor Mirshawska (Palmeiras - SP), Fritz (Fluminense - RJ), Édson Bispo (Palmeiras - SP), Edvar Simões (Corinthians - SP) e Sérgio Macarrão (Botafogo - RJ) foram os convocados para esta edição.

Em Tóquio, o regulamento foi novamente mudado. Desta vez, as 16 equipes classificadas eram divididas em dois grupos e se enfrentavam entre si. O Brasil ingressou no Grupo B, que era composto por EUA, Coreia do Sul, Peru, Austrália, Finlândia, Iugoslávia e Uruguai. Os dois primeiros se classificavam para as semi-finais e os outros disputavam as colocações seguintes.

Logo no começo a Seleção Brasileira passou por dificuldades que não eram previstas. Na primeira partida pelas Olimpíadas de 1964, o comboio verde e amarelo perdeu para o Peru, equipe sem muita tradição no basquete, mas que possuía Ricardo Duarte, pontuador que terminou o campeonato como cestinha, com média de 23,6 pontos por partida. Ainda assim, o Brasil se recuperou na competição, venceu a incrível seleção iugoslava, que vinha em ascensão, e garantiu passagem para as semi-finais, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Confira os resultados dos jogos da Seleção Brasileira na primeira fase:

Grupo B
Brasil 50 x 58 Peru – 11 de Outubro – Wlamir 16 pontos
Brasil 68 x 64 Iugoslávia – 12 de Outubro – Wlamir 19 pontos
Brasil 92 x 65 Coreia do Sul – 13 de Outubro – Wlamir 17 pontos
Brasil 61 x 54 Finlândia – 14 de Outubro – Amaury Pasos 18 pontos
Brasil 80 x 68 Uruguai – 16 de Outubro – Wlamir 18 pontos
Brasil 53 x 86 EUA – 17 de Outubro – Rosa Branca 12 pontos
Brasil 69 x 57 Austrália – 18 de Outubro – Wlamir 12 pontos

Do outro lado, o Grupo A possuía Canadá, Hungria, Japão, México, Porto Rico, Itália, Polônia e a União Soviética. Isolada e de maneira dominante, a URSS se impôs no grupo e se classificou como primeiro colocado; portanto, no cruzamento, o Brasil, segundo colocado do Grupo B, enfrentou o líder do A. Porto Rico desbancou a Polônia, que havia vencido a Itália, e se classificou em segundo lugar, assim, enfrentou os EUA nas semi-finais.

Novamente a equipe brasileira enfrentava o time que foi prata nas três edições anteriores. O último confronto entre as duas seleções havia acontecido no Mundial de 1963 e tudo correu bem para o Brasil. No Maracãnazinho, no dia 23 de Maio daquele ano, o Brasil havia batido a URSS, por 90 a 79. Porém, nas Olimpíadas, Volnov anotou 16 pontos, e sua equipe triunfou diante do elenco verde e amarelo, por 53 a 47, indo mais uma vez à final, e novamente contra os EUA.

Porto Rico perdeu para os EUA, por 62 a 42, então a decisão do bronze seria contra o Brasil. No dia 23 de Outubro, às 18h30 de Tokyo, o esquadrão comandado por Kanela fez sua última partida pela edição do torneio. Com 23 pontos de Wlamir Marques, a equipe brasileira dominou o jogo do começo ao fim e conquistou o terceiro lugar da competição ao bater o time caribenho por 76 a 60.

O “Diabo Loiro” foi o único jogador da seleção a anotar mais de 100 pontos nesta competição (128) e foi o quarto atleta da competição com maior porcentagem de tiros livres acertados. Wlamir, Amaury (94) e Bira (88) foram responsáveis por 52% dos pontos totais que a Seleção marcou nos nove jogos disputados. Fritz, Vitor Mirshauswka, Sérgio Macarrão e Edvar Simões não foram mais convocados para Olimpíadas e terminavam ali suas jornadas com um bronze.

Victor, Sucar, Amaury e Wlamir


#BrasilÉHistória – 1968

Sem Amaury Pasos, o Brasil perdeu duas vezes para a União Soviética, ficou na quarta colocação e a Era Kanela se encerrou após 20 anos de comando técnico.

Sempre há um fim e, em 1968, Togo “Kanela” Soares dava seu adeus em sua última Olimpíada com a Seleção Brasileira. Apenas com Wlamir Marques em seu elenco, a Era da dupla “Diabo Loiro” e Amaury Pasos havia chegado ao fim. A Seleção Brasileira foi barrada pela União Soviética nas semi-finais novamente e acabou com a quarta colocação nos Jogos Olímpicos de Verão do México, em 1968.

Uma das poucas verdades que se tem em nossa vida é que tudo possui um começo, um período em que se goza de todas as oportunidades daquilo que se iniciou, e um fim. Em 1968, a Era Wlamir Marques e Amaury Pasos terminava antes mesmo das Olimpíadas começarem. Ainda assim, foi a última vez que o elenco brasileiro possuiu pelo menos um dos dois em quadra.

Um ano antes do torneio olímpico no México, o Brasil se manteve como uma das principais seleções do basquete planetário. Após duas conquistas do mundial, a equipe comandada pelo técnico Kanela ficou na terceira colocação do Mundial e Amaury Pasos dava seu último passo com a camisa verde e amarela. Sua última aparição pelo elenco brasileiro aconteceu no mesmo ano, pelo campeonato pan-americano de Winnipeg, no Canadá.

Em 1968, o quinteto titular dos Jogos Olímpicos era composto por: Edvar Simões, Rosa Branca, Wlamir Marques, Menon e Bira. Sucar, Mosquito, Scarpini, Hélio Rubens, Zé Geraldo e Sérgio Macarrão compunham o elenco canarinho nesta nova etapa, em final de ciclo com Wlamir, que ingressou na competição já com 30 anos, sendo o jogador mais velho da equipe.

O sistema de disputa do torneio era o mesmo das Olimpíadas de Tokyo 1964: dois grupos com oito participantes e os dois melhores se classificavam para a fase semi-final, enquanto os demais disputavam as posições restantes do campeonato. A equipe brasileira ingressou no Grupo B e tinha como oponentes a URSS, México, Polônia, Marrocos, Coreia do Sul, Cuba e Bulgária.

A Seleção começou o campeonato vencendo ao Marrocos no Palácio de Los Desportes, no dia 13 de Outubro, por uma diferença de quase 50 pontos. Depois venceu a México, Bulgária, Polônia, Cuba e Coreia do Sul, dando a invencibilidade para a equipe verde e amarela até o último jogo do grupo. No dia 20 de Outubro, o último jogo do conjunto B era entre os dois primeiros colocados, URSS e Brasil, e, novamente, o Brasil não segurou Palauskas, perdendo a partida e ficando na segunda posição.

Confira os resultados dos jogos da Seleção Brasileira na primeira fase:

Grupo B:
Brasil 98 x 52 Marrocos – 13 de Outubro – Wlamir 19 pontos, Bira 18 e Sucar 16 pontos
Brasil 75 X 59 Bulgária – 14 de Outubro – Wlamir 23 pontos e Mosquito 16 pontos
Brasil 60 x 53 México – 15 de Outubro – Bira 21 pontos e Menon 14 pontos
Brasil 88 x 51 Polônia – 16 de Outuburo –  Bira 20 pontos e Wlamir 18 pontos
Brasil 91 x 59 Coréia do Sul – 18 de Outubro – Bira 26 pontos, Wlamir 21, Menon 20 e Sucar 18 pontos
Brasil 84 x 68 Cuba – 19 de Outubro – Menon 17 pontos e Rosa Branca 17 pontos
Brasil 65 x 76 URSS – 20 de Outubro – Paulauskas 30 pontos

Na segunda colocação, a equipe canarinho enfrentou o primeiro colocado do Grupo A, que era composto por EUA, Iugoslávia, Itália, Espanha, Porto Rico, Senegal, Filipinas e Panamá. O elenco norte-americano ficou na primeira colocação, como a melhor defesa do campeonato, e os iugoslavos ficaram logo atrás na parte de cima da tabela. Portanto, a Seleção Brasileira enfrentava aos Estados Unidos na semi-final, enquanto a União Soviética recebia a equipe dos balcãs.

A equipe norte-americana era a mais forte das Olimpíadas e vinha como a favorita. A melhor defesa do campeonato tinha astros ainda em ascensão como Spencer Haywood, calouro do ano na ABA, MVP da liga em seu primeiro ano (1970) e campeão da NBA em 1980, e Jo Jo White, duas vezes campeão da NBA (1974 e 1976) e MVP das finais no segundo destes campeonatos. Mesmo com os 24 pontos de Menon, nossa Seleção não conseguiu bater aos norte-americanos, perdendo por 75 a 63.

Do outro lado, o confronto entre União Soviética e Iugoslávia terminou com a vantagem da equipe dos balcãs por apenas um ponto (63 a 62). Então, com a derrota, a URSS enfrentou o Brasil novamente pela disputa da medalha de bronze. O trio Sakandelidze, Paulauskas e Polivoda não deu chances e a equipe soviética venceu ao jogo por uma vantagem maior que 15 pontos diante do Brasil (70 a 53), ficando com o ouro.

Nessa Olimpíada, Wlamir, Bira e Menon foram os únicos jogadores a anotar mais de 100 pontos na competição. Sucar, Mosquito, Rosa Branca, Scarpini, Sérgio Macarrão, Edvar Simões, José Aparecido,  o “Diabo Loiro” Wlamir Marques e o “Velho Togo” participavam de seu último torneio olímpico, encerrando assim um histórico período de conquistas magníficas para o basquete brasileiro.

Com Kanela, Wlamir e Amaury, o Brasil passou de dois títulos do Sul-americano de basquete para oito, um vice-campeonato mundial em 1954, o bicampeonato mundial em 1959 e 1963, conquistou o terceiro lugar no mundial de 1967 e foi vice na edição de 1970. Ainda acumulou duas das três medalhas de bronze que o Brasil conquistou nos Jogos Olímpicos, portanto, foram sete torneios mundiais seguidos terminando entre os quatro melhores do basquete mundial.


Fonte: site da Liga Nacional de Basquete (www.lnb.com.br)


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