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Em 1963 o Brasil vencia os Estados Unidos no Maracanãzinho e conquistava o bicampeonato mundial de basquete. Wlamir Marques e Amaury Passos, dois dos mais importantes personagens daquele título relembram aqui aquela conquista.
O Brasil já tinha conquistado o campeonato mundial de basquete em 1959, disputado em Santiago, no Chile. O Mundial de 1963 foi no Rio de Janeiro e reuniu 13 seleções. O Brasil, por ser o país-sede, só entrou na segunda e decisiva fase. Com uma campanha perfeita, vencendo todos os seis jogos da competição, levou o bi.
- Eu fui campeão do mundo, nós ganhamos aqui no Brasil, com o ginásio lotado. E vencemos os Estados Unidos na final. No último jogo contra os americanos, havia gente pendurada no suportes que sustentavam o teto, aquilo parecia um galinheiro, galinhas no puleiro. Fantástico e inesquecível - recorda Amaury Antônio Passos, eleito para a seleção do torneio.
José Eugênio Soares lembra bem de todos os detalhes dessa conquista memorável já que seu tio Togo Renan Soares, o Kanela, era o técnico da seleção. José, que ganhou fama como um artista completo com o nome artístico de Jô Soares, conta suas lembranças daquela noite mágica de 25 de maio de 1963.
- Foi uma reação parecida com a do primeiro campeonato mundial de futebol em 1958, só mais concentrada no Rio de Janeiro, mas a cidade ficou alucinada. Um momento muito marcante foi a vitória em cima desse time americano, que ninguém acreditava. Foi uma coisa de calor, de público, porque é num ginásio, então o volume da reação fica maior. E os jogadores agarrando meu tio Kanela, alucinados – lembra Jô.
Depois de bater Porto Rico, Itália, Iugoslávia, França e União Soviética, o Brasil chegou à última partida tendo que bater os reis do esporte da bola laranja, os americanos, para levantar o bi. Mais altos, os americanos não contavam com a estratégia inovadora do técnico Kanela, que apostava na velocidade de transição e no jump-shot, como bem lembra Wlamir Marques.
- Nós jogávamos estrategicamente. Nossa estratégia era de velocidade e contra-ataque. Muita disposição defensiva e rebote forte com Ubiratan. Essa desvantagem física que nós tínhamos, nós vencíamos pela velocidade. Nosso contra-ataque era imitado no mundo inteiro – explica Wlamir.
Amaury destaca o modo de jogar diferente do Brasil e como isso ajudou a equipe a vencer os Estados Unidos por 85 a 81.
- Conseguimos introduzir um basquetebol moderno, de velocidade e jump-shot, que ninguém fazia, arremessar saltando era marca registrada dos nossos jogadores. Os Estados Unidos contaram com dois jogadores que posteriormente foram incluídos entre os 50 melhores jogadores da NBA até hoje: Willis Reed, pivô do New York Knicks por 15 anos, e Lucius Jackson, outro pivô, do Milwaukee Bucks. Eles já estavam com quatro faltas, um deles. Então, arquitetamos uma jogada especial, exatamente pro Ubiratan receber a bola em um lugar pra sofrer falta do Reed ou do Jackson, quando este pivô saiu melhorou para nós a continuidade do jogo, que estava muito parelho – explica Amaury.
Com o gigante Reed excluído por cinco faltas, o Brasil teve mais espaço e passou a dominar também os rebotes. No ataque, atuações fantásticas de Wlamir, com 26 pontos e Amaury, com 22 pontos.
- Neste campeonato eu consegui meu melhor desempenho em todas as partidas, até então nunca havia tido. Depois do jogo final fui jantar e quando entrei no restaurante, todo mundo ficou de pé e bateu palma – conta Amaury.
As doces lembranças da conquista tembém jamais sairão da memória de Wlamir.
O Brasil já tinha conquistado o campeonato mundial de basquete em 1959, disputado em Santiago, no Chile. O Mundial de 1963 foi no Rio de Janeiro e reuniu 13 seleções. O Brasil, por ser o país-sede, só entrou na segunda e decisiva fase. Com uma campanha perfeita, vencendo todos os seis jogos da competição, levou o bi.
- Eu fui campeão do mundo, nós ganhamos aqui no Brasil, com o ginásio lotado. E vencemos os Estados Unidos na final. No último jogo contra os americanos, havia gente pendurada no suportes que sustentavam o teto, aquilo parecia um galinheiro, galinhas no puleiro. Fantástico e inesquecível - recorda Amaury Antônio Passos, eleito para a seleção do torneio.
José Eugênio Soares lembra bem de todos os detalhes dessa conquista memorável já que seu tio Togo Renan Soares, o Kanela, era o técnico da seleção. José, que ganhou fama como um artista completo com o nome artístico de Jô Soares, conta suas lembranças daquela noite mágica de 25 de maio de 1963.
- Foi uma reação parecida com a do primeiro campeonato mundial de futebol em 1958, só mais concentrada no Rio de Janeiro, mas a cidade ficou alucinada. Um momento muito marcante foi a vitória em cima desse time americano, que ninguém acreditava. Foi uma coisa de calor, de público, porque é num ginásio, então o volume da reação fica maior. E os jogadores agarrando meu tio Kanela, alucinados – lembra Jô.
Depois de bater Porto Rico, Itália, Iugoslávia, França e União Soviética, o Brasil chegou à última partida tendo que bater os reis do esporte da bola laranja, os americanos, para levantar o bi. Mais altos, os americanos não contavam com a estratégia inovadora do técnico Kanela, que apostava na velocidade de transição e no jump-shot, como bem lembra Wlamir Marques.
- Nós jogávamos estrategicamente. Nossa estratégia era de velocidade e contra-ataque. Muita disposição defensiva e rebote forte com Ubiratan. Essa desvantagem física que nós tínhamos, nós vencíamos pela velocidade. Nosso contra-ataque era imitado no mundo inteiro – explica Wlamir.
Amaury destaca o modo de jogar diferente do Brasil e como isso ajudou a equipe a vencer os Estados Unidos por 85 a 81.
- Conseguimos introduzir um basquetebol moderno, de velocidade e jump-shot, que ninguém fazia, arremessar saltando era marca registrada dos nossos jogadores. Os Estados Unidos contaram com dois jogadores que posteriormente foram incluídos entre os 50 melhores jogadores da NBA até hoje: Willis Reed, pivô do New York Knicks por 15 anos, e Lucius Jackson, outro pivô, do Milwaukee Bucks. Eles já estavam com quatro faltas, um deles. Então, arquitetamos uma jogada especial, exatamente pro Ubiratan receber a bola em um lugar pra sofrer falta do Reed ou do Jackson, quando este pivô saiu melhorou para nós a continuidade do jogo, que estava muito parelho – explica Amaury.
Com o gigante Reed excluído por cinco faltas, o Brasil teve mais espaço e passou a dominar também os rebotes. No ataque, atuações fantásticas de Wlamir, com 26 pontos e Amaury, com 22 pontos.
- Neste campeonato eu consegui meu melhor desempenho em todas as partidas, até então nunca havia tido. Depois do jogo final fui jantar e quando entrei no restaurante, todo mundo ficou de pé e bateu palma – conta Amaury.
As doces lembranças da conquista tembém jamais sairão da memória de Wlamir.
- Guardo para mim como a maior emoção que eu tive na minha vida jogando basquete. Quando o jogo acabou, houve invasão de quadra e todo mundo desesperado, querendo alguma coisa da gente. Eu não esqueço, isso aí eu não vou esquecer – lembra Wlamir
Veja aqui também: Biografia de Luiz Cláudio Menon
Wlamir Marques ergue o troféu
Brasil, Bi-campeão Mundial
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