O basquete de São José dos Campos tem uma longa tradição, que remonta à década de 1940.
Nas Olimpíadas de 1948, o basquete brasileiro despontou no cenário internacional com a conquista da Medalha de Bronze. Nesta época, o basquete recém começava a se expandir em São José dos Campos, mas o Tênis Clube São José já tinha um importante jogador no grupo dos que conquistaram esta medalha: Alberto Marson, primeiro grande jogador da história do basquete da cidade. Formado em educação física, Alberto Marson chegou a São José dos Campos para trabalhar como professor do Instituto de Educação Coronel João Cursino. Antes, ele já tinha defendido, como jogador, o Tênis Clube Paulista e o Esporte Clube Pinheiros, clubes da capital do estado, São Paulo.
Liderado por Marson, o São José foi vice-campeão Paulista em 1952, tendo perdido o título para o Corinthians. Mas foi neste ano que o clube ganhou seu primeiro título, sagrando-se Campeão Paulista do Interior, superando ao São Carlos na final. O time era formado por: Hugo Medeiros, Cláudio Falcon Mendes, Ivo Prates de Oliveira, Alberto Marson, Osíres, Lebrão e Edésio Del Santoro.
Posteriormente, com Marson agora como treinador, São José voltou a ter uma equipe forte no cenário nacional no fim dos anos 50. Quem emergiu neste trabalho foi Waldyr Boccardo, que depois foi para o Flamengo, onde jogava quando sagrou-se Campeão Mundial. Em 1959, um outro jogador que defendia as cores da cidade jogou pela Seleção Brasileira: Wilson Bombarda. Nesta mesma época despontava no time do Tênis Clube o jovem Edvar Simões. A cidade crescia como uma fábrica de talentos para o basquete.
O trabalho voltou a render frutos no fim dos anos 60, quando o São José voltou a ter uma equipe muito forte, que foi vice-campeã Paulista do Interior em 1968 (o Clube dos Bagres, de Franca, foi o campeão). No ano seguinte os joseenses se vingaram e foram Campeões Paulistas do Interior, superando os francanos na final. Era a terceira geração a colher glórias para o desporto local.
No Mundial de 1970, a Seleção Brasileira, treinada por Kanela, foi Vice-campeã Mundial na Iugoslávia, e no seu elenco havia dois jogadores do Tênis Clube São José: Edvar Simões e Zé Olaio, que haviam conquistado o Paulista do Interior um ano antes.
Durante os anos 70 o basquete da cidade esteve um tanto morno, até que em 1979, numa tentativa de renascimento do esporte da cidade, o investimento no basquete de São José voltou a crescer. O principal reforço para os torneios daquele ano foi o veterano pivô Ubiratan Maciel, o Bira. Em torno dele foi montada uma grande equipe, que conquistou os principais títulos da história do basquete de São José dos Campos.
O time joseense foi Bi-campeão Paulista em 1980 e 1981, nas duas oportunidades superando o Monte Líbano na final. O trabalho culminou com o maior título da história do basquete da cidade, o título nacional, com a conquista da Taça Brasil de 1981.
O time campeão tinha a Edvar Simões como treinador, sendo o quinteto titular formado por: Carioquinha, Marcelo Vido, Nilo Guimarães, Zé Geraldo e Ubiratan Maciel. Na primeira fase, o time ficou em primeiro lugar no grupo, que tinha ainda a Fluminense, Ginástico (de Minas) e Jóquei Clube (de Goiás). A primeira colocação lhe colocou diante do Vasco da Gama na semi-final, a qual os joseenses venceram por placar apertado: 67 x 64, garantindo vaga na final contra o Francana, então campeão nacional. O duelo paulista foi equilibradíssimo. O Tênis Clube venceu por 74 x 72, garantindo o título de campeão nacional.
Logo depois do seu ápice, e em decorrência da grave crise econômica pela qual passava o país, as atividades do Tênis Clube São José acabaram sendo encerradas.
O projeto do basquete na cidade foi retomado só em 2005, capitaneado pelo treinador Régis Marrelli. O projeto foi financiado pela Prefeitura de São Jose dos Campos (projeto São José Basketball) e foi abrigado na Associação Esportiva São José (AESJ), cuja casa era o Ginásio Lineu de Moura.
No primeiro semestre de 2009 o time joseense fez sua primeira temporada na Liga Nacional. No segundo semestre se reforçou e com uma equipe formada por Fulvio Chiantia, Matheus, Renato Lamas, Rafael Mineiro e Wanderson foi Campeão Paulista de 2009.
Depois de ser 13º lugar em sua primeira temporada na liga nacional, em sua segunda temporada a equipe chegou às quartas de final do NBB 2009-10. Na temporada seguinte o time de São José contratou o pivô Murilo Becker. Ainda assim, mais uma vez acabou eliminado nas quartas.
Mas o trabalho mantinha-se forte. Foi Vice-campeão Paulista em 2011 (perdeu o título para o Pinheiros). E na temporada 2011-12 foi Vice-campeão Nacional, perdendo para o UniCeub/Brasília na final. O time tinha voltado a se reforçar, era formado por: Fulvio, o norte-americano Andre Laws, Dedé Stefanelli, Jéfferson Wiliam e Murilo Becker.
Mas o trabalho mantinha-se forte. Foi Vice-campeão Paulista em 2011 (perdeu o título para o Pinheiros). E na temporada 2011-12 foi Vice-campeão Nacional, perdendo para o UniCeub/Brasília na final. O time tinha voltado a se reforçar, era formado por: Fulvio, o norte-americano Andre Laws, Dedé Stefanelli, Jéfferson Wiliam e Murilo Becker.
Depois do segundo lugar na Liga Nacional, o time, com o mesmo quinteto, foi Campeão Paulista de 2012, o quarto título estadual da história da cidade.
Na temporada 2012-13 do NBB o projeto passou por uma grave crise financeira, mas mesmo assim ainda foi capaz de chegar à semi-final da Liga Nacional, tendo perdido para o Flamengo, a quem eliminara na semi-final do ano anterior. Porém, o time acabou perdendo seu principal jogador, Murilo trocou as cores do São José pelas do Bauru.
O clube buscou manter o projeto forte. Contratou Caio Torres para o lugar de Murilo e manteve a base, com Fulvio, Laws, Dedé e Jéfferson. Acabou eliminado nas quartas de final do Paulista, e isto fez com que a direção decidisse trocar Régis Marrelli por Edvar Simões, que treinou o time na temporada 2013-14 da Liga Nacional. Não deu certo, ele acabou substituído por Luiz Augusto Zanon, que ainda conseguiu levar a equipe a mais uma semi-final do Novo Basquete Brasil. Mas a crise financeira e as dificuldades de financiamento da Prefeitura seguiram ameaçando o projeto.
O jogador-símbolo da retomada do basquete em São José:
Fulvio Chiantia
Carreira: 1998-99 Winner Limeira; 1999-00 Paulistano; 2000 Unitri Uberlândia (MG); 2000-01 Casa Branca (SP); 2001-02 Franca; 2002-03 Corinthians/Mogi (SP); 2003-04 COC/Ribeirão Preto; 2005-06 Universo/Brasília; 2006 Assis (SP); 2007 Trotamundos (Venezuela); 2007-08 Paulistano; 2008-09 Roseto (Itália); 2009 Granada (Espanha); 2009-2014 São José; 2014-2017 UniCeub/Brasília; 2017-18 Vasco da Gama; 2018-19 Bauru; 2019-2021 Mogi.
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