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sábado, 30 de agosto de 2014

Brasil no Mundial de Basquete Masculino 2014

Brazil - 2014 FIBA World Cup



Seleção Brasileira
Armadores: Marcelinho Huertas (Barcelona, Espanha), Larry Taylor (Bauru) e Raul Neto (Lagun Aro, Espanha)
Ala-armadores: Leandro Barbosa (Phoenix Suns, NBA) e Alex Garcia (Bauru)
Alas: Marquinhos (Flamengo) e Marcelinho Machado (Flamengo)
Alas-pivôs: Nenê Hilário (Washington Wizards, NBA), Rafael Hettsheimeir (Bauru) e Guilherme Giovannoni (UniCeub Brasília)
Pivôs: Tiago Splitter (San Antonio Spurs, NBA) e Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers, NBA)


Nenê Hilário - Anderson Varejão - Tiago Splitter
O trio NBA do garrafão brasileiro


Primeira Fase

30/08/2014 - Brasil 65 x 63 França - Granada, Espanha
Parciais: 11 x 18 / 17 x 8 (28 x 26) / 18 x 15 (46 x 41) / 19 x 22 (65 x 63)
Brasil: Marcelinho Huertas (16), Alex Garcia (6), Marquinhos (10), Nenê Hilário (5) e Tiago Splitter (6). Banco: Raulzinho (6), Larry Taylor (0), Leandrinho (8), Marcelinho Machado (0), Guilherme Giovannoni (0), Rafael Hettsheimeir (0) e Anderson Varejão (8). Téc: Ruben Magnano. 
França: Thomas Huertel (8), Nicolas Batum (13), Mickael Gelabale (9), Boris Diaw (15) e Joffrey Lauvergne (3). Banco: Antoine Diot (7), Edwin Jackson (0), Evan Fournier (0), Charles Kahudi (0), Florent Pietrus (2) e Rudy Gobert (6). Téc: Vicent Collet.
Desfalques da França: Tony Parker, Nando de Colo, Kevin Séraphin, Alexis Ajinça e Joakim Noah.

Marcelinho Huertas, o melhor em quadra pelo Brasil

Anderson Varejão na marcação sobre o melhor jogador francês, Boris Diaw


31/08/2014 - Brasil 79 x 50 Irã - Granada, Espanha
Parciais: 17 x 18 / 23 x 06 (40 x 24) / 21 x 12 (61 x 36) / 18 x 14 (79 x 50)
Brasil: Marcelinho Huertas (2), Alex Garcia (12), Marquinhos (4), Rafael Hettsheimeir (6) e Tiago Splitter (10). Banco: Raulzinho (2), Larry Taylor (7), Leandrinho (11), Marcelinho Machado (8), Guilherme Giovannoni (5), Nenê Hilário (8) e Anderson Varejão (4). Téc: Rubén Magnano.
Irã: Behnam Yakhchali (6), Mehdi Kamrani (11), Oshin Sahakian (2), Mohammad Jamshidi (13) e Hamed Haddadi (4). Banco: Hamed Afagh (4), Arsalan Kazemi (2), Samad Bahrami (4), Asghar Kardoust (0) e Rouzbeh Arghavan (4). Téc: Mehmed Becirovic

Seleção Brasileira encontrou muita dificuldade no 1º quarto

Alex Garcia foi o maior pontuador do Brasil no jogo


01/09/2014 - Brasil 63 x 82 Espanha - Granada, Espanha
Parciais: 14 x 30 / 18 x 15 (32 x 45) / 15 x 21 (47 x 66) / 16 x 16 (63 x 82)
Brasil: Marcelinho Huertas (8), Alex Garcia (2), Leandrinho (11), Nenê Hilário (7) e Tiago Splitter (6). Banco: Raulzinho (2), Larry Taylor (4), Marcelinho Machado (6), Marquinhos (7), Rafael Hettsheimeir (0) e Anderson Varejão (10). Téc: Rubén Magnano
Espanha: Ricky Rubio (2), Juan Carlos Navarro (10), Rudy Fernandez (6), Pau Gasol (26) e Marc Gasol (8). Banco: José Calderon (5), Álex Abrines (0), Sergio Rodriguez (12), Sergio Llull (7), Victor Claver (0), Felipe Reyes (1) e Serge Ibaka (5). Téc: Juan Antonio Orenga

Pau Gasol foi o nome do jogo, Nenê e o resto do garrafão brasileiro não puderam pará-lo

Leandro Barbosa, o maior pontuador do Brasil diante dos espanhóis


03/09/2014 - Brasil 81 x 73 Sérvia - Granada, Espanha
Parciais: 23 x 16 / 25 x 16 (48 x 32) / 12 x 32 (60 x 64) / 21 x 09 (81 x 73)
Brasil: Marcelinho Huertas (6), Leandrinho (16), Marquinhos (21), Nenê Hilário (7) e Tiago Splitter (10). Banco: Raulzinho (2), Larry Taylor (2), Alex Garcia (6), Marcelinho Machado (0), Guilherme Giovannoni (7), Rafael Hettsheimeir (0) e Anderson Varejão (4). Téc: Rubén Magnano.
Sérvia: Stefan Markovic (10), Bogdan Bogdanovic (8), Nemanja Bjelica (8), Miroslav Raduljica (11) e Vladimir Stimac (2). Banco: Milos Teodosic (14), Stefan Jovic (2), Stefan Bircevic (8), Marko Simonovic (3), Nikole Kalinic (0) e Nenad Krstic (7). Téc: Sasha Djordjevic.

Havia 24 anos o Brasil não vencia dois europeus na mesma competição 

Marquinhos, oito pontos seguidos e placar vai de 60 x 67 para 68 x 67


04/09/2014 - Brasil 128 x 65 Egito - Granada, Espanha
Parciais: 37 x 10 / 30 x 13 (67 x 23) / 24 x 25 (91 x 48) / 37 x 17 (128 x 65)
Brasil: Marcelinho Huertas (12), Alex Garcia (15), Marquinhos (4), Anderson Varejão (15) e Nenê Hilário (7). Banco: Raulzinho (14), Larry Taylor (4), Leandrinho (22), Marcelinho Machado (16), Guilherme Giovannoni (4), Rafael Hettsheimeir (7) e Tiago Splitter (8). Téc: Rubén Magnano.
Egito: Amr Gendy (14), Ibrahim El-Gammal (16), Rami Ibrahim (9), Youssef Shousha (5) e Haytham Kamal (7). Banco: Moustafa Elmekawi (3), Sherif Genedy (2), Wael Badr (0), Mouhanad El-Sabagh (4), Moamen Abouelanin (3), Seif Samir (2) e Ashraf Rabie (0). Téc: Amr Abouelkhir.

Tiago Splitter faz a bandeja na tranquila vitória brasileira

Raulzinho Neto infiltra na defesa egípcia sob o olhar de Anderson Varejão


CLASSIFICAÇÃO FINAL DA PRIMEIRA FASE

Grupo A: 1º - Espanha, 2º - Brasil, 3º - França, 4º - Sérvia, 5º - Irã, 6º - Egito
Grupo B: 1º - Grécia, 2º - Croácia, 3º - Argentina, 4º - Senegal, 5º - Porto Rico, 6º - Filipinas
Grupo C: 1º - EUA, 2º - Turquia, 3º - República Dominicana, 4º - Nova Zelândia, 5º - Ucrânia, 6º - Finlândia
Grupo D: 1º - Lituânia, 2º - Eslovênia, 3º - Austrália, 4º - México, 5º - Angola, 6º - Coréia do Sul


Lições a serem aprendidas da acachapante derrota para a Espanha

"E qual o seu segredo para tanta eficiência, senão a mobilidade, a fluidez de suas ações de entrada e saídas de bola, medidas e alimentadas por uma armação metódica, cirúrgica, e pontuadora também, principalmente nas longas bolas, em nenhum momento contestadas, como num carrossel multi facetado de habilidades e domínio pleno dos fundamentos do jogo, do drible junto ao corpo, às fintas milimétricas, do passe objetivo, da defesa linha da bola antecipativa, somados a um conceito coletivista que a nossa seleção ainda custará um bom par de anos para alcançar, isto se começar a trabalhar a base nesse sentido (...) o que poderá vir a ocorrer daqui para frente se não mudarmos algo de muito importante na prática do grande jogo entre nós, a cultura do básico, do essencial, do avaliado frente aos fatos, e não a cultura do “monstro”, da enterrada como “o momento maior do jogo”, do toco como o “fator que levanta a torcida”, esquecendo que bons e precisos arremessos, de dois mesmo, ganham jogos, assim como os lances livres que só valem um, e os jovens precisam saber e serem induzidos a isso, e não a rompantes midiáticos…"
Paulo Murilo (Blog Basquete Brasil - http://blog.paulomurilo.com)

"A grande lição deixada pelo time de Juan Antonio Orenga: neste nível de competitividade, defender com intensidade nos 40 minutos é imperativo, é mandatório, é o básico se você quiser ir longe. Nem sempre você terá o seu melhor quinteto junto, mas, independente do talento, quem estiver na quadra precisa marcar MUITO! (...) Ataque e defesa não se dividem, pois as duas ações são feitas pelos mesmos atletas em um espaço reduzido (diferente de futebol). Na Espanha, a defesa ATACA o sistema ofensivo do adversário em TODOS os ataques (principalmente o jogador que está com a bola, a regra número 1 do basquete diga-se de passagem). Em alguns momentos, o “atacante'' é tão cercado pelo seu marcador que ele passa a se defender do seu oponente mesmo com a bola nas mãos. O ataque, por sua vez, busca ATACAR a defesa rival o tempo inteiro, seja movimentando a bola com infinitos passes, seja com corta-luzes, seja com dribles. Com isso, a intensidade fica sempre perto dos 100% e nenhum dos dois setores precisa acelerar ações para conseguir compensar algo que não veio na outra extremidade (por isso quase não há tiros rápidos e muito menos marcações equivocadas). Mais do que um equilíbrio, uma harmonia entre os setores, há uma homogeneidade muito clara entre ataque e defesa. Os dois precisam empurrar o adversário o tempo inteiro a fazer alguma coisa longe de sua zona de conforto".
Fábio Balassiano (Blog Bala na Cesta - http://balanacesta.blogosfera.uol.com.br)

Tiago Splitter - Leandro Barbosa - Marcelo Huertas


Oitavas de Final

Depois de conseguir um excelente 2º lugar num grupo difícil, com Espanha, França e Sérvia (as duas primeiras seleções campeã e vice-campeã do Eurobasket 2013), o Brasil voltava a ter a Argentina pela frente. O caminho à semi-final equivaleria a ser o 1º lugar de outro grupo dificílimo: Brasil, Argentina, Grécia e Sérvia. Um dos quatro seria o adversário da Espanha (favoritíssima no outro lado do chaveamento) na semi-final.

A Argentina vinha sendo uma pedra no sapato do basquete brasileiro. Seria hora de finalmente exorcizar este fantasma? No Mundial 2002, vitória argentina nas quartas por 78 x 67. No Pré-Olímpico 2007, vitória argentina na semi-final (91 x 80) e Brasil fora das Olimpíadas. No Mundial 2010, vitória argentina nas oitavas de final por 93 x 89. No Pré-Olímpico 2011, o Brasil venceu na 1ª fase em plena Mar del Plata (73 x 71), mas perdeu na final por 80 x 75 (ambos se classificaram). Nas Olimpíadas 2012, vitória argentina nas quartas por 82 x 77. Nos 4 últimos Mundiais (2002, 2006, 2010 e 2014) em três deles os caminhos de Brasil e Argentina se encontraram em play-offs. Nos últimos 12 anos, em confrontos decisivos, goleada: Argentina 5 x 0 Brasil. A marca da "Geração Dourada". Desta vez, porém, os argentinos estavam desfalcados de Manu Ginóbili.

07/09/2014 - Brasil 85 x 65 Argentina - Madrid, Espanha
Parciais: 13 x 21 / 20 x 15 (33 x 36) / 24 x 13 (57 x 49) / 28 x 16 (85 x 65)
Brasil: Marcelinho Huertas (0), Leandrinho (10), Marquinhos (13), Anderson Varejão (8) e Tiago Splitter (10). Banco: Raulzinho (21), Larry Taylor (4), Alex Garcia (5), Guilherme Giovannoni (7) e Nenê Hilário (7). Téc: Rubén Magnano.
Argentina: Facundo Campazzo (11), Pablo Prigioni (18), Andrés Nocioni (4), Wálter Herrmann (5) e Luis Scola (9). Banco: Nicolás Laprovittola (0), Selem Safar (10), Marcos Mata (0), Leonardo Gutiérrez (6) e Marcos Delia (2). Téc: Julio Lamas.
Desfalques da Argentina: Carlos Delfino e Manu Ginóbili.

Raulzinho Neto, com impressionantes 21 pontos, foi o herói do jogo

Brasil impôs seu ritmo no garrafão, fator crucial para a vitória

Anderson Varejão superando a Léo Gutiérrez



Quartas de final

A prova do quão difícil foi o grupo brasileiro na 1ª fase, os quatro classificados superaram as quatro equipes classificadas do Grupo B e avançaram às quartas de final. Espanha, Brasil, França e Sérvia venceram e eliminaram a Grécia, Croácia, Argentina e Senegal. Nas quartas o Brasil voltaria a enfrentar a Sérvia, a quem havia superado na 1ª fase. Foi uma batalha na 1ª fase, e certamente seria novamente no play-off.

Muita coisa em jogo para o basquete brasileiro: desde 1986 o Brasil não chegava a uma semi-final, o que equivalia a 28 anos portanto; e desde 1978 não conquistava uma medalha, o que equivalia a 36 anos portanto. Passou perto, mas ainda não foi desta vez, o sonho de medalha naufragou no que era a última oportunidade num Mundial para boa parte desta geração de jogadores.

Na outra chave, a França surpreendeu e venceu a Espanha por 65 x 52. A semi-final foi entre Sérvia x França, duas equipes que o Brasil venceu na 1ª fase, mostrando que o Brasil esteve num nível próximo ao necessário para voltar a uma semi-final depois de quase três décadas, quiçá até a uma final, à qual não conseguia chegar já haviam quatro décadas. O sonho brasileiro terminou com um 6º lugar.

10/09/2014 - Brasil 56 x 84 Sérvia - Madrid, Espanha
Parciais: 17 x 21 / 15 x 16 (32 x 37) / 12 x 29 (44 x 66) / 12 x 18 (56 x 84)
Brasil: Marcelinho Huertas (4), Leandrinho (5), Marquinhos (12), Nenê Hilário (4) e Tiago Splitter (3). Banco: Raulzinho (6), Larry Taylor (0), Alex Garcia (8), Marcelinho Machado (0), Guilherme Giovannoni (0), Rafael Hettshmeir (2) e Anderson Varejão (12). Téc: Rubén Magnano.
Sérvia: Milos Teodosic (23), Stefan Markovic (9), Nikole Kalinic (5), Nemanja Bjelica (8) e Miroslav Raduljica (10). Banco: Bogdan Bogdanovic (12), Stefan Jovic (0), Stefan Bircevic (3), Marko Simonovic (0), Rasko Katic (0), Nenad Krstic (10) e Vladimir Stimac (4). Téc: Sasha Djordjevic.

Milos Teodosic, aqui marcado por Larry Taylor, foi o grande nome da vitória sérvia 

Os alas sérvios espaçaram o garrafão, dificultando o trabalho dos pivôs brasileiros 

Larry Taylor, Anderson Varejão e Nenê, expressões da frustração brasileira






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