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sábado, 28 de março de 2020

Lendas da Liga Argentina de Basquete

#LeyendasDeLiga: los 100 mejores

A Liga Nacional de Basquete da Argentina convidou a Julián Mozo, jornalista especializado em basquete, para armar um Top 100 dos Melhores Jogadores Argentinos que atuaram na História da Liga de 1984 a 2017. Os critérios usados para formar o ranking passaram por uma profunda investigação, para não se restringir aos gostos pessoais do autor, que juntou a opinião de guias oficiais, livros, diferentes páginas da web, e a opinião de alguns jornalistas que acompanharam a liga desde sua criação. Um trabalho buscando relembrar, fazer homenagens, analisar e levar ao debate reflexivo.

A ideia foi construir um ranking com critérios definidos, para que todos saibam quais foram os parâmetros de escolha. Foi considerado como parâmetro o tempo (em temporadas) que cada jogador esteve presente na liga, em quantas desta esteve listado entre os mais destacados, quão importantes foram para suas equipes, o desempenho relativo da equipe perante os concorrentes a cada temporada, diferenciando-se times que foram campeões, que aspiraram título, ou que estiveram papel mais humilde na tabela de classificação. Ademais de considerar o peso que cada jogador representou para suas respectivas equipes. Quais premiações recebeu, estatísticas liderou, ou recordes que obteve. Outro ponto decisivo foi considerar apenas o desempenho só na Liga Nacional, o que fez com que craques com carreira internacional renomada a nível mundial, como Manu Ginóbili, Nocioni e Pepe Sánchez, aparecessem em posições não tão destacadas como o tamanho das carreiras que eles construíram fora da Argentina e com a camisa da seleção nacional. Por último, houve um tempo mínimo de permanência para se ter sido considerado na lista Top 100: o jogador tinha que haver disputado pelo menos 3 temporadas.

Não foi simples comparar jogadores de épocas tão distintas. Não foi a mesma coisa ter brilhado entre 1995 e 1998, talvez a melhor etapa da história da liga, ou logo após a crise econômica de 2001, quando houve menos e piores estrangeiros atuando na Argentina. Foi assim, sob estas considerações, que se chegou à lista a ser apresentada:

TOP 100

100 - Marcelo Duffy: ala-pivot, forte, de caráter forte, grande defensor e com bons recursos ofensivos. Arrancou muito bem no River Plate, de 1985 a 1987, e seus melhores desempenhos teve no Gimnasia de Pergamino (médias de 22,6 pontos e 8,4 rebotes em 1988) e em suas últimas quatro campanhas, com o Olimpia de Venado Tuerto, em 1991-92 foi sua última com protagonismo.

99 - Nicolás De Los Santos: em 13 temporadas na liga (10 pelo Gimnasia Comodoro Rivadavia, em três etapas: 2004/07, 2008/10 e 2013/17) nos quais esteve ao menos durante quatro temporadas, entre os melhores armadores da liga. No Gimnasia Comodoro foi essencial na campanha do vice-campeonato da Liga em 2015 e na conquista do Torneio Super 4 em 2014. Fez parte do elenco, mas, muito jovem, jogou muito pouco no título do Comodoro da Liga, em 2006.

98 - Sebastián Acosta: "El Negro" foi um jogador polêmico, tendo ao longo de 13 temporadas mostrado duas caras: muitos problemas fora da quadra e indisciplinas, mas dentro dela mostrando muita personalidade, talento físico e capacidade de pontuar. Em suas últimas oito campanhas esteve acima da média de 10 pontos por jogo, com o ápice em 2004-05 com 18,2 pontos por jogo. Foi eleito o melhor ala-armador em 2007-08. Fez parte dos times do Boca Juniors campeão de 1997 (não jogou), do Libertad Sunchales campeão da Liga Sul-Americana 2002, e do Regatas Corrientes campeão do Torneio Super 8 de 2008.

97 - Luis Cequeira: armador muito veloz, com tremenda potência no jogo de pernas, e com a tomada de decisões evoluindo conforme amadurecia. Só custou a melhorar sua capacidade de pontuar (30% de acerto em 3 pontos na carreira). Surgiu no Quilmes, foi quatro vezes campeão a nível nacional - da Liga Nacional com o Boca Juniors em 2007 (Melhor Sexto Jogador), duas Copas Argentina com o Boca e o Torneio Super 8 de 2008 com o Regatas Corrientes - a nível internacional ganhou dois Campeonatos Sul-Americanos (Boca Juniors) e um Torneio Interligas Brasil-Argentina (Obras Sanitárias).

96 - Luis González: pivô bem alto para os padrões do basquete argentino (2,10 metros), com destacadas atuações na Liga Nacional, principalmente no Ferro Carril Oeste. Na temporada de 1986 teve médias de 11 pontos e 4 rebotes por jogo. Depois defendeu San Andrés, Boca Juniors e Independiente. Aposentou-se aos 36 anos, acoçado por seguidas lesões.

95 - Jonathan Treise: armador talentoso, de muito boa capacidade física e capacidade de pontuação. No Quimsa, entre 2007 e 2011, teve seus melhores momentos, levando seu time ao vice-campeonato da Liga em 2008, e a dois títulos: a Liga Sul-Americana e a Copa Argentina (ambos em 2009). Figurou no Top 10 de maior quantidade de assistências na história da Liga.

94 - Juan Pablo Cantero: explodiu mostrando muito talento com a camisa do Sionista (12,3 pontos e 40% de acerto em 3 pontos), sendo escolhido o Melhor Armador e Jogador com Maior Evolução na temporada 2008-09, e Melhor Sexto Jogador na temporada 2009-10. Entre 2010 e 2014 teve muitos problemas de lesão, e por isto não figura mais adiante nesta lista. Depois que se recuperou das lesões, teve bons desempenhos, mostrando-se grande pontuador, e com uma evolução constante na sua capacidade de armação da equipe e de tomadas de decisão em favor da condução do jogo coletivo.

93 - Fernando Martina: pivô de jogo muito intenso, muito boa defesa e que foi polindo sua capacidade ofensiva até se converter num jogador de jogo interno muito valioso na LNB. O cordobês teve importante papel no primeiro título do San Lorenzo e nos vice-campeonatos do Regatas Corrientes (2014) e Lanus (2013).

92 - Juan Pablo Figueroa: armador da base do Atenas de Córdoba que se transformou num grande defensor (inesquecível como controlou a David Jackson na final vencida sobre o Peñarol de Mar Del Plata) e muito bom condutor de seus times, além de ter um respeitável arremesso de três. Integrante do time "Grego" duas vezes campeão (2003 e 2009), eleito Melhor Sexto Jogador na temporada 2008-09. Também foi campeão dos torneios Top 4 (2003), Liga Sul-Americana (2004) e Copa Argentina (2008). Destacou-se sobretudo em suas primeiras temporadas na liga.

91 - Federico Aguerre: ala muito alto (2,04m) com uma grande capacidade atlética, surgiu no Boca Juniors e foi jovem à Espanha, em 1999, aos 21 anos, o que muito lhe serviu para progredir e amadurecer seu jogo. Quando regressou à Argentina seguiu progredindo, até vir a ser o melhor ala na temporada 2014-2015. Tem bom arremesso, defende bem e gera temor no jogo embaixo do aro. Faz tudo silenciosamente, o que lhe rendeu o apelido de "El Mudo". Brilhou no Super 4 que venceu o Gimnasia Comodoro Rivadavia, e também foi finalista da LNB. Era jovem quando foi campeão da Liga (2007) e da Copa Argentina (2006) com o Boca Juniors.


90 - Jose Luis Gil: da base do Estudiantes de Bahía Blanca, onde jogou oito de suas 12 temporadas, Josi se consolidou como um excelente ala-armador entre 1992 e 1996. Melhor pontuador que ser irmão Pablo (que foi um jogador mais completo), chegou a ter médias de 26 pontos por jogo na temporada 1994-95. Na anterior e na seguinte teve 20 pontos de média.

89 - Fernando Malara: "El Negro" fez história jogando 21 temporadas da Liga Argentina, de 1997 a 2017, fazendo seu "trabalho operacional" para contribuir quase silenciosamente pelos times que defendeu. Ala intenso, de muito boa defesa e com uma capacidade física potente, mas que demorou a aperfeiçoar seu jogo ofensivo (apenas 6,4 pontos por jogo de média no total de sua carreira). Valioso na LNB que ganhou o Boca Juniors na temporada 2003-04 e nos Campeonatos Sul-Americanos de Clubes de 2005 e 2006.

88 - Claudio Farabello: um grande jogador de equipe, que complementava o jogo dos principais nomes dos times que defendeu. Irmão mais velho do armador Daniel, foi um ala com muito bom físico, grande jogo defensivo e arremesso respeitável. Jogou 15 temporadas (entre 1988 e 2006) e foi valioso em times campeões, como o Boca Juniors de 1997 e o Estudiantes de Olavarría de 2000.

87 - Carlos Raffaelli: um craque dos Anos 1980 (com Obras Sanitarias), o melhor ala-armador argentino na Liga em sua geração, mas que não pode desfrutar todo seu esplendor por seguidas lesões. Fez sua estreia na liga em 1987 e jogou apenas três temporadas, mas foi o suficiente para mostrar toda sua classe, com um arremesso devastador e variantes de jogo permitidas por seu bom porte físico para a posição (1,94m). Teve média de 16,8 pontos por jogo nas 91 partidas da Liga Nacional que atuou.

86 - Lucio Redivo: outro jogador que atuou pouco tempo (5 temporadas) mas fez muito. Talento de Bahia Blanca de enorme profissionalismo e sacrifício, venceu o preconceito que lhe impunham: “é muito baixo para jogar a LNB como ala-armador”. Com "apenas" 1,84m ele compensou com muita velocidade, potência e com um tremendo arremesso, que impactou a todos antes dele emigrar para a Espanha, onde construiu todo o restante de sua carreira. Teve médias de 14,5 pontos na temporada 2015-16 e de 17,0 pontos na temporada 2016-17, levando o Bahía Basket a competir contra os melhores.

85 - Nicolás Laprovittola: também só 5 temporadas na LNB já foram suficiente para alçar-lo a este Top 100, sobretudo porque nas últimas duas (entre 2011 e 2013) foi um dos três melhores armadores da liga. Levou o Lanus a um 5º lugar na temporada 2011-12 e a um vice-campeonato na temporada seguinte. Bom condutor do time para sua juventude, com várias armas para pontuar, sobretudo no arremesso de longe. Passou pelo Brasil, teve rápida passagem na NBA e construiu longa carreira no basquete europeu.

84 - Anibal Sánchez: falecido aos 26 anos num acidente automobilístico logo após sua melhor temporada na LNB. Ala-armador pontuador, saiu de Echague para se converter em destaque do Olimpo. Antes de seu falecimento, em 1990, teve médias 24 pontos (1989), com 61% de acerto em 2 pontos e 41% de acerto em 3 pontos. Nas 4 temporadas que disputou, deixou ótima imagem e a sensação de que se houvesse mantido sua evolução, destacaria-se ainda mais.

83 - Jorge González: "El Gigante" jogou apenas três temporadas, suficientes para que o qualificassem para integrar este Top 100. Em seu pouco tempo na liga, impactou o basquete argentino com seus descomunais 2,29m. Na temporada 1988 teve médias de 22,3 pontos e 10,8 rebotes por jogo. Uma loucura! Na média das três temporadas disputadas teve 19,6 pontos por jogo. Teve seguidos problemas de lesão e de saúde, derivados de sua anomalia de gigantismo. Foi escolhido no Draft da NBA de 1988, mas não conseguiu espaço, tentou o basquete espanhol, mas jogou apenas 1 jogo na temporada 1988-89 com o Estudiantes Bosé, e a partir de 1989 preferiu tentar a sorte nos EUA na luta-livre.

82 - Roberto López: pivô um tanto baixo mas muito forte fisicamente, com habilidades que o permitiram uma escolha como MVP da liga na temporada 2003-2004, ainda que com médias relativamente baixas de 13 pontos e 8 rebotes por jogo (números curiosamente piores do que os obtidos por ele na temporada anterior: 18 pontos e 9,7 rebotes). Gonzalo García sempre conduziu e foi um diferencial nos times em que jogou. Foi peça-chave no Gimnasia La Plata que foi vice-campeão em 2004 e no Libertad Sunchales que foi campeão do Torneio Super 8. Jogou 10 temporadas, sempre destacando-se na capacidade de conseguir rebotes.

81 - Patricio Simoni: o ala-pivô foi um operário áspero para os times que defendeu, impondo-se com sua força física: pegando rebotes, defendendo o garrafão e, algumas vezes, até pontuando. Em muitas de suas 14 temporadas fez este trabalho com bastante consistência, suficiente até para levar-lhe à Seleção Argentina no fim dos Anos 1990. Terminou sua carreira com média de 10,0 pontos e 5,2 rebotes por jogo. Seu melhor foi com a camisa do Andino (4 temporadas, na temporada 2001-02, por exemplo, com 13,7 pontos e 7,3 rebotes). Quase não jogou, mas estava no grupo do Peñarol de Mar Del Plata, campeão da Liga em 1994.


80 - Mariano Ceruti: um ala-armador com grande personalidade, e pontuador. Em suas 8 primeiras temporadas, teve médias de pelo menos 11 pontos por jogo (19,1 em 2001-02). Surgiu e se destacou com o Libertad de Sunchales, onde jogou 10 de suas 12 temporadas. "El Bebo" foi campeão da Liga Sul-Americana em 2002 e da Liga Argentina em 2008 (era reserva). Também foi vice-campeão em 2001, e com o Gimnasia La Plata em 2004. Ganhou o prêmio de Jogador com Maior Evolução na temporada 1999-2000.

79 - Diego Cavaco: um nome histórico por suas 20 temporadas na Liga, fez sua carreira a base de sua força para um ala, e de um ótimo arremesso. Em 13 temporadas esteve acima de 37% no acerto de 3 pontos. O marplatense de 1,99m fez sua estreia em 1999 e terminou sua carreira no Quilmes em 2017. Ganhou três títulos (Torneio Super 4, Super 8 e Copa Argentina) com 3 equipes diferentes, e foi campeão Sul-Americano com o Libertad Sunchales (2007 e 2008), clube onde viveu seus melhores momentos.

78 - Héctor Haile: armador de muita qualidade técnica, jogou 12 temporadas com grande capacidade de pontuar (20 pontos com o Peñarol de Mar Del Plata em 1989 e 38% de acerto em 3 pontos na média da carreira). Era um hábil condutor de equipe e muito inteligente nas assistências (média variando entre 3,5 e 5,2 assistências por jogo nas suas 6 últimas temporadas). No começo da Liga brilhou com o River Plate (3 temporadas). O maior destaque foi no Peñarol, mas também no Echague de Paraná.

77 - Orlando Tourn: físico de pivô e virtudes de ala, muito bom passador e muito bom pontuador, teve papel importante nos títulos do Ferro Carril Oeste (1985, 1986 e 1989). Entre 1990 e 1996, evoluiu ofensivamente e manteve médias entre 11 e 20 pontos (melhor marca, com o Racing na temporada 1995-96). Jogou 15 temporadas na Liga Argentina e emigrou para a Itália.

76 - Daniel Aréjula: foi chamado de "El Mago", um jogador das posições dois e três, com muitos recursos para pontuar facilmente (excelente em contra-ataques) que em suas 7 temporadas (1985 a 1992) teve médias de 15,5 pontos, com acerto de 55,5% em 2 pontos e 35,5% em 3 pontos. Peça valiosa no título do Ferro Carril Oeste campeão de 1989 (11,6 pontos com 51% em 2 pontos). As lesões limitaram sua carreira a partir de sua passagem pelo River Plate, que o forçaram a se aposentar aos 32 anos.

75 - Jorge Faggiano: ala muito inteligente, com muito bom jogo defensivo e muito correto ofensivamente, sendo ponto de equilíbrio de muitos dos times que defendeu. Ícone do Estudiantes de Bahía Blanca, onde jogou 8 de suas 11 temporadas na LNB. Seu melhor foi visto nas suas 4 primeiras temporadas (14 pontos de média), ainda que posteriormente teve bons momentos com o Albo nas temporadas 1991-92 e 1992-93.

74 - Mário Milanesio: pontuador nato, arremessador puro, com médias de pelo menos 10 pontos em 10 de suas 12 temporadas. Na total da carreira atingiu uma espetacular média de 50% de acerto em 3 pontos. Peça valiosa no bi-campeonato do Atenas de Córdoba (1987 e 1988), com média de 13,5 pontos por jogo nestas duas campanhas. Jogou 9 de suas 12 temporadas com a camisa do Atenas.

73 - Rubén Scolari: um clássico "pivô à moda antiga" com seus 2,07m, um operário sacrificado, muito bom na defesa e com tremendo em rebotes, alcançando o record histórico da Liga Argentina em total de rebotes (30) e em rebotes defensivos (24) num mesmo jogo. Jogou 15 temporadas, cortadas por uma passagem pelo basquete espanhol, sempre com muita consciência de qual era seu papel para sua equipe.

72 - Luis Oroño: quando a LNB foi criada, ele já tinha 30 anos e uma carreira no basquete argentino, mas ainda teve tempo para deixar sua marca na história da Liga Argentina, foi campeão da "Liga de Transição" com o San Andrés. Ala com 47% de acerto no arremesso de 3 pontos, com um bom jogo físico, muito valioso aos times que defendeu, em especial com as camisas do Sport, do Independiente e do River Plate.

71 - Jorge Zulberti: ala-armador alto e com uma mão certeira, que lhe permitiu uma média impressionante de 49% de acerto de 3 pontos na carreira na LNB (13 temporadas). Como pontuador, foi peça-chave no título de campeão do Independiente de General Pico em 1995, com médias de 17,0 pontos e 55% de acerto de 3 pontos nesta campanha.


70 - Gustavo Oroná: jogador histórico que soube entender seu papel, executando-o muito bem, e ficando 20 temporadas na Liga Argentina. Jogador de equipe, com excelente produtividade, conhecedor do jogo, e um pontuador secundário mas de um tiro bastante confiável, sendo importante aos times que defendeu. Teve média de pelo menos 10 pontos em 11 temporadas, e com aproveitamento superior a 37% de 3 pontos também por 11 temporadas (chegou a ter 48% numa delas, exatamente quando foi campeão com o Boca Juniors na temporada 2006-07).

69 - Leopoldo Ruiz Moreno: armador e ala-armador muito talentoso e eficiente, mais inclinado à pontuação do que à armação de jogo propriamente de sua equipe, ainda que fosse bom passador. Terminou suas 13 temporadas na Liga com uma interessante média de 13 pontos por jogo, apesar de ter um arremesso à distância irregular (32% de acerto em 3 pontos). Foi escolhido Melhor Sexto Jogador na temporada 1995-96 com o Atenas de Córdoba.

68 - Esteban Camisassa: destacou-se no início da Liga Argentina, tendo jogado apenas 5 temporadas. Brilhou como um ala técnico, muito talentoso e pontuador (19 pontos por jogo de média) defendendo a Unión Santa Fé, River Plate (vice-campeão da LNB em 1988), Peñarol de Mar Del Plata e Ferro Carril Oeste. Ala da Seleção Argentina que poderia estar mais a frente nesta lista se não tivesse enfrentado algumas lesões e passado algumas temporadas no basquete brasileiro.

67 - Matías Lescano: de 2003 a 2010 jogou no Zaragoza, da Espanha, depois de fazer grandes campanhas com o Estudiantes de Bahía Blanca, o Pico e o Atenas de Córdoba, onde viveu seu melhor momento, sendo campeão da Liga em 2003 e posteriormente do Torneio Super 8 de 2010, após sua volta do basquete espanhol. Jogador completo, muito bom na defesa, versátil, veloz, com excelente arremesso e muito boa visão de jogo.

66 - Eduardo Dominé: canhoto, um dos melhores arremessadores da história da LNB, sobretudo pelo excepcional arremesso de 3 pontos (acertou 1.945 em 718 partidas, uma média de 2,7 acertos por jogo), tendo sido 5 vezes líder da temporada em acertos da linha de três pontos. Símbolo de Quilmes, aposentou-se com 39 anos após 16 temporadas em apenas 3 clubes: 7 anos no "Cervejeiro", 7 no Obras Sanitarias e 2 no Ciclista Olímpico. E com média de 14 pontos por jogo.

65 - Eduardo Cadillac: um craque da história do basquete argentino, mas que teve seu ápice antes da criação da LNB, sobretudo nos Anos 1970 e começo dos Anos 1980, com Obras Sanitarias. Ainda assim, em 7 temporadas na Liga, "El Tola" demostrou sua classe e inteligência com San Andrés (3, sendo campeão da Liga de Transição em 1984) e River Plate (4, sendo vice-campeão em 1988).

64 - Selem Safar: elevou-se no cenário argentino quando o treinador Sérgio "Ovelha" Hernández o elegeu arremessador principal do Peñarol de Mar Plata que ganhou tudo durante três temporadas seguidas. Teve participação central sobretudo nos dois últimos dos três títulos consecutivos do Peñarol, com um arremesso rápido e devastador com a canhota, alçando-se à Seleção Argentina. Sob uma responsabilidade maior para decidir, não conseguiu repetir o mesmo sucesso com o Boca Juniors, o Obras Sanitarias e o San Lorenzo.

63 - Luis "Chuzo" González: um pontuador nato, destaque principalmente na LNB de 1988, quando fez 29 pontos por jogo. Depois de duas temporadas de alto nível no Echague, foi contratado pelo Atenas de Córdoba com a missão de substituir Héctor Campana, o que lhe custou um peso extra. Ainda assim fez um interessante papel (16,6 pontos por jogo) para se sagrar campeão com o "Grego" na Liga de 1990. Jogou 10 temporadas, fechando com respeitáveis médias de 17,2 pontos, 67% de acerto de 2 pontos e 37% de acertos de 3 pontos.

62 - Maximiliano Stanic: o armador saído de Morón, de grande personalidade, determinação e recursos para conduzir, armar a dar assistências à equipe, surgiu com a camisa do Pico em 1997, depois foi ao Boca Juniors em 2001. Seguiu para a Europa, onde permaneceu por 9 anos, os melhores de sua carreira. No entanto, quando voltou à Liga ainda esteve em grande forma, fez 3 temporadas muito boas com o Olímpico. Melhor armador eleito pela mídia especializada na temporada 2015-16. Média histórica de mais de 4 assistências por jogo.

61 - Javier Maretto: peça valiosa no Ferro Carrol Oeste multi-campeão de 1985, 1986 e 1989. Ala de grande capacidade defensiva e interessante aporte ofensivo por sua força física, inteligência e bom arremesso (entre 43% e 49% de acerto em 3 pontos). Seu papel destacado o levou ao Estudiantes de Bahía Blanca, onde ainda chegou à final em 1991. No total jogou 10 temporadas.


60 - Pepe Sánchez: talvez o melhor armador da história do basquete argentino, fez sua estreia na LNB aos 17 anos (no Deportivo Roca) e logo foi contratado pelo Estudiantes de Bahía Blanca, onde ficou uma temporada antes de começar sua brilhante passagem pela NCAA, pela NBA e pela Europa. Em Bahía Blanca, com apenas 18 anos foi um armador muito atrevido e talentoso, ainda que pouco sólido, pela pouca experiência. Voltou à LNB aos 32 anos, primeiro no Obras Sanitarias, depois no Weber Bahía Basket, e no seu revolucionário projeto, do qual participou dentro e fora de quadra. Jogou três temporadas, mostrando sua inteligência única, classe, visão de jogo e liderança. Foi eleito melhor armador na temporada 2010-11. Aposentou-se aos 36 anos, derrubado por constantes dores nas costas.

59 - Gabriel Darrás: muito magro e de porte físico que transparecia fragilidade, mas com uma inteligência tática e visão de jogo que o agigantavam, dando-lhe poder como pontuador. Parceiro perfeito de Miguel Cortijo no Ferro Carril Oeste que dominou o basquete argentino nos Anos 1980, foi campeão da LNB em 1985 e em 1986, depois passou pelo Independiente de Neuquén, e no Olimpia de Venado Tuerto viveu seus melhores dias como pontuador (14,2 de média de pontos entre 1990 e 1994). Jogou 12 temporadas e se aposentou aos 32 anos.

58 - Carlos Romano: chegou à LNB no ápice de sua carreira, quando era talvez o melhor ala-armador do país. Teve médias de 20 pontos por jogo em suas 7 temporadas na Liga, tendo em duas delas tido médias superiores a 24 pontos por jogo, jogando no San Andrés e no Gimnasia Pedernera (GEPU). De personalidade polêmica, o que talvez seja o motivo de haver mudado tanto de clubes (6 camisas diferentes em 7 temporadas). Em pontos desfavoráveis a ele: nunca defendeu times candidatos a título nestas temporadas que disputou. Aposentou-se aos 36 anos.

57 - Matías Sandes: emergiu como o "ala do futuro" em suas primeiras temporadas, mas não atendeu às enormes expectativas que haviam sobre seu jogo (faltou-lhe melhor arremesso e mais mobilidade lateral dentro de quadra). No entanto, soube desenvolver sua capacidade de decidir jogos e se destacar como ala-pivô com dotes de ala. Muito inteligente, excelente passador, forte fisicamente e com bons recursos no poste baixo (embaixo da cesta). Peça valiosa do Boca Juniors 8 vezes campeão (Liga Nacional 2003, 4 Copas Argentina e um Torneio Top 4, e dois Campeonatos Sul-Americanos de Clubes Campeões). Ainda ganhou a Liga Nacional 2017 na reserva do San Lorenzo. Foi uma vez do Quinteto Ideal da temporada e duas vezes Melhor Sexto Jogador (2003 e 2005).

56 - Andrés Nocioni: foi recrutado por León Najnudel que o lançou para fazer sua estreia no profissional aos 15 anos com o Racing Club. Após apenas uma temporada, passou ao Olimpia de Venado Tuerto, mas viveu melhor momento no Independiente de General Pico. Entre os 18 e os 20 anos começou a mostrar um potencial incrível, com muita personalidade e como um reserva chave para seu time, que chegou a uma final (perdeu 4-3 para o Atenas de Córdoba). Foi eleito o Melhor Sexto Jogador em 1999. Em muito pouco tempo (e muito jovem) deixou sua marca na LNB. Depois de uma longa passagem na Liga Espanhola e na NBA, regressou à LNB em 2011 com uma passagem rápida pelo Peñarol de Mar Del Plata, onde foi campeão do Torneio Super 8.

55 - Hernán Jasen: assim como Manu Ginóbili, surgiu como um jovem talentoso pelo Andino e pelo Estudiantes de Bahía Blanca, onde se destacou em duas temporadas (médias de 13,7 pontos e 3,7 rebotes) antes de migrar para a Espanha e construir uma tremenda carreira que durou 13 anos. Voltou com 34 anos, pensando em encerrar sua trajetória, mas esticou esta passagem para além dos 40 anos, surpreendendo a todos. O cuidado com a forma física, a experiencia, o trabalho determinado, a liderança e sua inteligencia fizeram possível algo que poucos são capazes de fazer a esta idade, dando uma valiosa contribuição ao Bahía Basket, um time repleto de jovens talentos, que obteve dois vice-campeonatos sul-americanos.

54 - Julio Mazzaro: pontuador muito eficiente, de muita elegância, excelente arremesso e muito boa capacidade física, sendo muito eficiente em suas 15 temporadas na LNB. Entre 2002 e 2009 conseguiu médias excepcionais entre 18 e 23 pontos (51% de acerto em 2 pontos e 37% de acerto em 3 pontos). Ganhou três títulos, com destaque para a Liga Sul-Americana 2009 com o Quimsa (MVP das finais). Prêmio de jogador que mais evoluiu em 2003 e duas vezes eleito para o Quinteto Ideal da temporada. Um "assassino" silencioso, mas que muitas vezes recebeu críticas por seus temperamento explosivo.

53 - Gabriel Díaz: surgiu como uma das maiores promessas argentinas e correspondeu em alto nível. Por 13 temporadas teve médias de mais de 10 pontos por jogo e em três superou 18 pontos por jogo. O melhor de sua trajetória foi com o Andino de 1994 a 1999. Foi campeão com o Estudiantes de Olavarría (da Liga Nacional e da Liga Sul-Americana) como um reserva valioso. Chegou a 20 temporadas na LNB, mas em suas últimas já um tanto distante de ser um jogador decisivo.

52 - Raymundo Legaria: um dos melhores armadores da LNB em suas cinco primeiras temporadas (2002 a 2007), quando então começou a ter seguidas lesões crônicas nos joelhos, as quais significaram o começo de seu fim na LNB (em função delas disputou apenas 9 temporadas). Foi o cérebro do Ben Hur de Rafaela, campeão em 2005, e do Boca Juniors que se consagrou campeão em 2007, em ambas oportunidades fazendo uma grande dupla com Leo Gutiérrez. Muito rápido, inteligente, agressivo e com ótimo arremesso.

51 - Pablo Moldú: ala-armador de muito capacidade para organizar a equipe, e ao mesmo tempo com grande potencial de pontuar. Grande defensor. Tuvo uma década em alto nível (médias de 15,4 pontos, 2,7 rebotes e 2,3 assistências por jogo entre 1999 e 2007). Foi peça-chave no campeonato de Gimnasia Comodoro Rivadavia de 2006. Jogou 17 temporadas e se aposentou aos 34 anos.


50 - Sergio Aispurúa: foi um operário essencial às equipes que defendeu em suas 15 temporadas (por 7 clubes diferentes). Como ala-pivô ou como pivô com grande capacidade de pontuar embaixo da cesta, muito bom defensor e nos rebotes. Um dos melhores no jogo interior durante 10 anos (1985 a 1995). Um jogador de equipe, que manteve sua eficiência até os 35 anos.

49 - Raúl Merlo: "Chuni" foi um ala-armador agressivo, com excelente jogo de pernas, muita atitude e com um perigoso arremesso de três pontos. Durante 14 de suas 15 temporadas (por 10 equipes diferentes) teve média de pelo menos 12 pontos por jogo (em 7 delas superou 17 pontos por jogo). Aposentou-se aos 39 anos, com média histórica de 16 pontos e com 64% de acerto nos tiros de 2 pontos. Seu visual extravagante, com faixa na cabeça, brincos e cabelos cumpridos, foi marcante.

48 - Román González: talentoso pivô de 2,10m, com altura e envergadura acima dos padrões do basquete argentino, aos quais soube agregar movimentos e recursos ofensivos que dificultavam muito a marcação do adversário. Explodiu no Libertad Sunchales (20 pontos por jogo na temporada 2002-03) e chegou à Seleção Argentina (bronze nas Olimpíadas de Pequim 2008), migrando na sequência para a Europa. Quando regressou, viveu um momento especial com o Peñarol de Mar Del Plata (campeão da Liga das Américas 2008 e uma LNB com média de 16,5 pontos e 7 rebotes por jogo). Depois foi dominante com o Quimsa (16 pontos e 7 rebotes por jogo na temporada 2009-10). Mas um jogador de declarações e comportamentos polêmicos, sobretudo fora de quadra.

47 - Andrés Pelussi: um ala-pivô relativamente baixo (1,98m) mas de grande força, contração defensiva e grande mentalidade, que transformou em muito progresso de seu jogo ofensivo, em especial no tiro de três. Operário de luxo, que sempre entregou muito mais do que suas médias são capazes de dizer. Foi valioso no Atenas de Córdoba, sobretudo entre 1999 e 2003. Mas onde se consagrou foi no Libertad Sunchales, sendo o equilíbrio e o diferencial defensivo no time que arrasou e foi campeão de 2008.

46 - Gabriel Fernández: nasceu como um operário dentro de quadra (com o Ferro Carril Oeste e com o Boca Juniors campeão com o técnico Julio Lamas) mas, com sua experiência junto à Geração Dourada da Argentina, ganhou confiança e passou a ser um jogador muito importante no título de 2000 do Estudiantes de Olavarría. O técnico Sérgio Hernández o escolheu para substituir Ruben Wolkowyski, que migrou à NBA, e "La Vaca" respondeu em alto nível para o bi-campeonato do time. Daí se foi à Europa e, quando voltou em 2007, mostrou seus melhores números: média de 15 pontos e 5,2 rebotes em duas temporadas com o Boca Juniors.

45 - Gabriel Mikulas: pivô inteligente e de muitos fundamentos. Logo que saiu da base do Independiente de General Pico, jogou na NCAA nos EUA e então voltou à LNB para mostrar seu aprendizado. Entre 2004 e 2016 foi um dos jogadores de garrafão mais regulares (médias entre 11 e 16 pontos e entre 5 e 8 rebotes por jogo). Inclusive foi o MVP da fase regular da temporada 2006-07 e do Super 8 que ganhou com o Peñarol de Mar Del Plata, chegando a uma final de LNB com o "Milrayitas", quando aos 37 anos se aposentou.

44 - Manu Ginóbili: um dos casos mais difíceis de serem mensurados na lista, porque se trata do maior jogador de basquete da Argentina, e de um dos maiores desportistas, senão o maior, da história do país. Mas, julgando-se apenas o que ele fez na LNB, onde esteve por apenas 3 temporadas, fez apenas um mínimo capaz de colocá-lo entre os 50 primeiros. Fez muito neste pouco tempo, ainda mais porque era tão jovem (dos 18 aos 21 anos). Na 1ª temporada, pelo Andino, 1995-96), foi eleito a revelação, com 18 anos; na 2ª, já no Estudiantes de Bahía Blanca, transformou-se num jogador perigoso (16,4 pontos tende 58% de acerto de 2 pontos e 41% de acerto de 3 pontos; na 3ª e última no país (1997-98) foi um dos cinco melhores jogadores do torneio, com atuações cativantes e números de estrela (25 pontos, com 59% de 2 pontos e 36% de 3 pontos) que o levaram à Seleção Argentina e à Europa. Era só o começo de uma carreira incrível, que teve seu ápice entre agremiações no San Antonio Spurs.

43 - Javier Martínez: de dupla nacionalidade, paraguaio e argentino, chegou à LNB oriundo do Paraguai e surpreendeu a todos por sua tremenda inteligência, personalidade vencedora, capacidade de cadenciar o ritmo de jogo e de conduzir equipes de ponta. Apesar de váriods lesões grave nos joelhos, aposentou-se da LNB só aos 39 anos. Sabia quando fazer o resto do time pontuar, e quando assumir o papel de ser decisivo. E o fazia apesar de ter um dos arremessos a distância mais estranhos da história. Foi o sábio condutor da grande temporada do Regatas Corrientes (2012-13), campeão da Liga e do Torneio Super 8, além de campeão continental.

42 - Sebastián Ginóbili: irmão de Manu, "Sepo" foi uma lenda que jogou 19 temporadas na LNB, e o fez com muita personalidade, qualidade e inteligência, pensando sempre no seu time. Organizava, passava e pontuava, talvez lhe tenha faltado um melhor jogo defensivo e mais resistência física. Foi um ícone no Quilmes e depois, mais veterano já, foi o lúcido condutor de um dos melhores campeões da história, o Libertad Sunchales da temporada 2007-08. Destacou-se entre os maiores da história da LNB em diferentes fundamentos.

41 - Juan Manuel Locatelli: ala completo, de excelente jogo defensivo, bom em rebote, penetração, pontuação, intensidade e personalidade. Um dos melhores jogadores da Liga entre 2001 e 2010. Peça fundamental no Peñarol de Mar Del Plata, por quem jogou 10 temporadas, sendo protagonista e ganhando a Liga em 2009, e a Liga das Américas e o Sul-Americano em 2008. Também brilhou no Atenas de Córdoba campeão em 2010 com o técnico Ruben Magnano, e vice-campeão em 2011. Jogou 17 temporadas, e foi o Melhor Ala, compondo o Quinteto Ideal, em duas temporadas, de 2008 a 2010.


40 - Lucas Victoriano: entre 1994 e 1997, o armador era a joia da geração que veio a formar a Geração Dourada. Este talento ele mostrou na LNB sendo figura-chave do Olimpia de Venado Tuerto campeão de tudo, ainda que tivesse apenas 18/19 anos e saísse do banco de reservas, mas teve médias de 14 pontos, 4 rebotes e 4 assistências com este time. Era tão bom que seu talento o levou ao Real Madrid com apenas 20 anos. Posteriormente voltou duas vezes à LNB, para defender ao Lanús (onde marcou o caminho para Nicolás Laprovittola) e pelo San Martín de Corrientes.

39 - Diego García: foram 9 temporadas que foram suficientes para que "El Rayo" ficasse na memória, com sua tremenda velocidade, muito boa capacidade de penetração nas defesas adversárias, com recursos tanto para definir como para conduzir a armação do time. Em todas suas temporadas com médias de dois dígitos (com 51% de acerto na carreira toda) e em algumas, como quando foi essencial para o grande time do Ben Hur de Rafaela, que foi campeão da LNB em 2005 (teve 16,4 pontos e 40% de acerto de 3 pontos) e da Liga Sul-Americana em 2006, e também com o Quimsa, campeão com médias de 15 pontos por jogo na temporada 2014-15, após regressar da Europa, onde esteve de 2007 a 2012. Jogador com Maior Evolução na temporada 2004-05 e eleito melhor ala-armador da temporada 2006-07, na qual também foi o maior pontuador da LNB.

38 - Ariel Bernardini: um dos melhores arremessadores da história da LNB. Um ala-armador de puro talento, suave como a seda, que explodiu num Campeonato Provincial e desfrutou seus melhores momentos por San Andres, Peñarol de Mar Del Plata e Boca Juniors. As lesões o limitaram e um grave acidente foi o começo do fim em seu melhor momento. Ele foi uma arma essencial nos títulos do Peñarol em 1994 (médias de 22 pontos e 46% de acerto em 3 pontos) e do Boca em 1997 (médias de 18,4 pontos e 45% de acerto nos 3 pontos).

37 - Leandro Palladino: talvez o melhor Sexto Homem da história da LNB. Ganhou este prêmio três vezes, em 1998, 1999 e 2000. Peça essencial, saindo do banco, do poderoso Atenas de Córdoba. Com o "Grego" foi duas vezes campeão da LNB (1998 e 1999) e também se coroou com o Boca Juniors, já com papel menor, em 2007, após uma passagem de 5 anos pela Europa. Um dos melhores defensores de perímetro da história argentina, com muito sacrifício e força física, além de ter desenvolvido um ótimo arremesso de 3 pontos. Em 8 de suas 10 temporadas, acertou ao menos 36% dos arremessos, e superou 40% em 4 delas.

36 - Diego Lo Grippo: ala-pivô de muita potência, mobilidade e recursos ofensivos, que evoluiu até brilhar com o Atenas de Córdoba (21 pontos e 7 rebotes na Liga 2002-03) e até ser o MVP das Finais 2003. Migrou para a Europa em 2003 e voltou em 2009. Um líder silencioso, que saiu do Ferro Carril Oeste. Aos 40 anos, jogou sua 16ª temporada.

35 - Gabriel Cocha: jogador histórico pelas 23 temporadas que disputou, já quase ao final de sua carreira, conseguiu o esperado título da LNB, sendo o MVP das Finais em 2006. Fez sua estreia aos 17 anos, sendo um armador de grande futuro e se consolidando como um ala-armador que fazia um pouco de tudo. Inteligente e de ótimo arremesso, foi um ícone do Gimnasia Comodoro Rivadavia, onde jogou 9 temporadas (a melhor foi a de 1995-96, com 20,5 pontos, 3,6 rebotes e 3,1 assistências de médias).

34 - Sebastián Rodríguez: "Tato" foi um armador de grande capacidade de pontuar (chegou a ter média de 25 pontos numa temporada e fechou a carreira com 42% de acerto em 3 pontos). Ao longo da carreira, foi melhorando sua habilidade de conduzir a equipe, terminou sendo chave na conquista de 10 títulos com o Peñarol de Mar Del Plata (duas LNB e duas Ligas das Américas, entre outros). Também foi campeão com o Boca Juniors, único clube que defendeu além do Peñarol, por quem jogou 15 de suas 16 temporadas. Melhor passador em duas temporadas e Quinteto Ideal em três. Aposentou-se aos 33 anos por uma arritmia cardíaca.

33 - Germán Filloy: jogou apenas três temporadas em alto nível (ainda jogou outras cinco, mas muito limitado por seguidas lesões), mas foi suficiente para impactar como um ala além de seu tempo. Com seus 2,02m ele surpreendia pela inteligência, pelos ótimos fundamentos, e por sua capacidade de penetração, se já não bastasse, ainda tinha um excelente arremesso de longa distância. Foi o Melhor Sexto Jogador em 1992 e foi o primeiro MVP da Liga, em 1987. Esteve presente em 4 títulos do Atenas de Córdoba.

32 - Juan Gutiérrez: escolhido Jogador Revelação em 2003, quando saiu do Obras Sanitárias e se transformou num jogador completo, capaz de pontuar (e defender) perto da cesta ou saindo do garrafão. Teve um grande impacto apesar de ter jogado apenas 8 temporadas. Com o Obras Sanitarias foi dominante, sendo MVP da fase regular em 2011 (16,4 pontos e 10 rebotes por jogo) e em 2012 (16,7 pontos e 8,6 rebotes por jogo). Só faltou o título da LNB, mas foi campeão da Liga Sul-Americana em 2012.

31 - Federico Kammerichs: surgiu na base do Ferro Carril Oeste, e foi protagonista na sua última temporada no clube (16,5 pontos para ser escolhido o Jogador de Maior Evolução). Migrou então para o basquete europeu. Voltou após 7 anos fora para ser destaque no Regatas Corrientes e ser campeão da Liga em 2013. Em duas temporadas teve médias duplo-duplo (13,4 pontos e 11,2 rebotes por jogo). Jogou apenas 7 temporadas, já que ainda teve um período no basquete brasileiro, mas em 5 ele teve um impacto muito considerável. "El Yacaré" foi chave no título do "Fantasma", também campeão da Liga das Américas, quando foi eleito MVP.


30 - Daniel Farabello: armador alto, de muita elegância e dinâmica, capaz de pontuar (11 pontos por jogo de média na LNB, com 38% de acerto em 3 pontos) e de dar assistências (2,9 por jogo), além de ser um baita defensor (melhores estatísticas de recuperação de bola da história da LNB, com 1.479 recuperações e a impactante média de 2,7 por jogo). Surgiu com 18 anos pelo Carasucias de Sport, brilhou pelo Andino, destacou-se com Boca Juniors e Quilmes, mas o maior destaque foi nos dois títulos da LNB conquistados com o Estudiantes de Olavarría em 2000 e 2001. Jogou 12 temporadas, também com uma passagem no meio delas pelo basquete brasileiro.

29 - Carlos Cerutti: "El Palo" foi o melhor jogador dentro do garrafão no final do Anos 1980, o pivô de 2,06m sonhava defender a Seleção Argentina por 10 anos seguidos quando morreu em um acidente automobilístico aos 21 anos, em 1990. Com 19 anos havia sido o melhor jogador das Finais de 1988. Ganhou duas LNB com o Atenas de Córdoba. jogou apenas 6 temporadas, três delas a nível top, de 1988 a 1990, foi o suficiente para estar no Top 30 da Liga.

28 - Hernán Montenegro: um dos maiores talentos da história do basquete argentino. Pivô de 2,07m com fundamentos e técnica de ala, um protótipo adiantado para aquela posição naquela época. Podia armar o jogo como se fosse armador e definir o ataque, com uma ampla gama de recursos. Era puro talento e carisma, muitos pagavam a entrada só para vê-lo. Jogou num nível top na temporada 1990-91 (22,2 pontos e 8,7 rebotes por jogo) quando chegou à final. Teve média de pelo menos 15 pontos em 8 temporadas. Está nesta posição pelo que foi como jogador. Uma personalidade volátil, que gerou muitas idas e voltas pelos clubes (só em 5 de suas 16 temporadas, jogou mais do que 30 partidas), com um reprovável profissionalismo que cobrou sua conta. Ganhou pouco (dois vice-campeonatos) para o nível de talento que tinha.

27 - Luis Villar: "El Mili" foi outro destes operários-chave nos times que defendeu, como no Atenas de Córdoba campeão de 1992 e, sobretudo, no Boca Juniors de 1997. Determinado, com muita personalidade, muita defesa e jogo perto do aro eficiente, com ótimo gancho e arremessos frontal dentro do garrafão. Teve, inclusive, momentos de brilho pessoal, como no Gimnasia Pedernera (25 pontos de média em 1990). Manteve ótimo nível por 15 temporadas.

26 - Sebastián Uranga: um guerreiro, um "Nocioni" dos Anos 1980-1990. Muita personalidade, coração e entrega, inteligência, força, raça e entrega. Foi peça essencial no Ferro Carril Oeste multi-campeão (esteve nos títulos de 1985 e 1989). Foi MVP das Finais de 1985. Tinha limitações ofensivas, mas pontuava (13 pontos de média em 15 temporadas). No fim, já com mais de 30 anos, foi líder e operário d Olimpia de Venado Tuerto que ganhou tudo.

25 - Gabriel Deck: quando este ranking foi montado, "El Tortu" tinha apenas 9 temporadas na LNB e só com 23 anos, mas já tinha conseguido se converter no melhor jogador da LNB. Por dois anos foi o jogador que mais desequilibrou e já tinha sido campeão e MVP das Finales de 2017 com o San Lorenzo. Estava próximo de repetir o feito na temporada 2017-18. Com este domínio, breve mas contundente, superou a vários nomes históricos e entrou no Top 25.

24 - Gustavo "Penka" Aguirre: o armador dominou as últimas temporadas antes da elaboração deste ranking, conduzindo os três últimos campeões. Surgiu no Quilmes com muita capacidade física na armação e muita inteligência. Com um estilo pouco ortodoxo, mas com muita personalidade para fazer seus times jogarem, além de pontuar bem e ter liderança em momentos difíceis. Um caso atípico no basquete argentino: conheceu o fundo do poço quando ninguém o quiz contratar para a temporada 2013-14, por causa de seus descuidados e suposto baixo profissionalismo, mas ressurgiu e se transformou num armador de elite no basquete argentino. Já tinha 5 títulos nacionais e um Liga das Américas quando este ranking foi montado. Foi ainda o MVP da temporada 2014-15 e do Torneio Super 8 de 2014.

23 - Bruno Lábaque: foi muito mais que o filho do presidente mais influente da história da LNB. Conviveu com este selo, mas como jogador demonstrou muito coração, defesa forte, personalidade, capacidade de condução e poder de pontuação. Jogou 21 temporadas, 19 delas pelo Atenas de Córdoba, onde conseguiu 12 títulos, 5 da LNB (1997-98, 1998-99, 2001-02, 2002-03 e 2008-09). Foi o reserva imediato de Milanesio e depois, quando se aposentou Marcelo, transformou-se no titular (e líder) em dois títulos de Liga mais.

22 - Martín Leiva: pivô bem alto para o padrão do basquete argentino (2,10m) e de grande poder físico, muita personalidade e de muito poder defensivo, um fator chave na transformação de seu jogo que o levou a ser muito importante nas conquistas de 6 títulos da LNB: quatro com o Peñarol de Mar Del Plata em 6 temporadas (além de um da Liga das Américas) e dois com o Boca Juniors em outras 6 temporadas (além de três títulos do Campeonato Sul-Americano de Clubes). Limitações técnicas, como um dos piores tiro de lance livre da história, e ofensivas, pela baixa capacidade de pontuar, diminuíram sua posição na lista final.

21 - Esteban Pérez: ala da Seleção Argentina, com ótimo arremesso e muita força física. Poderoso em obter rebotes, ótima defesa e com muito poder de fogo para pontuar. Jogava perto e longe do aro, com uma magnífica pontaria (média entre 36% e 42% no acerto de 3 pontos durante 10 anos seguidos). Peça-chave no Gimnasia Pedernera (EPU) campeão de 1993. Brilhou por outros 7 clubes e jogou na LNB até os 38 anos.


20 - Lobito Fernández: típico armador, muito inteligente, com baixa estatura mas muito elogiado sempre por todos seus companheiros. Conduzia o ritmo de seus times, tinha grande visão de jogo e pontuava. Peça fundamental de cinco campeões, em três clubes diferentes: Gimnasia Pedernera (1991 e 1993), Boca Juniors (1997) e Estudiantes de Olavarría (2000 e 2001). Jogou 16 temporadas e se aposentou aos 37 anos.

19 - Marcos Mata: quase um "De la Fuente" de nova era. Um destes jogadores que não aparecem tanto, mas são adorados por seus treinadores e companheiros por ter uma mistura raramente vista (capacidade atlética, tremenda defesa, muito bom arremesso e muita contribuição nos rebotes), além de que estava sempre pensando na equipe. Peça-chave do Peñarol de Mar Del Plata tri-campeão e do San Lorenzo multi-campeão. Alem de haver sido três vezes campeão da Liga das Américas (2 com Peñarol e 1 com o San Lorenzo). Decisivo muitas vezes, mas sempre vencendo silenciosamente.

18 - Rubén Wolkowyski: um imponente porte físico, jogador muito profissional e muito disciplinado, que foi evoluindo seu papel até vir a se tornar um grande campeão. No começo, no Quilmes, pontuava muito (entre 17 e 20 pontos por jogo nas três temporadas por lá). Também teve momentos com o papel de operário trabalhando pelo time, como no Estudiantes de Olavarría (16,5 pontos e 7,1 rebotes por jogo). Na temporada 1999-2000 foi campeão e MVP das Finais. Isto o elevou a outro nível. Daí em diante saltou à NBA. Voltou à LNB em 2009 e outra vez ocupou um papel de sacrifício pelo time. Jogou até os 42 anos na LNB, com passagens ainda pelo basquete do Uruguai e de Porto Rico.

17 - Marcelo Richotti: estrela e alma do Pacífico, de milagres nas temporadas iniciais da LNB. Um tanquezinho que sempre ia para frente, e assim foi um dos três melhores armadores durante os primeiros 10 anos da LNB. Também foi um líder por Independiente de Neuquén, Estudiantes de Bahía Blanca e Peñarol de Mar Del Plata, equipe com a qual se sagrou campeão, tendo papel determinante. Aposentou-se pelo Gimnasia Comodoro Rivadavia aos 37 anos.

16 - Facundo Sucatzky: armador baixo, mas de uma enorme personalidade, muito coração e muita entrega. Podia pontuar bastante, assim como fazer seu time jogar. Visão, bom passe e um artista do "pick and roll". Brilhou no título do Independiente de General Pico em 1994. Detém o recorde de assistências da história da LNB (4.080, uma média de 4,9 por jogo), e mesmo tendo passado algumas temporadas no basquete brasileiro. Foi o líder do Independiente por 10 temporadas seguidas. Detém o record de assistências num jogo de fase regular (20, em 2002) e num jogo de play-off final (14, em 1995).

15 - Fabricio Oberto: jogou apenas 5 temporadas, duas em altíssimo nível, a última (1997-98) sendo consagratória (escolhido Melhor Jogador), a qual alçou o cordobês a escalar este ranking e saltar por cima de nomes históricos que jogaram em alto nível muitas temporadas mais que ele. Partiu para a Europa com 23 anos, depois de ter sido coroado Jogador Revelação de 1995, Melhor Sexto Jogador em 1997 e MVP em 1998, consagrando-se no 4-0 sobre o Boca Juniors na final em que superou a Ruben Wolkowyski. Destacou-se numa época de altíssimo nível da Liga Argentina. Constriu uma carreira explêndida na Europa, e chegou à NBA.

14 - Julio Rodríguez: elegante e explosivo, foi um dos melhores pontuadores da história da LNB, converteu 16.252 pontos e ficou com a média de 20 pontos por jogo. Rei do tiro de meia distância: quase não arremessava de três, mas aos poucos ia de dois em dois pontuando muito. "El Lunguito" se alçou à fama pelo Pacífico de Bahía Blanca no início da LNB. Manteve um nível admirável por pelo menos 15 anos. Talvez seu melhor tenha sido visto no Regatas de San Nicolás (chegou a ter média de 26 pontos). Tomou a decisão de jogar em sua cidade (San Nicolás) e não por candidatos a título, o que lhe tirou trascendência. Aposentou-se aos 39 anos, após 19 temporadas.

13 - Jorge Racca: um cestinha devastador, disputa com Juan Espil o título de “melhor arremessador da história da LNB”.  Ala-armador alto (1,98m), potente, atlético, que brilhou no Olimpia de Venado Tuerto campeão de tudo na temporada 1995-96. Jogou somente 7 temporadas, mas deixou uma marca impossível de ser ignorada. Sua média de 23,2 pontos, com 41% de acerto em 3 pontos, é a mais alta entre as estatísticas de pontuação de jogadores argentinos na LNB. Deixou a Liga em 1998 e esteve cinco anos na Europa.

12 - Alejandro Montecchia: nasceu como uma gema (no Sport Club com os "Carasucias" - caras sujas, em português -) e conseguiu transformar-se num craque dentro da LNB. Foi parte da Geração Dourada, e dentre os que fizeram parte desta geração da Seleção Argentina, foi quem mais jogou na LNB (13 temporadas) e o que foi mais dominante. Armador de muita potência e cestinha que brilhou com Sport, Olimpia (era o motor do time campeão nacional e sul-americano em 1995) e no Boca Juniors do técnico Néstor "Che" García. Fechou seu ciclo com o Regatas Corrientes, onde mostrou sua liderança e as qualidades que o levaram ao selecionado nacional.

11 - Diego Maggi: pivô de 2,06m, um ícone do basquete argentino nos Anos 1980, na LNB e na Seleção Argentina. Pilar essencial do time do Ferro Carril Oeste três vezes campeão da Liga (ainda somou três títulos do Campeonato Sul-Americanos de Clubes), além de ter dado uma importante contribuição nas conquistas de título do Gimnasia Pedernera em 1991 e do Peñarol de Mar Del Plata de 1994. Foi campeão com 3 clubes distintos, fato muito relevante. Peça-chave na armação de equipes numa época de poucos pivôs argentinos de potencial. Muito bom defensor e com interessantes recursos ofenssivos. Melhor pivô argentino durante quase uma década inteira. Apesar das muitas lesões, conseguiu jogar até os 35 anos.

10 - Wálter Herrmann: seus melhores anos foram passados na NBA e na Europa, mas quando esteve na LNB deixou sua marca. Foram poucas temporadas, mas as dominou como poucos fizeram, incluindo os prêmios de MVP em Finais. Foi a estrela (20 pontos e 6 rebotes por jogo), o MVP e o campeão com o Atenas de Córdoba em 2002, substituindo o papel de Marcelo Milanesio, que havia saído pouco antes. Quando voltou do exterior, brilhou outra vez no "Grego" (22 pontos e 7 rebotes por jogo) e também pelo San Lorenzo (17,3 pontos e 5,6 rebores, com 43% de acerto em 3 pontos), sendo campeão de outra Liga e sendo MVP das Finais em 2016. No total acumulou quatro prêmios de MVP, dois da fase regular, que conseguiu em 13 temporadas de diferenção entre eles (2001 e 2014). Um físico privilegiado e uma grande mentalidade.

9 - Diego Osella: jogador interno, de jogo dentro do garrafão, muito talentoso, con muitos bons dotes ofensivos e um trabalho defensivo de bastante valor. Foi peça vital do Atenas de Córdoba que ganhou em três décadas distintas: soma 6 títulos da LNB (1988, 1990, 1992, 1998, 1999 e 2009) e 6 títulos internacionais. Foi o MVP da Final em 1999. Aposentou-se aos 41 anos, após 22 temporadas (19 com o Atenas, que aposentou sua camisa de N° 11), sendo o jogador com mais partidas disputadas na história da LNB (1.096). Médias históricas: 11,3 pontos e 6,2 rebotes por jogo, ratificando sua regularidade.

8 - Miguel Cortijo: um exímio condutor de equipes, administrador dos tempos de posse de bola e mestre das assistências. Foi o cérebro do Ferro Carril Oeste que dominou a LNB durante várias das primeirss temporadas (campeão de 1985, 1986 e 1989). Médias de 5,6 assistências por jogo nas quatro primeiras temporadas. Transbordava lucidez e fez vários de seus companheiros serem melhores, a vários que eram operários e ele os fez protagonistas... Naquela época ele foi dominante, principalmente usando a cabeça, no jogo mental. Somou 10 temporadas e jogou até os 39 anos, com um talento único para conduzir com sabedoria.

7 - Facundo Campazzo: jogador de muita personalidade, enorme qualidade, e muita capacidade física. Um turbilhão que revolucionou a Liga como poucas vezes aconteceu antes. Com 20 anos assumiu a função de armador do Peñarol de Mar Del Plata após a aposentadoria repentina do ídolo Tato Rodríguez, então foi crescendo até dominar a LNB durante dois anos. Inclusive substituiu Leo Gutiérrez da função de estrela do time. Foram só 6 temporadas na Liga, mas foi o suficiente para deixar sua marca. Foi chave no histórico tri-campeonato do Peñarol. Foi o MVP das Finais em 2012 (última do Tri) e em 2014, o que à idade que então tinha (entre 21 e 23 anos) foi inédito e ficou na história.

6 - Paolo Quinteros: um pontuador devastador que se converteu com a experiência num jogador completo, com um alto nível mesmo em suas últimas temporadas, cerca dos 40 anos. Chegou do TNA com o estigma de que “era muito baixo para triunfar na LNB” e não só foi valioso para os dois títulos do Estudiantes de Olavarría, como no Boca Juniors se consagrou como um dos melhores da LNB (20,4 pontos com 39.7% de acerto em 3 pontos), ganhando 5 títulos (uma LNB, três Copa Argentina e um Torneio Top 4). Este nível de elite o ratificou com o Regatas Corrientes, onde teve uma importância que vai mais além dos 16,8 pontos de média por jogo. Um líder e gerador de jogo para o time. Na última temporada teve sua média mais alta de sua carreira em assistências: 4,1 por jogo. Foi o MVP na temporada 2012-13, quando foi campeão com o "Fantasma" de Corrientes. Esteve 5 anos (e deixou sua marca) na Liga Espanhola (de 2006 a 2011), mas em suas 11 temporadas de LNB foi quase sempre determinante.

5 - Juan Espil: elegante e temível pontuador (talvez o melhor da história da LNB), que migrou à Europa em 1996 sendo um cestinha, e voltou em 2008 aos 40 anos reciclado e com um jogo completo. Sorprendeu por seu físico e pela enorme vigência ao jogar até os 44 anos em muito alto nível em Bahía Blanca. Jogou sólo 13 temporadas, foi 3 vezes o máximo pontuador de uma temporada, inclusive com uma marca incrível de 31 pontos de média na temporada 1995-96 com o Atenas de Córdoba. Tem a melhor média de cestas de três pontos por jogo (3,0), além de uma grande eficiência (41% em 589 partidas) e uma altíssima média de pontos (21,2 por jogo no total da carreira na LNB). Em 8 temporadas esteve acima de 20 pontos por jogo e em 6 esteve acima de 24 pontos por jogo. Mas, o mais importante, foi como se destacou quando foi campeão com o Gimnasia Pedernera em 1993: média de 25 pts, 60% de acerto de 2 pontos e 40% de acerto de 3 pontos.

4 - Esteban de la Fuente: o "Leo Gutiérrez" dos Anos 1990. Talvez não tenha a mesma qualidade técnica dos demais nomes que o acompanham neste Top 5, mas se destacou por sua grande mentalidade, liderança e caráter vencedor. Campeão com o Peñarol de Mar Del Plata em 1994 e com o Independiente de General Pico em 1995, sendo a estrela do time. Foi o MVP da Final em ambas oportunidades (dois anos seguidos). Fazia de tudo em quadra, sendo determinante na defensa e no ataque, algo que poucos conseguiram. Por isto foi o único que conseguiu dois triplos-duplos na história da LNB. Jogou até os 40 anos (18 temporadas no total), destacando-se em 3 décadas diferentes (entre 1989 e 1998 teve média de pelo menos 10 pontos).

3 - Héctor Campana: um craque dos que surgem poucas vezes na história. O maior pontuador da história da LNB (17.359 pontos), além de ostentar vários recordes de pontuação, como 62 pontos num jogo e 44 de média de pontos numa temporada, com o River Plate. Brilhou por 15 anos, primeiro como um feroz cestinha (quatro temporadas seguidas sendo o máximo pontuador da LNB) e depois como um jogador completo. Identificado com o Atenas de Córdoba, ainda que após várias idas e voltas (3 ciclos, 9 temporadas, 5 títulos da LNB), ele fez uma histórica dupla com Marcelo Milanesio, junto a quem formou aquele que talvez tenha sido o melhor time da história da Liga, o Atenas de 1997. Também deixou sua marca com as camisas do Olimpia de Venado Tuerto, River Plate, Gimnasia Comodoro Rivadavia, Banco de Córdoba, Boca Juniors e Peñarol de Mar Del Plata. Somou 7 títulos da LNB. Quatro vezes foi o MVP da temporada e três vezes o MVP da Final. Reinventou-se após algumas lesões difíceis. Poderia ser o 1° ou o 2° deste ranking, tranquilamente.

2 - Marcelo Milanesio: o símbolo (deverea ser a logomarca) da história da Liga Nacional. E, obviamente, do Atenas de Córdoba, onde jogou todas as suas 18 temporadas, entre 1985 e 2002. Em muitas delas, dominou por sua temível hierarquia. Cerebral como poucos e um perigoso pontuados, numa combinação rara. Carisma, personalidade vencedora, fundamentos e elegência. Ganhou 7 títulos da LNB em 3 décadas diferentes (1987, 1988, 1990, 1991-92, 1997-98, 1998-99 e 2001-02) e foi três vezes escolhido o MVP (duas vezes na Fase Regular, em 1992 e em 1994, e um das Finais, em 1990). Fez sempre que seus companheiros jogassem ainda melhor, sendo sempre o grande líder das equipes com as quais jogou. E uma informação fundamental que foi considerada para colocá-lo na posição 2: muita gente pagava sua entrada para exclusivamente ir a vê-lo, e para muitos é o maior ídolo da história do esporte cordobês, um orgulho para Córdoba.

1 - Leo Gutiérrez: nasceu para vencer. E para ser um líder. Um animal competitivo, com o gen da Geração Dourada, com um personalidade avassaladora. Onde foi, venceu. Durante uma década inteiro, os treinadores e os dirigentes repetiam: "o único que te fez vencer, é o Leo". Assim foi que ele fez o que ninhuém mais conseguiu fazer: 10 títulos em 23 temporadas da Ligas disputadas, com 5 equipes diferentes (Olimpia de Venado Tuerto, Boca Juniors, Ben Hur de Rafaela, Peñarol de Mar Del Plata, e Atenas de Córdoba), sendo em quatro destes títulos a super-estrela do time. Também agregou 6 títulos internaciois de clubes a seu curriculum. Há que se somar ainda métricas intangíveis, como a incrível liga que conquistou com o Boca, além de que com o Atenas foi campeão em momentos distintos, a última delas em 2009. Nove vezes nomeado o MVP, quatro na Fase Regular, quatro em Finais, e um em Super 8. Jogador com mais presença em arremessos de 3 pontos, além de ser o que mais converteu cestas de 3 em 6 temporadas, de ter o recorde em um jogo (15 covertidos). Seu arremesso é o resumo de como ele trabalhou para evoluir, e o que o elevou a uma super-estrela da Liga Argentina de Basquetebol.



Veja também: A História da Liga Argentina de Basquete

E veja mais: Basquete da Argentina 2002-2004, a Geração Dourada


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