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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

A grande campanha brasileira no Mundial Sub-19 de 2007


Aquela geração do basquete brasileiro havia conquistado a Medalha de Bronze na Copa América Sub-18 em 2006, o qual tinha sido o terceiro bronze brasileiro na história da competição continental, repetindo os desempenhos de 1990 e 1998 (em todas as três situações com os EUA campeões e a Argentina como vice-campeã). Gerações seguintes de jovens brasileiros superariam aquele desempenho (Prata em 2010 e 2012, perdendo a final para os EUA, e Bronze em 2016), mas estas mesmas gerações não repetiram num Mundial Sub-19 o desempenho daquele time de 2007, treinado por José Neto.

Em Novi Sad, na Sérvia, no Mundial masculino Sub-19 de 2007, o Brasil conseguiu a 4ª colocação, a melhor do país em competições de base no masculino desde o Bronze em 1983, na Espanha. Daquele time comandado por José Neto alguns nomes chamavam a atenção: Paulão, autor de 23,0 pontos e 14,7 rebotes, era o maior deles. Ele foi o maior pontuador do Mundial, com 207 pontos em 9 jogos, numa média de 32,4 minutos por jogo. O resto do quinteto brasileiro tinha Betinho, Thomas, Cauê e Rafael Mineiro.

Nas quartas, em jogo eletrizante, a Seleção Brasileira sub-19 derrotou à equipe da Austrália por 73 x 72. O destaque da vitória foi Betinho, cestinha da partida com 23 pontos. Pelo lado da Austrália, que sofria a primeira derrota em 7 partidas do Mundial, o maior pontuador foi Andrew Ogilvy, com 22 pontos. No jogo, o Brasil começou bem e abriu vantagem de 41 x 29 nos dois primeiros quartos. Porém, a Austrália acabou se recuperando e equilibrou o jogo - a cesta da vitória só foi marcada quando faltava um segundo para o fim do confronto, por Cauê Verzola.

O Brasil sonhou com o pódio, mas faltou um pouco mais de qualidade ao elenco para conseguir tal meta. Na semi-final, o time não teve chance diante da Sérvia, que derrotou ao Brasil pela segunda vez no torneio, e quase pelo mesmo placar da vitória anterior. Com um jogo coletivo muito mais desenvolvido, tendo vários jogadores pontuando, os sérvios se impuseram sobre o bravo time brasileiro, que tinha muito pouca capacidade de pontuação no banco de reservas, e com um jogo muito dependente do pivô Paulão Prestes.

Entre os principais nomes naquele Mundial Sub-19, a Austrália tinha Patty Mills e A.J. Ogilvy, a França tinha Nicolas Batum, a Espanha tinha Victor Claver, e a Argentina tinha Nicolás Aguirre e Nicolás de los Santos.

Foi a 3ª vez que o Brasil chegou às semi-finais do Mundial Sub-19, após uma Prata em 1979 e um Bronze em 1983, nestas que foram as duas primeiras edições da história da competição. Comparativamente, na América Latina, só Brasil e Argentina obtiveram pódio alguma vez na histótia do Mundial Sub-19, tendo os argentinos ficado com a Medalha de Bronze em 1979 e 1991 (foram 4º lugar em 1999 e 2011, tendo chegado, portanto, a 4 semi-finais).

Paulão Prestes, grande nome do time de 2007


Campanha:

12/07/2007 - Brasil 83 x 67 Líbano
13/07/2007 - Brasil 73 x 98 França
14/07/2007 - Brasil 81 x 75 Lituânia

Classificação: 1º- França; 2º- Brasil; 3º- Lituânia; 4º- Líbano

16/07/2007 - Brasil 75 x 87 Sérivia
17/07/2007 - Brasil 65 x 104 Estados Unidos
18/07/2007 - Brasil 89 x 77 China

Classificação: 1º- EUA; 2º- Sérvia; 3º- França; 4º- Brasil; 5º-Lituânia; 6º-China

Quartas de Final
20/07/2007 - Brasil 73 x 72 Austrália

Semi-Final
21/07/2007 - Brasil 74 x 89 Sérvia

Decisão de 3º Lugar
22/07/2007 - Brasil 67 x 75 França


Jogos Mais Importantes

Brasil 81 x 75 Lituânia
Parciais: 23 x 17 / 16 x 19 (39 x 36) / 10 x 25 (49 x 61) / 32 x 14 (81 x 75)
BRA: Betinho Duarte (20), Thomas Malazzo (12), Cauê Verzola (15), Rafael Mineiro (1) e Paulão Prestes (26). Banco: Henrique Medeiros (0), Carlinhos Ortega (3), Zezinho Arantes (2), Bruno Ferreira (0), Rodrigo Silva (--), Carlos Lima (2) e Romário Souza (--).
LIT: Zygimantas Janavicius (8), Martynas Gecevicius (13), Marius Valukonis (21), Lukas Brazdauskis (4) e Pranas Skurdauskas (17). Banco: Aurimas Birgelis (0), Vaidas Cepukaitis (4), Paulius Kleiza (0), Darius Gvezdauskas (8), Rokas Grinius (0).

Brasil 89 x 77 China
Parciais: 16 x 19 / 34 x 9 (50 x 28) / 14 x 23 (64 x 51) / 25 x 26 (89 x 77)
BRA: Betinho Duarte (19), Thomas Malazzo (16), Cauê Verzola (10), Rafael Mineiro (12) e Paulão Prestes (26). Banco: Henrique Medeiros (6), Carlinhos Ortega (0), Zezinho Arantes (--), Bruno Ferreira (0), Rodrigo Silva (--), Carlos Lima (0) e Romário Souza (--).
CHN: Wei Su (12), Qin Yang (2), Zhichao Ba (17), Yong Xu (23) e Xiaoxu Li (16). Banco: Bo Zhang (3), Aoke Gu (2), Jingyu Li (0), Delehei (0), Zheng Wang (2).

Brasil 73 x 72 Austrália
Parciais: 14 x 19 / 27 x 10 (41 x 29) / 14 x 23 (55 x 52) / 18 x 20 (73 x 72)
BRA: Betinho Duarte (23), Thomas Malazzo (10), Cauê Verzola (10), Rafael Mineiro (5) e Paulão Prestes (15). Banco: Henrique Medeiros (2), Carlinhos Ortega (6), Zezinho Arantes (--), Bruno Ferreira (0), Rodrigo Silva (--), Carlos Lima (2) e Romário Souza (--).
AUS: Patty Mills (19), Shannon Seebohm (10), Chris Goulding (5), Ben Dowdell (9) e A.J. Ogilvy (22). Banco: Nate Tomlinson (0), Ben Louis (3), Kevin Probert (4), Cameron Gliddon (0), Daniel Jackson (0) e Daniel Johnson (0).

Brasil 74 x 89 Sérvia
Parciais: 17 x 25 / 11 x 24 (28 x 49) / 23 x 18 (51 x 67) / 23 x 22 (74 x 89)
BRA: Betinho Duarte (6), Thomas Malazzo (14), Cauê Verzola (5), Rafael Mineiro (11) e Paulão Prestes (31). Banco: Henrique Medeiros (0), Carlinhos Ortega (7), Zezinho Arantes (0), Bruno Ferreira (0), Rodrigo Silva (0), Carlos Lima (0) e Romário Souza (--).
SER: Stefan Markovic (4), Petar Despotovic (5), Mladen Jeremic (21), Slaven Cupkovic (9) e Miroslav Raduljica (8). Banco: Dusan Katnic (6), Aleksandar Radulovik (2), Stefan Stojacic (11), Marko Cakarevic (4), Milan Macvan (12) e Boban Marjanovic (7).



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