A cidade de Franca está localizada no nordeste do Estado de São Paulo. É conhecida como "Capital Nacional do Calçado Masculino", um importante pólo industrial em meio a uma região essencialmente agrícola, que pertence à região com uma das mais importantes produções de café do mundo, a região "Alta Mogiana".
A "Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Franca" foi criada em 1805 como parte da Vila de Mogi Mirim. Posteriormente se tornou "Vila Franca Del Rey", em 1824, e, logo a seguir, "Vila Franca do Imperador". Isto depois de, em 1821, Minas Gerais ter tentado anexar a região a seu estado; os francanos resistiram, a tentativa falhou, e a marca ficou no lema que está no brasão da cidade hoje: "GENTI MEAE PAULISTAE FIDELIS" (Fiel à Minha Grei Paulista).
No mundo dos esportes, a cidade de Franca é conhecida como a capital nacional do basquete masculino, pois na história do basquete brasileiro é o clube que ganhou mais títulos. Uma história iniciada há muitos anos: o grande difusor do esporte na região (não só o basquete) foi David Carneiro Ewbank, que fundou em 1913 o multidesportivo Clube Atlético Franca, que acabou fechado em 1918. Mas David Ewbank não desistiu de empreender pelo esporte e fundou a Associação Atlética Francana.
Mas a semente da tradição da cidade no basquete só foi plantada no início da década de 1930, quando foi fundada a Liga Francana de Bola ao Cesto por José Cyrilo Goulart e Alfredo Henrique Costa. Em 1931 houve o primeiro campeonato da cidade, vencido pelo Clube Atlético Rio Branco. Já em 1936 houve a primeira edição dos Jogos Abertos do Interior, iniciativa do cronista esportivo Horácio "Baby" Barioni. O torneio de basquete contou com a participação dos times de Franca, Olímpia, Monte Alto e Uberlândia. Franca ficou com o 3º lugar e dali para frente o esporte foi crescendo cada vez mais no gosto da cidade.
Em setembro de 1953 foi fundado o Clube dos Bagres, projeto liderado pelo professor de educação física, recém-graduado pela USP, Pedro Morila Fuentes, o "Pedroca". Ele foi o treinador do time profissional de basquete do Clube dos Bagres de 1953 até 1981. Sob seu comando, o clube francano se projetou no cenário nacional. Começou desbancando o XV de Piracicaba, penta-campeão do interior, e faturando o Campeonato Paulista do Interior por 7 anos consecutivos: 1962-63-64-65-66-67-68. O time emergiu a partir daí no cenário estadual: o Clube dos Bagres foi Vice-campeão Paulista em 1964 (perde a final para o Corinthians), 1970 e 1971 (derrotas na final para o Sirio). Nesta ascenção coloca pela primeira vez um francano na Seleção Brasileira, o armador Hélio Rubens, titular absoluto no time do técnico Kanela que foi Vice-campeão Mundial em 1970, na Iugoslávia. As principais estrelas desta equipe eram da família "Rubens Garcia", os irmãos Hélio, Fransérgio e Toto, que ficaram conhecidos como os "Irmãos Metralha".
Antes mesmo de conseguir conquistar o Campeonato Paulista, deu-se um salto maior: em 1971 o Clube dos Bagres sagrou-se Campeão da Taça Brasil, alcançando o degrau mais alto do basquetebol nacional. O time campeão jogava com Hélio Rubens, Fransérgio, Fausto Giannechini, Lázaro “Toto” Garcia e Robertão. O treinador era Pedroca. No banco ainda estavam Alberto Carraro, Miltinho, Amilton, César Flausino e Rosalvo. Na campanha, vitória por 88 x 56 no Arapongas, por 86 x 51 no Minas Tênis, e no jogo decisivo, vitória sobre o Sirio por 75 x 62.
Apesar do sucesso, em 1971 o basquete do Clube dos Bagres foi fechado por problemas políticos, sendo o basquete francano forçado a passar por uma grande reformulação. O time de basquete profissional passou então a ser patrocinado pela Indústria de Calçados Emmanuel, com a equipe passando a se chamar "Emmanuel Franca Esporte Clube". Em 1974, houve a falência dos Calçados Emmanuel, forçando uma nova reformulação, com a equipe passando a ser patrocinada pela Indústria Amazonas de Produtos para Calçados, e tornando-se o "Esporte Clube Amazonas Franca". Mas os problemas não tardaram em ressurgir. Em 1976, a Indústria Amazonas encerrou seu patrocínio, alegando incompatilbilidades político-administrativas com a direção do clube, e encerrou seu apoio. Nada disso impediu o basquete de Franca de crescer: o time venceu o Campeonato Paulista do Interior em 1971, 1972, 1975, 1976 e 1977, tornando-se o maior vencedor do torneio, que teve 28 edições entre 1947 e 1977, tendo sido Franca campeã de 12 delas. Mas Franca já não era mais uma força só do interior, tornou-se grande no basquete paulista, e, por conseguinte, no basquete brasileiro.
Daí para frente os francanos imendaram uma sensacional sequência de títulos. Foram Campeões Paulista pela 1ª vez em 1973, superando o Trianon na final; depois perderam a final de 74 para o Palmeiras, mas a seguir foram Tri-campeões Paulistas em 1975-1976-1977, batendo o Palmeiras na final dos dois primeiros anos e o Sirio na conquista do Tri. Entre 1973 e 1979 foram 7 finais consecutivas de Campeonato Paulista, quatro títulos e três vices. Mas a projeção de Franca não parou por aí.
O Franca foi Bi-Campeão da Taça Brasil em 1974 e 1975 e foi Tri-campeão do Sul-Americano de Clubes em 1974-1975-1976. Em 1976, o time foi Vice-campeão do Mundial de Clubes, jogando em Cantu, na Itália, perdeu o troféu máximo do basquete mundial para o time local, o Cantu. O timaço francano do período entre 74 e 76 jogava com Hélio Rubens, Fransérgio, Fausto Giannechini, Gilson Trindade e Robertão, comandados por Pedroca.
Da esquerda para a direita: Hélio Rubens, Betão, Adilson, o argentino Gustavo Aguirre,
Carlão, Robertão, Gilson Trindade, Carrarinho, Carraro e Fausto Giannechini.
Com a crise pela qual o clube passou em 1977, foi a vez do basquete de Franca se apoiar no futebol. A Associação Atlética Francana havia sido campeã da Segunda Divisão do Campeonato Paulista de Futebol em 1977, subindo para disputar a divisão principal do estadual em 1978. Nesse mesmo ano de 1977, a A.A. Francana passa a abrigar o time de basquete da cidade, que defendeu suas cores de 1977 a 1984, quando novas divergências políticas levaram à separação do basquete do resto do clube, e à criação da Associação Francana de Basquetebol. Sob este nome a Francana jogou de 1984 a 1988.
A reestruturação em torno da Francana deu resultado e o time voltou a se destacar. Foi Campeão da Taça Brasil em 1980, ganhou o Sul-Americano de Clubes pela 4ª vez em sua história em 1980 e, em 1981, jogou o Mundial de Clubes em Sarajevo, na Iugoslávia, no qual Franca voltou a ficar com o Vice-campeonato Mundial, perdendo o título para o Maccabi Tel Aviv, de Israel. Aquela foi a despedida de Pedroca como treinador, por conta de problemas de saúde que o afastaram das quadras. Em seu lugar assumiu Hélio Rubens, que passou direto da posição de jogador e líder do time em quadra para a de técnico. O timaço francano de 80 e 81 jogava com Hélio Rubens, Guerrinha, Fransérgio, Fausto Giannechini e Robertão. O sexto-jogador era Tom Zé; todos comandados por Pedroca.
No ano seguinte, 1982, a Francana voltou a disputar o Mundial de Clubes, jogado desta vez no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Num jogo histórico para o clube, venceu o Maccabi Tel Aviv, campeão mundial no ano anterior. Chegou à semi-final, mas daí não passou. Na final, o Real Madrid venceu o Sirio, ficando com o título do torneio.
Mundial de 82 no Ibirapuera, vitória sobre o Maccabi Tel Aviv
Em 1984, como já dito, houve uma nova crise administrativa na A.A. Francana e o clube caiu em decadência. O basquetebol se separou, mas seguiu com o nome Francana. Permaneceu assim até 1988, quando outra estrutura foi formada. O time então foi adotado pela fábrica Ravelli Calçados, passando a se chamar "Ravelli Franca Basquetebol". O projeto fez o time retomar o caminho dos títulos. Sem vencer o Paulista desde 1977, foi depois da reestruturação em torno da Ravelli que o time voltou a ser campeão, venceu o Campeonato Paulista em 1988, 1990 e 1992 e foi Bi-Campeão das duas primeiras edições da Liga Nacional, em 1990 e 1991. Ainda voltou a vencer a Liga em 1993. Foi também Bi-Campeão do Sul-Americano de Clubes em 1990 e 1991, atingindo 6 títulos Sul-Americanos e, assim, tornando-se o segundo maior vencedor na história do torneio, que foi disputado entre 1954 e 2008. Só o Sirio, com 8 conquistas, venceu-o mais que Franca.
Ravelli Franca em 1988
O treinador nestas conquistas era Hélio Rubens. O time campeão em 1990 jogava com Guerrinha, Fernando Minucci, Rocky Smith, Patrick Reynolds e Paulão. No banco estavam Evandro e Janjão. Na final, vitória por 3 a 0 na série contra o time da empresa Lwart-Lwarcel. O bi em 1991 veio com o mesmo grupo de jogadores, só tendo sido trocado o norte-americano Patrick Reynolds pelo seu compatriota Morgan Taylor. Na final, 3 a 1 na série contra o Clube Ipê, de Jales. Já em 1993 os campeões foram: Demétrius, Dexter Shouse, Chuí, Sheldon Owens e Josuel. O banco tinha Fábio Pira e Janjão. O vice-campeão foi novamente o Clube Ipê, de Jales.
Em 1992, a Ravelli entrou em conflito com o departamento de basquetebol e a parceria foi finalizada. A crise desta vez partiu o basquete francano. Descontentes, um grupo de ex-jogadores formou um segundo time de basquete na cidade, o Dharma Yara, que dividiu a torcida francana. Tal rivalidade se manteve até 1996, quando o patrocinador Dharma deixou a equipe do Yara, e esta se transferiu para a cidade de Ribeirão Preto, formando o núcleo que montou a equipe do COC/Ribeirão Preto. Entre 1993 e 1995 foram dois representantes na Liga Nacional: Dharma Yara e Sabesp/Franca. Na Liga de 95, o Dharma Yara sagrou-se vice-campeão nacional, tendo sido o Sabesp/Franca semi-finalista no torneio. Franca tinha duas das quatro melhores equipes do país naquele ano.
Eram duas equipes porque da estrutura que construiu o basquete francano desde os tempos do Clube dos Bagres foi então fundado, em 1992, o Franca Basquetebol Clube, um clube independente, dedicado exclusivamente ao basquete, e usando "nomes-fantasia" de acordo com os contratos de patrocínio obtidos desde então: All Star/Franca (1992), Sabesp/Franca (1993), Cosesp/Franca (1994), Cougar/Franca (1995-1996), Marathon/Franca (1997-2000), Unimed/Franca (2000-2001), Franca/Petrocrystal/Ferracini (2004-2005), Unimed/Franca (2005-2008) e Vivo/Franca (2008-2014). O Franca Basquetebol foi Campeão Paulista em 1997, em 2000 e Bi-Campeão em 2006-2007.
O auge no entanto foi o fantástico time Tri-campeão Brasileiro em 1997-1998-1999. A série não foi maior porque o projeto francano foi "roubado" pelo Vasco, que contratou o técnico Hélio Rubens e todas as principais estrelas: Helinho (Hélio Rubens Filho), Demétrius, Rogério Klafke, Sandro Varejão e o dominicano José Vargas. Hélio Rubens deixava Franca pela primeira vez em sua carreira. Era o treinador do time desde 1982. No Vasco, o time de francanos ainda faturou o Bi-Campeonato Brasileiro em 2000-2001 e o Bi-Campeonato Sul-Americano.
Os Campeões de 1999
O time campeão de 97: Demétrius, Fernando Minuci, Chuí, Rogério Klafke e José Vargas. Com Helinho, Leon Jones e Evandro no banco. O time venceu o Mogi por 3 a 2 na semi-final. Depois na final um dramático 3 a 2 sobre o Corinthians de Santa Cruz do Sul, do Rio Grande do Sul. A derrota no 3º jogo por 110 x 109 deixou o time gaúcho com 2 x 1 na série. Os dois últimos jogos, em Franca, foram decididos nos segundos finais: 103 x 102 e 76 x 73. Título dramático.
Os campeões de 98: Demétrius, Chuí, Christopher Knigth, Rogério Klafke e José Vargas. Com Helinho e Evandro na reserva. Vitória por 3 a 1 sobre o Vasco da Gama na série semi-final e por 3 a 2 sobre o COC/Ribeirão Preto na final depois de estar sendo derrotado por 2 a 0 na série.
Os campeões de 99: Helinho, Valtinho, Chuí, Mike Higgins e Sandro Varejão. Com Márcio Dornelles no banco. O tri-campeonato teve um gosto especial, porque ao fim da temporada anterior o Vasco contratou Demétrius, Rogério e Vargas, desmontanto a estrutura central do time bi-campeão. O time ainda comandado por Hélio Rubens tinha a experiência de Chuí e os jovens Valtinho, Helinho, Márcio e Sandro Varejão. A conquista sobre os comandados pelo portorriquenho Flor Meléndez teve um gosto especial: vitória por 3 a 2 na série, com o título sendo conquistado num Maracanãzinho lotado com um heróico 86 x 80. Depois do Tri, o Vasco então acabou de desmontar o time francano, contratando Hélio Rubens, Helinho e Sandro Varejão após o fim daquela temporada.
Os campeões de 99: Helinho, Valtinho, Chuí, Mike Higgins e Sandro Varejão. Com Márcio Dornelles no banco. O tri-campeonato teve um gosto especial, porque ao fim da temporada anterior o Vasco contratou Demétrius, Rogério e Vargas, desmontanto a estrutura central do time bi-campeão. O time ainda comandado por Hélio Rubens tinha a experiência de Chuí e os jovens Valtinho, Helinho, Márcio e Sandro Varejão. A conquista sobre os comandados pelo portorriquenho Flor Meléndez teve um gosto especial: vitória por 3 a 2 na série, com o título sendo conquistado num Maracanãzinho lotado com um heróico 86 x 80. Depois do Tri, o Vasco então acabou de desmontar o time francano, contratando Hélio Rubens, Helinho e Sandro Varejão após o fim daquela temporada.
Chuí (Franca/Marathon) x Rogério (Vasco) na final de 1999
Depois disso, o projeto francano passou primeiro a ser conduzido pelo assistente de Hélio, Daniel Wattfy, que treinou o time de 2000 a 2004. Sem repetir as façanhas de Hélio, acabou substituído por outro nome tradicional do basquete de Franca, o ex-jogador Chuí, que treinou o time nas temporadas 2004 e 2005. Até que em 2005 Hélio Rubens voltou; depois do Vasco, havia ainda passado pelo time de Uberlândia, por quem conquistou a Liga Nacional de 2004. Hélio permaneceu a frente do Franca até a temporada 2011-2012, depois da qual foi demitido, indo treinar novamente o time de Uberlândia e deixando o lugar no banco de reservas para Lula Ferreira, o primeiro treinador "não francano" (sem laços diretos com o basquete da cidade) a assumir a equipe na história. Foram poucos os técnicos que Franca teve em décadas de basquete profissional: Pedro Fuentes, o Pedrocão, treinou a equipe de 1958 a 1981, sendo substituído por Hélio Rubens, técnico do time de 1981 a 2000; na sequência os treinadores foram Daniel Wattfy (2000-2004) e Marco Aurélio Pegolo, o Chuí (2004-2005). Então Hélio Rubens voltou para ser o técnico de 2005 a 2012. Depois dele, Lula Ferreira assumiu o projeto de 2012 a 2016, quando foi trocado por Hélio Rubens Filho, o Helinho.
Hélio Rubens como jogador da Francana e técnico do Vivo/Franca.
Cinco décadas dedicadas ao basquete de Franca.
Foi com Helinho Rubens como técnico que o voltou a obter a glória de se sagrar campeão, interrompendo um jejum de 10 anos sem títulos. Bi-campeão do Campeonato Paulista em 2006-2007, o basquete francano viveu uma longa seca de títulos. Voltou à final do Campeonato Paulista em 2017, mas acabou derrotada pelo Paulistano. Em 2018 voltou a disputar o título frente ao mesmo rival, mas desta vez levou a série. O time treinado por Helinho jogava com Elinho Corazza, Jimmy Dreher, David Jackson, Lucas Dias e Lucas Cipolini, o quinteto que levou o basquete francano voltar a festejar. O degrau seguinte seria voltar a ser campeão nacional, título que Franca não conquistava desde 1999, num jejum ainda mais longo.
Mas logo após o título paulista de 2018, a conquista foi ainda maior. O time se habilitou para disputar a final da Liga Sul-Americana contra o Instituto de Córdoba, da Argentina. No 1º jogo, em Franca, uma apertada vitória por 92 x 90, com 21 pontos do jovem Didi Louzada, com apenas 19 anos, e 16 do norte-americano David Jackson, tendo Alexey Borges contribuído com importantes 14 pontos. No 2º jogo, em Córdoba, condições inacreditavelmente ruins no ginásio local, com o piso absurdamente escorregadio. Vitória argentina por 79 x 68. Mais alguma grande atuação de Didi, cheio de personalidade para definir e autor de 20 pontos. O pivô Rafael Hettsheimeir anotou 14, também se destacando. No 3º e decisivo jogo, também em Córdoba, o Franca se impôs e venceu por 94 x 90, com 17 pontos de Lucas Cipolini, 16 de David Jackson e 15 de André Góes, este peça-chave na reta final, tendo acertado 9 de 10 lances-livres nos 23 segundos finais de jogo, sendo decisivo para o título. O Franca voltava a ser campeão sul-americano. Fora 6 vezes campeão do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões - em 1974, 1975, 1977, 1980, 1990 e 1991 - mas nunca havia conquistado a Liga Sul-Americana, torneio disputado a partir de 1996. Havia chegado duas vezes à final, e perdido em 1998 para o Atenas de Córdoba, e em 2007 para o Libertad de Sunchales. Foi Campeão da Liga Sul-Americana de 2018. O histórico time com Elinho Corazza, Jimmy Dreher, David Jackson, Lucas Dias e Lucas Cipolini, com o técnico Helinho, e um banco com Alexey Borges, André Góes, Didi Louzada e Rafael Hettsheimeir conquistava a América do Sul. O Franca Basketball Clube revivia seus tempos de glória e dava continuidade à sua magnífica história nas quadras.
Esta equipe abriu as portas para uma nova fase de glórias francanas no basquete. O clube foi Tri-campeão Paulista em 2018-2019-2020. Em 2021 perdeu a final do Estadual para o São Paulo. Mas manteve a base e o trabalho, e seguiu adiante. E funcionou: acabando com um jejum de 22 anos sem um título nacional. Foi um ano de 2022 inesquecível! Na temporada 2021/22 chegou à final do NBB contra o Flamengo, que buscava sua terceira conquista consecutiva, e para quem havia perdido o título brasileiro em 2019 em pleno Pedrocão. A histórica equipe comandada por Helinho Rubens Garcia e formada por Georginho De Paula, o argentino Santiago Scala, o norte-americano David Jackson, Jhonatan Luz, Lucas Dias e Lucas Mariano, fechou a série final em 3-1, com uma antológica vitória no Ginásio Pedrocão no quarto jogo, por 80 x 65, que a fez Campeã Brasileira de 2022. E foi uma temporada de vingança em cima de tradicionais clubes de futebol: após passar pelo Flamengo no NBB, superou ao São Paulo na final e foi Campeã Paulista de 2022, conquistando o título estadual pela quarta vez em cinco anos, e se tornando a maior vencedora do Campeonato Paulista na história! Um ano mégico para o basquete de Franca.
Foi com Helinho Rubens como técnico que o voltou a obter a glória de se sagrar campeão, interrompendo um jejum de 10 anos sem títulos. Bi-campeão do Campeonato Paulista em 2006-2007, o basquete francano viveu uma longa seca de títulos. Voltou à final do Campeonato Paulista em 2017, mas acabou derrotada pelo Paulistano. Em 2018 voltou a disputar o título frente ao mesmo rival, mas desta vez levou a série. O time treinado por Helinho jogava com Elinho Corazza, Jimmy Dreher, David Jackson, Lucas Dias e Lucas Cipolini, o quinteto que levou o basquete francano voltar a festejar. O degrau seguinte seria voltar a ser campeão nacional, título que Franca não conquistava desde 1999, num jejum ainda mais longo.
Mas logo após o título paulista de 2018, a conquista foi ainda maior. O time se habilitou para disputar a final da Liga Sul-Americana contra o Instituto de Córdoba, da Argentina. No 1º jogo, em Franca, uma apertada vitória por 92 x 90, com 21 pontos do jovem Didi Louzada, com apenas 19 anos, e 16 do norte-americano David Jackson, tendo Alexey Borges contribuído com importantes 14 pontos. No 2º jogo, em Córdoba, condições inacreditavelmente ruins no ginásio local, com o piso absurdamente escorregadio. Vitória argentina por 79 x 68. Mais alguma grande atuação de Didi, cheio de personalidade para definir e autor de 20 pontos. O pivô Rafael Hettsheimeir anotou 14, também se destacando. No 3º e decisivo jogo, também em Córdoba, o Franca se impôs e venceu por 94 x 90, com 17 pontos de Lucas Cipolini, 16 de David Jackson e 15 de André Góes, este peça-chave na reta final, tendo acertado 9 de 10 lances-livres nos 23 segundos finais de jogo, sendo decisivo para o título. O Franca voltava a ser campeão sul-americano. Fora 6 vezes campeão do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões - em 1974, 1975, 1977, 1980, 1990 e 1991 - mas nunca havia conquistado a Liga Sul-Americana, torneio disputado a partir de 1996. Havia chegado duas vezes à final, e perdido em 1998 para o Atenas de Córdoba, e em 2007 para o Libertad de Sunchales. Foi Campeão da Liga Sul-Americana de 2018. O histórico time com Elinho Corazza, Jimmy Dreher, David Jackson, Lucas Dias e Lucas Cipolini, com o técnico Helinho, e um banco com Alexey Borges, André Góes, Didi Louzada e Rafael Hettsheimeir conquistava a América do Sul. O Franca Basketball Clube revivia seus tempos de glória e dava continuidade à sua magnífica história nas quadras.
Franca - Campeão Paulista e Sul-Americano em 2018
Esta equipe abriu as portas para uma nova fase de glórias francanas no basquete. O clube foi Tri-campeão Paulista em 2018-2019-2020. Em 2021 perdeu a final do Estadual para o São Paulo. Mas manteve a base e o trabalho, e seguiu adiante. E funcionou: acabando com um jejum de 22 anos sem um título nacional. Foi um ano de 2022 inesquecível! Na temporada 2021/22 chegou à final do NBB contra o Flamengo, que buscava sua terceira conquista consecutiva, e para quem havia perdido o título brasileiro em 2019 em pleno Pedrocão. A histórica equipe comandada por Helinho Rubens Garcia e formada por Georginho De Paula, o argentino Santiago Scala, o norte-americano David Jackson, Jhonatan Luz, Lucas Dias e Lucas Mariano, fechou a série final em 3-1, com uma antológica vitória no Ginásio Pedrocão no quarto jogo, por 80 x 65, que a fez Campeã Brasileira de 2022. E foi uma temporada de vingança em cima de tradicionais clubes de futebol: após passar pelo Flamengo no NBB, superou ao São Paulo na final e foi Campeã Paulista de 2022, conquistando o título estadual pela quarta vez em cinco anos, e se tornando a maior vencedora do Campeonato Paulista na história! Um ano mégico para o basquete de Franca.
Mas momentos ainda mais especiais estavam reservados para o ano seguinte. Primeiro com uma campanha histórica e impressionante na Temporada Regular do NBB, com 32 vitórias e 0 derrotas! 100% de aproveitamento. A maior campanha da história do basquete brasileiro! Nos play-offs, passou por todas as séries em 5 jogos, com vitórias por 3 x 2 sobre UniFacisa nas quartas de final, Minas Tênis Clube na semi-final, e São Paulo na finalíssima - com um imponente 92 x 68 no jogo decisivo - sendo Bi-campeã Brasileira em 2023. Ainda foi Campeã da Liga dos Campeões das Américas 2023, ao bater ao Flamengo na final por 88 x 79 no Ginásio Pedrocão, naturalmente lotado. Ganhou então o direito de jogar a Copa Intercontinental em Singapura, na qual chegou à final para enfrentar ao Bonn, da Alemanha. Num jogo memorável e histórico, o maior da história do basquete francano, venceu por 70 x 69 com uma cesta de Lucas Dias no último segundo de partida, para de forma emocionante se sagrar Campeã Mundial! O ápice da tradicional história do basquete de Franca.
Outros artigos sobre o basquete francano:
- O tempo em que Franca teve dois times de basquete
- Hélio Rubens elege os 5 melhores jogadores que comandou
- A histórica ida do Franca à Pré-Temporada 2019 da NBA
Coisa fantástica o basquete francano... História gloriosa inigualável no basquetebol brasileiro
ResponderExcluirfui contemporanea de quadra da equipe francana nas decadas de 1960 e 1970. irene, pivo do rio.
ResponderExcluirFranca também tem o título de 1981, contabilizando 5 Taças Brasil. Naquele ano, foram disputados 2 campeonatos, o primeiro vencido por TC São José (vice Francana) e o segundo vencido por Francana (vice Sírio):
ResponderExcluirhttp://www.cbb.com.br/OBasquete/PerguntasFrequentes#6
http://news.google.com/newspapers?id=UZkeAAAAIBAJ&sjid=Z8wEAAAAIBAJ&hl=pt-BR&pg=5452%2C2988490
Ola pessoal td bem?sou fan do basquete de Franca,e gostaria de saber quem possa possuir jogos do antigo Amazonas,Francana,Ravelli? Vhs,dvds.,..e parabens pelo site,que informa coisas que nao acham em outros,sou fan de estatisticas,e a muito pouca coisas das Taças Brasil por ex,basquete dos anos 80 para traz quase nao existe nada em site.. parabens
ResponderExcluirparabens
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