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sábado, 15 de fevereiro de 2014

México, o quinteto que fez história na Copa América 2013


O México não havia se classificado para a Copa América de 2013, assim como não havia conseguido se classificar para a edição anterior, em 2011. Foi convidado para substituir o Panamá. O México jamais havia terminado entre os três primeiros, suas melhores posições foram 5º lugares em 1980 e 1984, e 6º lugares em 1988 e 2003.

O basquete mexicano começou a demonstrar alguma projeção no principal torneio entre clubes do continente, a Liga das Américas. Na edição de 2012, o Pioneros de Quintana Roo faturou o título inédito, mas com uma equipe recheada de estrangeiros. O time titular que foi campeão jogava com Pedro Meza, Christopher Hernández, Robert Hornsby, Michael Williams e Ikechukwu Ofoegbu. Uma equipe com três norte-americanos e um nigeriano, e com um trainador espanhol: Josep "Pep" Clarós. Apenas Pedro Meza era autenticamente mexicano. E era o único representante deste time campeão da Liga das Américas na Seleção Mexicana que foi para a Copa América 2013.

Embora Argentina, Brasil e Venezuela estivessem desfalcados de alguns seus principais jogadores que atuam na NBA, o México estava longe de ser considerado entre favoritos sequer para estar entre os 4 times que se classificariam para o Mundial.

Os favoritos eram a Argentina, que jogava com Facundo Campazzo, Selem Safar, Marcos Mata, Luis Scola e Juan Gutiérrez, treinados por Julio Lamas, e Porto Rico, que jogava com JJ Barea, Carlos Arroyo, John Holland, Renaldo Balkman e Ricardo Sánchez, treinados por Francisco "Paco" Olmos.

A final foi um duelo entre dois treinadores espanhóis: Paco Olmos treinando Porto Rico, e Sergio Valdeolmillos treinando o México.



Campanha Mexicana
65 x 56 Venezuela / 87 x 65 Paraguai / 85 x 61 República Dominicana / 78 x 98 Argentina
67 x 89 Canadá / 87 x 73 Uruguai / 100 x 89 Jamaica / 66 x 59 Porto Rico
76 x 70 Argentina / 91 x 89 Porto Rico


Colocação Final
1º - México / 2º - Porto Rico / 3º - Argentina / 4º - República Dominicana
5º - Venezuela / 6º - Canadá / 7º - Uruguai / 8º - Jamaica
9º - Brasil / 10º - Paraguai


FINAL
MÉXICO 91 x 89 PORTO RICO
(26 x 18 / 22 x 27 / 18 x 26 / 25 x 18)
México
Jorge Gutiérrez (11), Jovan Harris González (23), Noe Alonzo (7), Lorenzo Mata Real (14) e Gustavo Ayón (20).
Paul Stoll (4), Pedro Meza (-), Orlando Méndez (3), Benítez Gomez (0) e Roman Martínez (9).
Héctor Hernández (-) e Jesus González (-).
Porto Rico
JJ Barea (20), Carlos Arroyo (23), John Holland (10), Renaldo Balkman (14) e Ricardo Sánchez (4).
Ramon Clemente (0), Elias Ayuso (4), Andrés Fernandéz (0), Galindo Rodríguez (5) e Daniel Santiago (9).
Richard Chaney (0) e Villafañe Silva (0).


Ayón, Jogador Mais Valioso da Copa América 2013

O pivô Gustavo Ayón foi eleito o MVP da Copa América (o argentino Luis Scola havia faturado este troféu nas três edições anteriores: 2007-2009-2011).

A carreira de Ayón: 2006-2009 Halcones Xalapa (México), 2009 Fuenlabrada (Espanha), 2009 Marinos de Anzoátegui (Venezuela), 2010 Tenerife (Espanha), 2010-2011 Fuenlabrada (Espanha), 2011-2012 New Orleans Hornets (NBA), 2012-2013 Orlando Magic (NBA), 2013 Milwaukee Bucks (NBA), 2013-2014 Atlanta Hawks (NBA), 2014-19 Real Madrid (Espanha), 2019-20 Zenit (Rússia), 2020-21 Astros de Jalisco (México), e 2021-22 Capitanes de Arecibo (Porto Rico).


Gustavo Ayón


Esta geração mexicana, comandada pelo técnico espanhol Sergio Valdeolmillos, seguiu dando alegrias para o basquetebol do país, no ano seguinte foi campeã do Centrobasket 2014, título que os mexicanos não conquistavam desde 1975. Depois de 39 anos, portanto, os mexicanos voltaram a vencer o torneio, alcançando seu terceiro título na história (1965, 1975 e 2014), frente a 10 títulos de Porto Rico, e 4 de República Dominicana e Panamá.

A campanha mexicana no torneio, disputado na cidade de Tepic, no estado de Nayarit, no México, teve vitórias sobre Ilhas Virgens Americanas (74 x 64), Bahamas (90 x 57), El Salvador (107 x 64) e Porto Rico (75 x 65). Primeiro lugar em seu grupo na 1ª fase, a equipe mexicana venceu Cuba na semi-final (85 x 70) e voltaram a superar Porto Rico (74 x 60), desta vez na final, partida da qual Gustavo Ayón saiu como maior jogador em quadra, sendo o líder das estatísticas de pontuação, assistências e rebotes naquela noite. Ayón fez um double-double, com 16 pontos e 16 rebotes, além de ter dado 4 assistências.


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