.

sábado, 6 de outubro de 2018

A 5ª vez na história que o Flamengo teve a honra de enfrentar uma franquia NBA


O 5º duelo na história do Flamengo contra uma equipe NBA, e sua segunda ida à Pré-Temporada da NBA. Foi o 8º duelo na história entre uma equipe brasileira e uma franquia NBA, e o 9º duelo na história entre um time da América do Sul e uma franquia NBA. Recapitulando: em 1999 o Vasco perdeu para o San Antonio Spurs por 68 x 103 (35 pontos de desvantagem), em 2014 o Flamengo fez três jogos nos EUA, perdendo para o Pheonix Suns por 88 x 100 (12 pontos de desvantagem), para o Orlando Magic por 88 x 106 (18 pontos de desvantagem) e para o Memphis Grizzlies por 72 x 112 (40 pontos de desvantagem), em 2015 o Bauru jogou a Pré-Temporada da NBA nos EUA, perdendo para o New York Knicks por 81 x 100 (19 pontos de desvantagem) e para o Washington Wizards por 100 x 134 (34 pontos de desvantagem), no mesmo ano em que o Flamengo enfrentou ao Orlando Magic no Rio de Janeiro pelo NBA Global Games, sendo derrotado por 73 x 90 (17 pontos de desvantagem), e em 2016 o San Lorenzo, da Argentina, viajou à América do Norte e foi derrotado pelo Toronto Raptors por 105 x 122 (17 pontos de desvantagem). Era, portanto, a terceira partida na história entre Flamengo e Orlando Magic.

Flamengo treinando no Amway Center 



No começo do jogo, embalado pelo bom jogo defensivo de Anderson Varejão e pelo desempenho inspirado de Marquinhos no ataque, o Flamengo resistiu na primeira metade do 1º quarto com o placar apertado, no máximo três pontos de vantagem do Orlando. A partir da segunda metade do período, porém, o Magic impôs sua maior qualidade e seu jogo físico, sobretudo através da grande combinação de força física e habilidade do ala Aaron Gordon. O Flamengo tentava atacar com base na criação de jogadas por meio do movimento de bola e de passes rápidos, características das equipes do Gustavo de Conti. Porém, o time rubro-negro encontrava dificuldade para executar o planejamento por conta da forte defesa do Orlando Magic, que não dava espaços. Desse jeito, a equipe norte-americana apostou nas rápidas transições para pontuar. Aaron Gordon, a grande estrela da franquia, foi o protagonista, aproveitando sua força física e passadas largas para sempre criar vantagens em velocidade para superar o garrafão rubro-negro. Já no fim do primeiro quarto a vantagem ficou longa, e o sonho rubro-negro de conseguir a vitória ficou claramente muito distante de ser possível. Marquinhos anotou 7 pontos no período, mas Gordon já anotava 11 pontos até ali.




A partir do 2º quarto, o Magic foi controlando o jogo sem mais problemas, mantendo sempre a diferença acima da casa dos 20 pontos. Destaque da parcial foram os 17 pontos anotados em conjuntos pelos duetos Marquinhos e Varejão e por Vucevic e Gordon. O time rubro-negro até iniciou o quarto de maneira produtiva, marcando 6 pontos em sequência e, em certo momento, até equilibrando as ações. Na metade do período o Flamengo cansou e, sentindo a intensidade da velocidade de um time de NBA, teve uma drástica queda de rendimento. O Magic conseguiu uma sequência de 12 pontos seguidos, restaurando uma grande vantagem no placar. Aproveitando muitas faltas feitas pelos jogadores do Flamengo no garrafão e, aproveitando os lances-livres gerados por essas infrações, a equipe norte-americana saiu para o intervalo com um placar positivo de 67 x 43.




Na volta do intervalo, foi possível ver o Flamengo com a mesma postura de rodar o jogo e buscar a melhor alternativa para arremessar por meio de passes. Algumas jogadas, porém, eram desperdiçadas pela escolha ruim na hora de concluir - principalmente através de Leandrinho, que, apesar da experiência na NBA, não contribuiu muito para a construção do jogo, perdendo muitos duelos no campo ofensivo. Leandrinho teve menos de uma semana para treinar com o resto do grupo, e vendo a partida como uma oportunidade de exibição para tentar conseguir um novo contrato para voltar à NBA, preocupava-se em abusar das jogadas individuais. Apesar disso, foi possível ver um Flamengo com um melhor aproveitamento nos arremessos de quadra. No 3º período, o time rubro-negro conseguiu três bolas de 3, além de ter melhorado a marcação no perímetro do Magic. Dessa  forma, teve uma evolução, perdendo o período por 'apenas' 6 pontos de diferença. Novamente Gordon deixou 10 pontos e dominou as ações no quarto.




Com rotações muito distintas em relação ao início da partida - algo natural pelo tipo de jogo e o resultado parcial - o jogo perdeu em qualidade técnica. Por conta da falta de entrosamento e ritmo de alguns atletas, foi possível enxergar confrontos mais físicos, com, por exemplo, intensas batalhas pelos rebotes. No fim, pesou a equipe que possuía a melhor qualidade de rodagem de elenco. Apesar da contínua quantidade de arremessos de três pontos caindo por parte do Flamengo, o Orlando Magic contou com um show do novato Mohamed "Mo" Bamba, que teve uma boa atuação durante todo o jogo, para vencer o período por 26 x 19 e, consequentemente, terminar a partida com 119 x 82. O Flamengo também deu tempo aos seus suplentes no 4º quarto, com Olivinha sendo o cestinha do período pelo lado rubro-negro com 6 pontos. No fim, pesou a equipe que possuía a melhor qualidade de rodagem de elenco. Apesar da contínua quantidade de arremessos de três pontos caindo por parte do Flamengo, o Orlando Magic contou com um show do novato Mo Bamba, que teve uma boa atuação durante todo o jogo.



O Orlando Magic anotou 52 pontos na área pintada, mais do que o dobro dos 20 anotados pelo Flamengo. O Orlando ainda obteve 47 rebotes e 11 tocos (já o Flamengo não bloqueou nenhuma jogada com um toco durante o jogo inteiro). Aaron Gordon foi o grande nome da equipe de Orlando, terminando com 29 pontos e 8 rebotes. Nikola Vucevic ainda marcou 21 pontos. O calouro Mohamed Bamba, com 2,13m de altura, mostrou boa pontaria nas bolas de três, acertando as suas duas tentativas, e terminando com 12 pontos, 9 rebotes e 4 tocos. Pelo lado do Flamengo, o destaque ficou por um dos mais longevos do elenco, o ala Marquinhos marcou 19 pontos, pegou 6 rebotes, e foi o cestinha da equipe. Outro veterano que brilhou foi o ala-pivô Anderson Varejão, autor de um "double-double", com 14 pontos e 12 rebotes. Reforço pontual para a partida, Leandrinho jogou 23 minutos, e conseguiu contribuir com apenas 8 pontos, 4 rebotes e 2 assistências.

Ficha do jogo
05/10/2018 - FLAMENGO 82 x 119 ORLANDO MAGIC
Local: Amway Center, Orlando, Flórida
Público: 14.667 torcedores
Parciais: 16 x 31 / 27 x 36 (43 x 67) / 20 x 26 (63 x 93) / 19 x 26 (82 x 119)
Flamengo: Franco Balbi (2), Deryk Ramos (7), Marquinhos (19), David Nesbitt (4) e Anderson Varejão (14). Téc: Gustavo De Conti. Banco: Davi Rossetto (1), Kevin Crescenzi (6), Leandrinho Barbosa (8), Jhonatan Luz (3), Alexandre Olivinha (6), Rafael Mineiro (8) e João Vítor (4).
Orlando Magic: D.J. Augustin (8), Evan Fournier (5), Wesley Iwundu (3), Aaron Gordon (29) e Nikola Vucevic (21). Téc: Steve Clifford. Banco: Isaiah Briscoe (0), Troy Caupain (2), Jerian Grant (6), Braian Angola-Rodas (6), Melvin Frazier Jr. (11), Jonathon Simmons (6), Jarell Martin (6), Amile Jefferson (2), Khem Birch (2) e Mohamed Bamba (12).



Veja mais história:







Nenhum comentário:

Postar um comentário