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sábado, 13 de julho de 2013

A História do Basquete do Flamengo

Flamengo's Basketball History
La história del baloncesto de Flamengo

O Clube de Regatas do Flamengo foi fundado em 1895 no Rio de Janeiro com uma única modalidade, o remo. Em 1912 o clube abriu seu 2º departamento, aquele que o tornou mundialmente conhecido, o futebol. Depois destes dois, o esporte de maior tradição no clube é sem dúvida o basquete. Uma tradição de longa data, pois o Flamengo foi campeão do primeiro torneio disputado no Brasil, o Campeonato Carioca de Basquete de 1919. O quinteto titular do Flamengo nesta conquista era formado por Carlos Santive, Itagibe Novaes, Maroim Marwin, Rizzo Zeth Baptista e o capitão Mário Sayão de Carvalho Araújo, o Romano. Em São Paulo, o basquetebol só começou em 1925, com o Espéria despontando tricampeão em 1925-26-27. Antes, a bola laranja já havia subido no Rio Grande do Sul, 2º estado onde o basquete foi implementado: a campeã gaúcha de 1923 foi a Associação Cristã de Moços (ACM).


Em 1933 houve a profissionalização do basquete, e foi um quinteto da Gávea o primeiro a deixar sua marca registrada, o time Tri-campeão Carioca de 1933-34-35, equipes que contaram com Pedro Martinez, Manoel Pitanga, Haroldo Lobo, Valdemar "Coroa" Gonçalves, Ádamo e Monteiro, treinados por Nélson Tinoco Pacheco, e com Martinez como sendo a grande estrela desta equipe.

Mas o basquete só despontou com força no Brasil com a conquista da medalha de bronze nas Olimpíadas de Londres, em 1948. Neste desabrochar o cenário era absolutamente dominado pelo Flamengo, bi-campeão carioca de 1948-49. A estrutura principal da seleção tinha um trio de jogadores rubro-negros: Alfredo da Motta, Algodão e Affonso Évora, bicampeões cariocas em 1948 e 1949. Os dois primeiros foram os maiores pontuadores desta equipe. Nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, nada menos do que 6 jogadores da seleção brasileira (metade do grupo) eram atletas do Flamengo: Algodão, Alfredo da Motta, Godinho, Mário Hermes, Zé Mário e Tião Gimenez. Destes, 4 formavam a equipe titular que jogou as Olimpíadas de 1952 e que um ano antes conquistou uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos.

O maior título desta geração de ouro do basquete rubro-negro foi o Torneio de Campeões Sul-Americanos de 1953, em Antofagasta, norte do Chile. O quinteto rubro-negro superou 7 adversários: Antofagasta e Palestino, ambos do Chile, Bílis, do Peru, Universidad, do Equador, Olímpia, do Paraguai, Paysandu, do Uruguai, e Santa Fé, da Argentina. Foi o primeiro título internacional de um clube brasileiro na história do basquete do país.


Bicampeão Carioca em 1948-49, o Flamengo perdeu o título de 50 para a Associação Atlética Grajaú (hoje chama-se Grajaú Country Club), equipe liderada dentro de quadra por Ruy de Freitas. Nos anos subseqüentes, 10 títulos seguidos: em 1951 com o Botafogo como vice, em 52 o vice foi o Fluminense, entre 1953 e 56 quatro vices do Sirio e Libanês, clube do bairro de Botafogo, em 57 o batido na final foi o Vasco, em 58 e 59 por duas vezes seguidas o Fluminense, e em 60, na campanha do deca, o Tijuca Tênis Clube. Uma base que vinha fazendo história desde 1948 foi sendo reposta, com as contratações de Fernando Bro Bro ao Vasco, de Waldir Boccardo ao Botafogo, e de Otto Nóbrega ao Fluminense.

Entre 51 e 54 o time tinha Algodão, Godinho, Alfredo da Motta, Mário Hermes, Zé Mário, Tião Gimenez, Arthur Ayres, Gedeão e Guguta. Em 55, contava também com Válter de Almeida e Fernando Bro Bro. Em 56 se somaram Willi Pecher e Otto Nóbrega. A partir de 58, chegaram Barone, Paulinho e Zé Coqueiro. Em 59, entrou na equipe Waldir Boccardo. E em 60, chegou o baiano Mical (que nos Anos 1960 conquistaria títulos nacionais com o Corinthians).

O ícone desta geração dentro de quadra foi Zenny de Azevedo. Ele nasceu em Realengo e ainda garoto se mudou para Campo Grande, onde recebeu o apelido que carregou por toda sua vida - Algodão - e onde conheceu o basquete, no Clube dos Aliados. Chegou ao Flamengo jovem e não demorou muito a alçar à Seleção Brasileira, por quem começou a brilhar nas Olimpíadas de 48. Com a camiseta verde e amarela jogou as Olimpíadas de 1948 (Bronze), 1952 (6º lugar), 1956 (6º lugar) e 1960 (Bronze). Jogou os Mundiais de 1950 (4º lugar), 1954 (Vice-campeão) e 1959 (Campeão). Disputou ainda os Jogos Pan-Americanos de 1951 (Bronze), 1955 (Bronze) e 1959 (Bronze). Com o Flamengo, um histórico fantástico: entre 1948 e 1964, disputou 17 edições do Campeonato Carioca, sagrando-se 14 vezes campeão.

O outro ícone foi o paraibano Togo Renan Soares, o Kanela. Ele foi técnico do Flamengo de 1948 a 1970 e treinador da seleção brasileira de 1951 a 1971. Com ele o Flamengo foi Campeão Carioca em 1948, 49, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 62 e 64. Com a Seleção Brasileira, foi vice-campeão Mundial em 54 no Rio de Janeiro e Bi-Campeão Mundial, em 59 em Santiago e em 63 no Rio de Janeiro. Em 70 voltou a ser vice-campeão Mundial, em Ljubljana na Iugoslávia. Em Jogos Pan-Americanos, foi Prata em 63 e Bronze em 51, 55 e 59. Foi ainda Bronze nos Jogos Olímpicos em 1960. Foi Campeão Sul-Americano com o Brasil em 59, 60, 61, 63 e 71, e Campeão Sul-Americano de Clubes com o Flamengo em 53.

Algodão e Kanela

A equipe rubro-negra ainda foi campeã carioca em 62, com Algodão, Paulinho, Oto Ditrich, Fernando Bro Bro e Waldir Boccardo, e em 64, com Algodão, César Sebba, Oto Ditrich, Chocolate e Waldir Boccardo. Mas depois de haver sido hegemónico no Rio de Janeiro na "Era Algodão-Kanela", o clube ficou sem vencer o Carioca de 1965 a 1973. Voltou a ser campeão carioca em 75, com o técnico Tude Sobrinho, com um quinteto com Peixotinho, Pedrinho Ferrer, o norte-americano George Thompson, e o pivô Sérgio Macarrão. Em 1977, com Waldir Boccardo como seu treinador, voltou a ser campeão carioca, mas o Flamengo também foi a grande surpresa na Taça Brasil, vencendo ao favorito Palmeiras na 1ª fase por 94 a 77, e ficando em 1º lugar, forçando uma semi-final entre os favoritos Franca e Palmeiras. O jogo acabou vencido pelo time da capital paulista que foi para a final contra a aguerrida turma da Gávea. O quinteto palmeirense venceu a final por apenas quatro pontos de vantagem, por 66 a 62, assegurando o título nacional. O time de 77 tinha Peixotinho, o norte-americano Thompson, Pedrinho Ferrer, Zezé, Charuto e Paulão Abdalla.

Disposto a voltar a ter um protagonismo nacional, em 1984 o clube fez pesadas contratações: Carioquinha, Nilo Guimarães e Marcelo Vido, do São José, mais o argentino Germán Filloy e Marquinhos Abdalla, campeões nacionais com o Sírio. O técnico era Marcus Vasconcellos, o Pingo. O time acabou, pela 2ª vez em sua história, vice-campeão da Taça Brasil, perdendo o título para o Monte Líbano, de Maury, Marcel, Cadum, Pipoka e Israel, e do técnico Edvar Simões. O Quadrangular Final foi em março de 1985 no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo: Flamengo, Corinthians, Monte Líbano e Sírio. O time rubro-negro perdeu na estréia para o Monte Líbano, que viria a ser campeão, por implacáveis 107 x 83. Depois, de forma dramática, vitória sobre o Corinthians na prorrogação, por 99 x 98, e vitória sobre o Sirio por 92 x 86.

Apesar de ter perdido o título nacional, que era seu grande objetivo, o investimento rendeu frutos, e o Flamengo foi tricampeão carioca em 1984-85-86. Em 84, com Nilo Guimarães, Carioquinha, Marcelo Vido, Germán Filloy, Almir, Pedrinho Ferrer, Carlão Ostermann e os irmãos Paulão e Marquinhos Abdalla. Em 85 o técnico Pingo foi substituído por Emmanuel Bonfim. O quinteto do bi: Raul Togni, Almir Gerônimo, Pedrinho Ferrer, Germán Filloy e Evandro. Em 86, o Flamengo perdeu o argentino Filloy, mas trouxe, da República Dominicana, dois grandes jogadores: Victor Chacón e Héctor Muñoz. O time do tri era: João Batista, Héctor Muñoz, Pedrinho Ferrer, Victor Chacón e Édson Campelo.

Para impedir o tetra rubro-negro, o Vasco investiu pesado em 1987 e tirou da Gávea o craque do time, Héctor Muñoz, e o técnico, Emanuel Bonfim, e contratou outro dominicano: Evaristo Pérez. O Flamengo, para repor a perda de Muñoz, contratou o norte-americano Rocky Smith. A final do Carioca daquele ano foi eletrizante, o Flamengo venceu a primeira partida por 107 x 96, mas perdeu as duas seguintes para o Vasco, por 82 x 80 e 75 x 74 e viu o sonho do tetracampeonato se esfarelar, de maneira dramática e sensacional, ponto a ponto, nos segundos finais.

Na temporada de 1988, o clube voltou a investir pesado, contratando três jogadores da seleção brasileira que havia vencido o Pan-Americano de 1987 nos Estados Unidos: Maury, Cadum e Paulinho Villas Boas, que eram a base do Monte Líbano, tetracampeã nacional entre 1984 e 1987. Juntamente a eles foi trazido o experiente técnico Zé Boquinha. Eram grandes as aspirações rubro-negras, mas no Campeonato Nacional o time terminou em 3º lugar. Jogando com Maury, Cadum, Paulinho Villas-Boas, os norte-americanos Eddie Smith e John Flowers, e o dominicano Victor Chacón. No Hexagonal Final jogaram Flamengo, Sírio, Franca, Rio Claro, Pirelli e Monte Líbano. Diante de 5 pesos-pesados do basquete paulista, lutou pelo título até a última rodada, mas terminou em terceiro. Ainda não foi daquela vez!

A decepção levou a um forte desinvestimento, só revertido em 1994, com um projeto capitaneado pelo técnico Miguel Ângelo da Luz, campeão mundial com a seleção brasileira feminina naquele mesmo ano de 1994 e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. O trabalho levou à conquista do Tri Carioca de 1994-95-96. A base do time tinha Alberto, Almir, Bento, Alexey, Olívia e Gema, em 94 com os norte-americanos Alvin Frederick e Johnny Walker, em 95 substituídos por seus conterrâneos Derrick Johnson e Leon Jones, e em 96 com a volta de Alvin ao lado do também norte-americano Brent Merrit.


A obsessão continuava sendo o título nacional. Desde a criação da Liga Nacional, em 1990, o Flamengo tinha um desempenho intermediário, caindo sempre nas quartas de final. Querendo mudar isto, na temporada de 98 contratou ao técnico Ary Vidal e ao norte-americano Marc Brown, que tinham sido vice-campeões nacionais com o Corinthians Gaúcho nas temporadas de 1996 e 1997, e comprou Fernando Minucci, estrela do Franca e da Seleção naquele momento. O time novamente caiu nas quartas de final.

Mas o Flamengo não desistiu, remontou um projeto com a contratação do trio Ratto, Caio Cazziolatto e Pipoka, que com o Mogi venceram o Campeonato Paulista de 96, e ainda contratou ao ala Vanderlei Mazzuchini e ao treinador Zé Boquinha. O time foi campeão carioca, tendo o norte-americano Askia Jones como principal jogador. Os campeões de 1998 (3 x 2 na final sobre o Vasco): Ratto, Alberto, Caio Cazziolato, Askia Jones, Vanderlei Mazzuchini, Kendrick Warren e Pipoka. Na Liga Nacional, mais uma queda nas quartas.

A obsessão continuava. A cartada seguinte foi contratar a trupe de Oscar Schimdt, que quando voltou da Europa montou um mesmo grupo que defendeu Corinthians (Campeão Brasileiro de 96), Barueri e Mackenzie (Campeão Paulista de 98). No pacote, o técnico Cláudio Mortari, o norte-americano Robyn Davis, o veterano Paulinho Villas-Boas (de volta à Gávea) e o pivô Josuel.

Oscar chegou ao Flamengo já veteraníssimo, aos 41 anos, em 1999, mas ainda encontrou tempo para fazer história. Ficou na Gávea por 4 temporadas: 1999-00, 2000-01, 2001-02 e 2002-03. Na Liga Nacional, Oscar foi o maior pontuador por 8 temporadas consecutivas, de 1996 a 2003, metade delas jogando com a camisa do Flamengo.

O time faturou o Bi-carioca em 1999. Na final, 3 a 0 sobre o Botafogo, de Marcelinho Machado, que na semi-final havia conseguido um heróico 3 a 2 sobre o Vasco. O time do bi: Ratto, Caio Cazziolato, Robyn Davis, Oscar Scmidt, Paulinho Villas-Boas, Pipoka, o canadense Greg Newton e Josuel. Na Liga Nacional, esta equipe perdeu a série final por 3 a 1 para um timaço do Vasco, que tinha Helinho, Charles Byrd, Demétrius, Rogério Klafke, Sandro Varejão e o dominicano Jose Vargas, sob o comando técnico de Hélio Rubens.


Após a frustração da derrota para o Vasco, foram três temporadas seguidas "mornas". Até que em 2004, com um time renovado e Emanuel Bonfim como treinador, e os jovens Alexandre Olivinha e Duda Machado, e o veterano norte-americano Marc Brown, o Flamengo surpreendeu. Liderou a 1ª fase mas perdeu outra final, desta vez para Uberlândia, também comandado por Hélio Rubens.

O sonho do título nacional só se realizou em 2008, com equipe treinada por Paulo Chupeta que tinha os irmãos Marcelinho e Duda Machado, o pivô Alírio, o ala cubano Amiel Vega e o armador Hélio. Antes, o time foi vice-campeão da Liga Sul-Americana, batendo na semifinal, num duelo histórico, ao Boca Juniors. Foi à final contra o Regatas de Corrientes, também da Argentina, perdeu os 2 primeiros jogos em solo estrangeiro, venceu 2 vezes no Maracanãzinho, e o 5º jogo, em Corrientes, foi uma batalha, com um clima entre quadra e arquibancada super adverso. A 5 minutos do fim, o time chegou a empatar em 57 a 57, mas os argentinos, mestres em usar o fator quadra para desestabilizar emocionalmente o adversário, venceram por 73 a 65 e ficaram com o título.

O título sul-americano escapou, mas não o nacional. O adversário a ser batido na final era o time do Universo Brasília, campeão nacional de 2007. Nos 2 primeiros jogos, no Maracanãzinho, o Flamengo sobrou em quadra, venceu por 93 a 66 e por 91 a 76. No 3º jogo, na capital federal, o Flamengo passou o jogo inteiro atrás no marcador, mas conseguiu a virada nos 7 minutos finais e venceu por 101 a 96. O sonho do basquete rubro-negro estava sacramentado. Os campeões de 2008: Hélio, Fred, Duda Machado, Marcelinho Machado, Amiel Vega, Fernando Alvim, Wágner, Alírio e Fernando Coloneze.

Para a temporada 2009, o Flamengo se reforçou com o ala-pivô Jéfferson William e o pivô Rafael Araújo, o “Baby”, ex-jogador de Toronto Raptors e Utah Jazz, da NBA. Conquistou o bicampeonato brasileiro vencendo novamente o Universo Brasília, de Alex Garcia, desta vez por 3 a 2. O time venceu o 1º jogo em Brasília por 81 a 74, mas perdeu o 2º no Rio por 81 a 71. O 3º jogo, também na Rio, teve vitória rubro-negra por 99 a 78, seguida por uma derrota na capital federal por 82 a 78. A série estava empatada em 2 x 2. A partida que decidiu o título, jogada na Arena Olímpica da Barra diante de mais de 15 mil torcedores teve vitória rubro-negra por 76 a 68.

Marcelinho Machado faz a cesta na foto de cima
Rafael Araújo faz a cesta na foto de baixo

Bi-campeão, o Flamengo queria mais. A maior conquista estava reservada para o ano seguinte, a Liga Sul-Americana. Classificado para o Quadrangular Final, a equipe rubro-negra foi a Santiago Del Estero, na Argentina, para buscar a maior glória de sua história. Nas 12 primeiras edições da Liga Sul-Americana, os argentinos foram 9 vezes campeões. Times brasileiros já haviam perdido 8 finais da liga para argentinos. A partida que decidiu o título em 2009 entre Flamengo e Quimsa foi dramática. O time rubro-negro tinha a vantagem de 97 x 96 e o quinteto argentino tinha a posse de bola para realizar o último ataque do jogo, com menos de 20 segundos no cronômetro. Nos segundos finais, o norte-americano Ramell Allen se preparou para a infiltração, mas ao tentar driblar Coloneze, a bola bateu na ponta do pé do brasileiro e correu para o meio da quadra, os dois se atiraram na bola e, faltando 4 segundos, foi dada bola presa; os três árbitros não interpretaram o toque no pé como intencional. Reposição e Duda sofre falta. Ele acerta o 1º lance-livre e erra o 2º, mas Coloneze pega o rebote e acaba o jogo. Vitória por 98 x 96 com incríveis 41 pontos de Marcelinho. Desde 1986 um clube brasileiro não retornava de solo argentino com um troféu na bagagem, quando então o time paulista do Monte Líbano havia vencido o Ferro Carril e conquistado o Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões. Eram 23 anos sem que um quinteto de basquetebolistas brasileiros voltasse de solo argentino com um troféu. Uma brilhante e heróica conquista.

Em 2010, o tri-campeonato nacional escapou no último jogo, vencido pelo Universo Brasília, de Alex Garcia e Guilherme Giovannoni, por 76 x 74, fechando a série em 3 x 2. No fim daquele ano, mais uma derrota para o Brasília numa final, desta vez da Liga Sul-Americana, e em pleno Rio de Janeiro. Em 2011 e 2012, dois 4º lugares na liga nacional, no último deles numa equipe com os argentinos Federico Kammerichs de ala-pivô e Gonzalo Garcia de treinador.

Na temporada seguinte, com José Alves Neto como treinador, e uma equipe com Kojo Mensah, Vítor Benite, Marquinhos, Alexandre Olivinha e Caio Torres de titulares, e Gegê, Duda Machado, Bruno Zanotti e Shilton no banco, o Flamengo foi Campeão Brasileiro da temporada 2012-13, o terceiro título da Liga Nacional de sua história.

Nenhuma temporada no entanto foi equivalente à 2013/14, na qual o Flamengo foi campeão de tudo que disputou. Conquistou seu 9º título Carioca consecutivo, foi campeão da Liga das Américas e faturou seu 4º título nacional. Os comandados de José Neto nestas conquistas foram os titulares Nicolás Laprovittola, Marcelinho Machado, Marquinhos, Alexandre Olivinha e Jerome Meyinsse, e no banco estavam Gegê, Dartona Tony Washam, Shilton e Cristiano Felício. O clube ainda conquistou pela segunda vez em três edições a Liga de Desenvolvimento, campeonato nacional sub-22.

Para coroar com perfeição a fantástica temporada anterior, o Flamengo se sagrou Campeão Mundial Interclubes de 2014, vencendo ao Maccabi Tel Aviv, de Israel. Ainda teve a honra de ser convidado para participar da Pré-Temporada 2014 da NBA, indo aos EUA enfrentar a Pheonix Suns, Orlando Magic e Memphis Grizzlies. O time de José Neto conquistou na temporada 2014-15 ao tri-campeonato brasileiro, jogando com Nicolás Laprovittola, Vítor Benite, Marquinhos Souza, Alexandre Olivinha e Jerome Meyinsse, e com um banco de luxo, com Gegê, Marcelinho Machado, Wálter Herrmann e Cristiano Felício. Após o terceiro título nacional consecutivo, o time foi convidado para jogar o NBA Global Games 2015, enfrentando o Orlando Magic no Rio de Janeiro. O grupo para a temporada 2015-16 foi reformulado, e mesmo assim conquistou o quarto título nacional consecutivo, jogando com Rafael Luz, Ronald Ramon, Marquinhos Souza, Alexandre Olivinha e Jerome Meyinsse, e tendo a Gegê, Jason Robinson, Marcelinho Machado, Rafael Mineiro e JP Batista no banco. Anos fantasticos! Antes, na história do basquete brasileiro, só uma equipe havia conquistado quatro títulos nacionais consecutivos, o Monte Líbano, de São Paulo, nos Anos 1980.
Tetra-Campeão Brasileiro 2012-13, 2013-14, 2014-15, 2015-16: O Flamengo conquistou 4 títulos consecutivos da Liga Nacional de Basquete. No embalo das conquistas, deu-se uma oportunidade rara de relato de quem esteve lá dentro, vivendo a rotina destas vitórias. O vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa, escreveu cartas para cada uma das grandes conquistas neste período: Carta 1 (NBB 5 e Liga das Américas), Carta 2 (NBB 6 e Copa Intercontinental)Carta 3 (NBB 7) e Carta 4 (NBB 8).


Para mostrar a força do basquete do Flamengo no cenário nacional nestes tempos, o clube foi campeão em 2008, na última edição da Liga Nacional organizada pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Na 1ª edição do Novo Basquete Brasil (NBB), marco de reconstrução do basquete nacional, com os clubes assumindo a gestão da competição, na temporada 2008-09, o Flamengo terminou a 1ª fase em 1º lugar, com apenas 2 derrotas em 28 jogos, 4 derrotas a menos que o 2º colocado, o Brasília, e foi o campeão. Na 2ª edição, 2009-10, o 1º colocado na 1ª fase, com 1 derrota a menos que o Flamengo, 2º colocado e que acabou vice-campeão, foi o Brasília, que acabou campeão. Na 3ª edição, 2010-11, a 1ª fase terminou com 4 equipes com 8 derrotas em 28 jogos (Franca em 1º, Pinheiros em 2º, Brasília em 3º e Flamengo em 4º pelos critérios de desempate), além de ter tido duas equipes com só uma derrota a menos (Bauru e Uberlândia). Na 4ª edição, 2011-12, o líder da Fase Regular foi o São José, com 5 derrotas em 28 jogos, 2 a menos que Pinheiros (2º), Brasília (3º) e Flamengo (4º). Nas quatro primeiras edições, tanto ao fim da Fase Regular, quanto na classificação final, o Flamengo foi 1 vez 1º, 1 vez 2º e 2 vezes 4º colocado, estando sempre no G-4.

Na 5ª edição, 2012-13, o Flamengo terminou em 1º na Fase Regular, com 4 derrotas em 34 jogos, 3 a menos que o 2º colocado, o Brasília, e voltou a se sagrar campeão. Na 6ª edição, 2013-14, voltou a terminar em 1º na Fase Regular, com 6 derrotas em 32 jogos, 3 a menos que o 2º colocado, o Paulistano, e voltou a se sagrar campeão. Na 7ª edição, 2014-15, quem terminou a Fase Regular em 1º lugar foi o Bauru, com 2 derrotas em 30 jogos, 3 derrotas a menos que o 2º colocado, Winner Limeira, com o Flamengo tendo terminado a Fase Regular em 3º, com 5 derrotas a mais do que o Bauru. Nos play-offs, no entanto, o time, que havia sido Campeão Mundial no início da temporada, cresceu e foi campeão. Na 8ª edição do NBB, 2015-16, o Flamengo voltou a obter o 1º lugar na Fase Regular, com 5 derrotas em 28 jogos, 2 derrotas a menos que o Bauru, 2º colocado, e voltou a ser campeão, tetra consecutivamente. Na 9ª edição, 2016-17, o Flamengo mais uma vez terminou a Fase Regular em 1º lugar, com 7 derrotas em 28 jogos, 1 derrota a menos que o Mogi das Cruzes, 2º colocado, mas quem acabou campeão foi o Bauru. Na 10ª edição, 2017-18, mais uma vez o Flamengo terminou em 1º lugar na 1ª Fase, com 3 derrotas em 28 jogos. Nas 6 edições entre as temporadas 2012-13 e 2017-18, foram 5 vezes que o Flamengo terminou a 1ª Fase em 1º lugar, tendo terminado uma vez em 3º. Um desempenho impressionante, mostrando muita força no cenário nacional!


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4 comentários:

  1. História maravilhosa de basquete só podia ser mesmo do Mengão!!!

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  2. Esqueceu de falar do Basquete feminino do Flamengo!

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  3. Me lembro ter acompanhado por (radio e jornais) da época (1950/60), o basquete do Flamengo onde jogavam (Helio Godinho e Algodão), sendo que o Godinho (Helio Marques Pereira), era meu tio, assim como (Carmen Godinha) do Volei, minha tia, irmã do Helio. Grandes times assim como no Futebol,Remo,Tiro com (Cel.Evandro Guimarães) também meu tio.

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